As diversas formas de você fazer a diferença e ajudar outros profissionais
O senso de colaboração
Não pensar só em si mesmo é uma premissa fundamental de UX/UI Design. Prova disso é que você passa o dia todo pensando em outra pessoa: aquela que vai usar o produto em que você está trabalhando. Esse mindset está presente não apenas na entrega ao consumidor final, mas também no processo: Com as metodologias que usamos, recursos como Design Systems possibilitam que times produzam mais, errando menos e em menos tempo, de forma que diversos departamentos conversem melhor e tenham um produto unificado. Tudo isso é baseado, dentre outros fatores, no senso de colaboração.
Quando pensamos no profissional de UX/UI Design em toda a sua variedade de perfil, procedência, nível e objetivo, entendemos que existem 2 fatores que são cruciais em sua vida profissional, aos quais ele pode usufruir e deve contribuir à sua comunidade: Carreira e crescimento profissional. E é importante mencionar que esses dois pontos não estão condicionados apenas a profissionais mais experientes ou pessoas que tem um network mais amplo, mas também menos experientes, mesmo que ainda pouco tenham a agregar. Afinal, somos todos eternos aprendizes.
Carreira
Conforme falamos no artigo Planeje como o trabalho afeta sua vida, o trabalho é onde concentramos a maior parte das horas de nossa vida adulta, por quase 40 anos. Por isso, não deve ser algo que você se arrependa, ou simplesmente deva esperar os dias passarem um após o outro; mas sim, algo que te traga prazer, empolgação, determinação e ambição para constantemente alçar vôos cada vez mais altos. Se formos parar para pensar, é quase certo que você foi ajudado por alguém em algum ponto de sua carreira. Todos temos pessoas que nos favoreceram de alguma forma, em um bom momento, para um objetivo que fez a diferença.
Listo abaixo o que você pode fazer para contribuir à carreira de UX/UI Designers:
Recomende amigos a vagas
Quando ficar sabendo de uma oportunidade, lembre-se daquele amigo que está nesse momento precisando de colocação. Sempre temos bem mais pessoas no radar do que imaginamos. Fazer isso é muito simples: Envie-lhes o link da vaga, marque-os na postagem, ou se você conhece o contratante, recomende seu amigo diretamente.
Publique vagas
Se a empresa em que trabalha estiver abrindo novas oportunidades, com as devidas permissões, publique-as em suas mídias sociais e/ou nos grupos de WhatsApp, Telegram e Slack que faz parte. Da mesma forma, caso você esteja abrindo uma vaga, percorra esse mesmo caminho e também conte com empresas como a Deeploy.Me para ajudar a encontrar o perfil que procura mais rápido, com menos custos e menos risco de erros de contratação.
Dê oportunidade a júniores
É sabido que empresas não tem dado muita abertura para UX/UI Designers em início de carreira. Se tomar essa decisão estiver em seu poder, faça o possível para prover-lhes oportunidades. Por mais que sejam ainda inexperientes, temos visto diversos casos de júniores com excelente postura, entrega e colaboratividade, fazendo bom proveito de seu principal ingrediente que é o ímpeto e a vontade de colocar em prática os conhecimentos recém-adquiridos.
Seja mentor
Conforme falamos no artigo A importância da mentoria em UX/UI Design, todo UX/UI Designer menos experiente na carreira precisa de um mentor. Você pode fazer muita diferença na velocidade e na qualidade da evolução de júniores, conduzindo-os por caminhos menos tortuosos a cada decisão que devam tomar.
Compartilhe suas experiências
Acreditamos que UX/UI Designers também precisam ser bons contadores de histórias. Escreva artigos ou grave vídeos compartilhando sua trajetória de carreira, apresentando os erros e acertos que fizeram com que você chegasse onde está e te moldaram para se tornar o profissional que é hoje.
Capacitação e informação
Apesar de nossa área ser relativamente muito nova, vemos diversos profissionais promovendo excelentes cursos para capacitação de outras pessoas. Além de uma grande oferta de cursos à distância (como a Aela.io, UX Unicórnio, Punk Metrics, entre outras) há também escolas com cursos especializados em UX/UI Design (como a Mergo, Tera, Ironhack, Digital House, EBAC, entre outras). Obviamente sabemos que essas pessoas e empresas tem seus objetivos de negócios, mas entendemos que a raiz de todas essas iniciativas é seu comprometimento com o crescimento do setor, abastecendo o mercado com pessoas treinadas e capacitadas.
Além desses formadores “oficiais” há também canais no YouTube excelentes como UXNOW, DesignTeam, If You Wanna Fly, U&IDesign e Ladies That UX que muito podem ajudar em seu aprendizado, cuja contribuição à comunidade de UX/UI Designers é, no mínimo, gigantesca.
Não é necessário que você seja um professor treinado ou necessariamente um youtuber para agregar a outras pessoas; Basta compartilhar seus próprios aprendizados do jeito que lhe for mais fácil. Você pode fazer isso de diversas formas:
Escreva artigos
Uma forma muito pertinente de contribuir é ajudar pessoas a não cometerem os mesmos erros que você. Por mais que sejam situações, momentos, cenários e pessoas diferentes, é sempre bom mostrar as suas red flags e seus blockers, pois nunca se sabe o que outros profissionais estão passando. Nesses artigos, conte histórias curtas e objetivas sobre o que aconteceu e o que foi feito para remediar a situação, esclarecendo o seu aprendizado.
Crie conteúdo nas mídias sociais
Mais especificamente no Instagram, LinkedIn e YouTube (por serem as mais usadas por UX/UI Designers), compartilhe seus conhecimentos em forma de posts, stories ou vídeos. São muitas as possibilidades: Você pode abordar recursos de ferramentas, métricas, metodologias, tendências, curiosidades, e mais. Por mais que os alicerces da profissão sejam do conhecimento de todos, é muito interessante abrir como você pensa, como conduz sua produtividade e como usa os recursos disponíveis para atingir os objetivos requeridos. Além disso, quando você vivenciar momentos marcantes em sua carreira, deixe que outras pessoas saibam e possam usufruir dessas experiências.
Promova eventos
Mesmo com todo o cenário limitado que estamos em decorrência da pandemia, você pode criar diversos tipos de eventos para engajar pessoas e compartilhar seus conhecimentos. Defina temas específicos e faça vídeo-conferências para debater e tirar dúvidas, participe de lives (se você não tiver dificuldade de falar “em público”) para expôr seu ponto de vista baseado em sua experiências, ou ainda crie conjuntos de lives detalhando processos que envolvam problemas reais de empresas que precisam da visão de um UX/UI Designer.
Conclusão
Todo UX/UI Designer precisa entender e exercer seu papel na sociedade (o que pode fazer para melhorar a vida das pessoas) e em sua comunidade (o que pode fazer para agregar a outros UX/UI Designers). Com esse driver em mente, suas ações falarão mais alto do que suas palavras, fazendo com que você seja não apenas um profissional respeitado, mas também valorizado.
Alternativas para UX/UI Designers planejarem suas carreiras
Ter opções é preciso
Temos visto que o período profissional de UX/UI Designers em empresas não costuma ser muito longo. Isso se deve ao fato de que, mesmo que você ingresse como júnior em uma empresa, em menos de 10 anos você já terá passado por todas as experiências que essa empresa pode lhe proporcionar em seu departamento, chegando a cargos de gerência e permanecendo neles por algum tempo. Concluímos então que em nosso setor as pessoas dificilmente almejam ou necessariamente permanecem em empresas por períodos muito longos — Como era o que a maior parte das pessoas buscava na geração anterior. Como as transformações no mundo atual tomaram um ritmo ainda mais acelerado em 2020, as pessoas estão percebendo que a necessidade de buscar opções e se adaptar são agora indispensáveis. Estabilidade? Mito. Satisfação profissional ficando na mesma empresa muito tempo? Impossível. Então, que rumo tomar?
Conforme falamos no artigo Planeje como o trabalho afeta sua vida, nosso tempo útil de trabalho pode ser muito bem planejado, considerando que temos em média 40 anos para isso. O primeiro passo é conhecer todas as possibilidades, estudá-las e identificar quais tem mais o seu perfil ou fit com o seu momento atual.
Tipos de empresas
No Universo de UX/UI Design, existem 3 tipos de organizações que englobam a diversidade de opções para profissionais dessa área. Com variantes como tamanho, tipo de produto e indústria, cada um desses perfis tem aberto espaço para Design Teams fazerem a diferença em como conduzem seus negócios, na criação e atualização de seus produtos digitais. Passando por cada uma delas rapidamente:
Tradicionais
Apresentam o formato “padrão”. Há organização interna, hierarquias bem definidas e departamentos específicos, onde um deles é o de Design. A empresa já dispõe de produtos que precisam passar por transformação digital, ou querem criar outros totalmente do zero. Você será parte de um time maior e mais misto, sendo tratado como parte de uma grande engrenagem. Terá (uma certa) estabilidade, benefícios e até um plano de carreira já definido, que vai depender não apenas de seu esforço mas também das oportunidades internas que a empresa poderá oferecer. Esse formato de negócio é o mais buscado por profissionais de todas as maturidades, porque fatores como cultura interna, peso da marca, popularidade ou o próprio produto fazem muita diferença no desejo de estar inserido nesse meio. Nesse contexto, podemos tomar como exemplos empresas financeiras como o Nubank, varejistas como a B2W, de saúde como a RaiaDrogasil, automotivas como a Toyota, serviços como a Enel, Tecnologia como a Samsung, ou mesmo empresas que são integralmente aplicativos como o Rappi e o Uber.
Você poderia passar pela escada do crescimento interno dessa forma:
- Junior UX Designer
- Mid-Level UX Designer (ou só UX Designer)
- Senior UX Designer
- Design Manager
- UX Lead
- UX Director
Agências de Publicidade
Nesse tipo de empresa o dia-a-dia é bem diferente. Agências não utilizam UX em seus produtos, mas sim para produtos de outras empresas, podendo ser fixos (cria-se do zero e mantém-se a equipe no pós-lançamento) ou temporários (campanhas publicitárias baseadas em produtos digitais). Isso faz com que a forma como os negócios são conduzidos sejam bem diferentes, pois a empresa detentora do produto (o cliente da agência) investe nele tanto em horas de criação já acordadas quando como em projetos independentes, chamados de Client-Cost. Esses projetos são originalmente criações da agência em sua grande maioria, oferecidos e vendidos a seus clientes de acordo com sua demanda.
O que torna o universo das agências muito atrativo é a possibilidade de atuar em diversos tipos de projetos, para os mais variados clientes — além, é claro, de se estar inserido em um ambiente totalmente voltado para a criatividade, onde é permitido usar roupas mais informais e ter regalias como pizza e Uber em dias de horas extras (há quem diga que são quase todos).
A escada nas agências é um pouco diferente:
- Junior UX Designer
- Mid-Level UX Designer (ou só UX Designer)
- Senior UX Designer
- Design Coordinator
- UX Lead
Startups
Esse universo é uma espécie de mescla dos dois mundos citados acima. Como o conceito principal de uma Startup é a criação de uma empresa com um produto disruptivo em cenários totalmente incertos, pode-se experimentar fortes emoções todos os dias, de grandes conquistas à falência repentina. Logo, não há muitos degraus bem desenhados; Sua presença simplesmente faz uma diferença direta na empresa. Existe a seriedade da prestação de contas e batimento de metas de uma empresa tradicional, ao mesmo tempo que há inovação, juventude e muita energia para romper todas as barreiras, em ambientes totalmente fora da caixa, repletos de pessoas inspiradoras.
Um ponto que torna Startups atraentes a UX/UI Designers é o fato de que a mentalidade de UX é muito parecida com o mindset original desse formato de empresa. Ou seja, elementos como validação, sprints e metodologias ágeis são bem conhecidos e praticados, o que torna o trabalho do UX/UI Designer muito menos difícil pois os empecilhos por parte dos stakeholders praticamente inexistem.
Esse cenário é mais buscado por profissionais menos experientes ou que ainda não definiram claramente onde está sua paixão dentro do universo de Product Design. Não podemos deixar de mencionar que é “menos estressante” atuar em uma Startup se você for solteiro e não tiver muitas responsabilidades, porque não há regra da quantidade de horas que serão investidas. Todos trabalham muito, todo dia, o dia todo.
Ah, o freelancer
Não podemos deixar de mencionar essa categoria de UX/UI Designers, que por opção, atuam sem vínculo empregatício nas empresas em projetos que tem começo, meio e fim bem definidos. Não almejam altos cargos nem sólidas carreiras, mas preferem o vôo solo e livre, experimentando seus limites a cada oportunidade e aprendendo muito de tudo no processo.
Se esse é o seu perfil, leve em consideração o que muitos não levam: Além de saber fazer bem UX/UI Design a ponto de levar um projeto inteiro sozinho caso necessário, você igualmente também precisa criar e cultivar um bom network (para os trabalhos continuarem entrando), saber orçar (para não levar prejuízo sem perceber), gerir clientes (para evitar desistam do projeto) e comunicar-se muito bem (para minimizar retrabalho).
Outra vantagem é que com a experiência que vai adquirir devido à variedade de projetos, se você almeja um dia fundar uma empresa, terá tido acesso direto a diferentes mundos, o que será muito útil na escolha de uma indústria para se aprofundar, identificar uma oportunidade e criar um produto a ela.
Conclusão
São muitas opções para você planejar bem sua carreira. Mantenha-se sempre muito bem informado sobre a movimentação do mercado: a transformação digital das empresas, a criação de novos produtos, ascensão de uns e queda de outros, tendências, novas tecnologias, e assim por diante. Antes de escolher o tipo de empresa que mais lhe apetece, tenha certeza de conhecer todas as suas possibilidades, e uma vez selecionadas, trabalhe com afinco para atingir seus objetivos.
Como seu posicionamento de UX/UI Designer precisa ser para esse tipo de vaga
A evolução natural da carreira
Quando falamos sobre carreira, obviamente esse conceito não se limita apenas a UX/UI Design. Profissionais de diferentes indústrias, setores, empresas e departamentos, em algum ponto de sua carreira, dão um passo a mais na direção da gestão, deixando a “produção”. Logo, é natural que em tempo, você se depare com essa mudança em sua carreira. Algumas pessoas aguardam ansiosamente por esse momento por terem mais vocação e interesse, enquanto outras são colocadas nessas funções por necessidade da empresa. E em todos esses cenários, no momento da transição, novas habilidades se tornam necessárias e precisam ser desenvolvidas. Pare para pensar: Quando fundou o Facebook, Mark Zuckerberg não era o mesmo Mark Zuckerberg de hoje. Ele era um jovem impetuoso e muito inteligente, mas ainda, sua competência mais forte era a programação. Mediante o crescimento fenomenal de sua empresa, ele precisou se tornar o CEO do Facebook.
Buscando oportunidades de liderança
Agora entrando especificamente em nosso amado universo de UX/UI Design, vemos que os cargos gerenciais estão aumentando a cada dia, uma vez que as empresas tem ganhado velocidade em sua maturidade de design. Com o aumento do apreço ao Design Team pelas diretorias frente aos resultados gerados no negócio, suas metodologias eventualmente começam a ser implementadas em mais produtos, abrindo inclusive espaço para a criação de novos. Em decorrência disso, o próximo passo é aumentar o time — e nesse momento, abre-se a necessidade de mais gestores. Para tanto, algumas empresas preferem buscar pessoas de fora para liderar seus times, enquanto outras preferem alguém já integrado, que estava somente esperando a oportunidade. Aqui temos dois pontos importantes a serem levantados:
Suas responsabilidades
Como diria o querido tio do Peter Parker, vulgo Homem-Aranha: “Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades.” Para dar esse passo, saiba que serão confiados a você poderes que vem com um preço. Falando de forma muito simples, bons gestores, prioritariamente, sabem muito bem que precisam manter seus relacionamentos verticais em dia. Isso significa que eles precisam reportar suas decisões, ações e resultados a quem está acima, bem como precisam garantir o direcionamento, produtividade e o foco de quem está abaixo.
Sua visão empresarial
Além de se relacionar diretamente com a liderança da empresa, você também começará a lidar com outros departamentos como RH, Compras, Controle de Qualidade e Comercial, já que seus produtos tem relação direta com todos eles. Logo, seu entendimento sobre como uma empresa funciona será violentamente expandido, de forma que de agora em diante você entende perfeitamente o impacto de suas decisões acertadas e erradas, além de conhecer seus limites. Bons gestores não podem gerar mais problemas, e sim criar soluções aos já existentes, entendendo o timing e os altos e baixos que toda empresa passa.
Show! Quero ser líder
Levando em conta todos os fatores que vêm agregados a esse passo rumo à gestão, comemore! Seu crescimento será alavancado, e com ele, seu valor profissional. Mas cuidado com o pensamento comum sobre isso: “Boa, agora sim eu vou trabalhar menos e ganhar mais”. Trata-se de uma realidade possível, mas não a todo gestor. Quem chega nesse ponto, além de sua excelência profissional e mérito, sabe que foram necessárias muitas lágrimas e suor a cada desafio vencido, e que não é da noite para o dia.
Para todos os efeitos, conforme falamos no artigo Como aplicar a uma vaga de UX/UI Designer, há fatores que você precisa considerar sobre sua proposta de valor profissional para pleitear a vagas. Mais especificamente a vagas gerenciais, há ainda mais fatores. Veja abaixo dois cenários para pessoas que buscam cargos gerenciais, e o que é necessário para que aumentem suas chances de contratação:
Não tenho experiência em liderança, mas quero o desafio
Prioritariamente, entender bem como UX/UI Design funciona, já ter aplicado muitas vezes as metodologias e lidado com diferentes situações nesse processo faz-se primordial para que você defina uma direção a seguir com o time e consiga fazer suas defesas / apresentar um bom planejamento estratégico para a diretoria. Com toda certeza, ninguém gosta de ter um líder que entende menos do processo do que o liderado; e nenhum diretor gosta de ver prazos estourados e metas não-cumpridas.
Em adição, lidar com pessoas não pode ser um problema para você. Falamos repetidas vezes que não é possível ser um UX/UI Designer sem gostar de gente. Se você deseja ocupar um cargo de liderança, saiba que essa habilidade é extremamente obrigatória para seu sucesso, o que faz com que suas Soft Skills precisem estar “afiadas”.
Para aumentar suas chances:
A expectativa de um recrutador é encontrar histórias de seus projetos do ponto de vista humano, além verem seu processo de trabalho e como exerceu seu próprio papel de UX/UI Designer. Essas histórias podem estar descritas junto ao case do projeto em seu portfolio, mas também podem estar em seu currículo, na seção “About” do seu site ou em artigos publicados em algum canal digital como o Medium. Para isso, encontre respostas para questões como:
- Quais fatores humanos possibilitaram uma boa sinergia?
- Como o time separou tarefas?
- Quem foram os envolvidos?
- Quais foram os entraves interpessoais e como você lidou com tais situações?
- Como o time prestou contas à liderança ou aos stakeholders?
Já tenho experiência e busco um novo desafio
Por diversos motivos, profissionais em cargos de liderança buscam novos desafios: Experimentar segmentos diferentes, conduzir times ainda maiores, conhecer novas pessoas, ter um aumento nos ganhos ou mesmo um desligamento repentino. Ao se lançar ao mercado, além de já dominar os pontos mencionados aos novos gestores, é esperado que você esteja preparado e seguro para liderar e para prestar contas com seriedade, sendo capaz de criar objetivos e abrir o caminho para os atingir.
Para aumentar suas chances:
Nesse caso, a expectativa de um recrutador é encontrar em seus links boas histórias que exemplifiquem claramente sua forma de trabalho gerencial. É realmente necessário que você “comprove” experiência em liderança, explicando sua eficácia na condução a resultados significativos. Listo abaixo alguns indicadores:
- Como contribuiu para a disseminação do mindset de UX na empresa?
- Como equilibrou objetivos de negócio com necessidades de usuários?
- Qual foi sua uma visão de curto, médio e longo prazo?
- Como geriu a produtividade do time, mantendo-os na direção certa?
- Como se comportou mediante as situações adversas no processo?
- De que forma prestou contas à liderança ou aos stakeholders?
- Como lidou com o sucesso ou fracasso do projeto?
- Como chegou aos resultados esperados?
Conclusão
Para que sua carreira siga no rumo do crescimento, o dia de tornar-se um líder irá chegar mais cedo ou mais tarde. Para isso, desenvolva-se constantemente em relacionamento com pessoas, aprofundamento em tendências e conhecimentos em negócios, entre outros. Nesse processo, garanta sempre que suas habilidades humanas estejam claras em sua apresentação profissional.
Fatores imperceptíveis que desqualificam UX/UI Designers em processos seletivos
Cause uma boa impressão
Quando o assunto é trabalho, deve-se pensar muito além da superfície. “Sou a pessoa certa ou não pra essa oportunidade?” Essa é uma pergunta extremamente vaga. Existem barreiras invisíveis que foram criadas e estão instaladas em seus hábitos, que já afetam automaticamente sua avaliação profissional sem que você perceba. É importante reforçar nesse momento que estamos falando de comportamento — Por mais que as empresas estejam interessadas em suas habilidades técnicas, elas também querem saber se você irá se adaptar a seu ambiente, em diversos aspectos: Se vai submeter-se à liderança, integrar-se bem ao grupo, controlar seus vícios, respeitar as demais pessoas, cumprir agendas, entregar além do esperado, ser pontual. Repare que nenhum desses pontos tem a ver com Design, e exigem zero talento ou conhecimento técnico. Todos eles estão baseados em seu comportamento, ou seja, vão ditar a impressão gerada sobre você: Quando a avaliação começar, sem que perceba, você já dará sinais sobre esses pontos, podendo ser positivos ou negativos.
As barreiras invisíveis
Em processos seletivos, existem diversas camadas de análise. E é logo na primeira camada que as barreiras invisíveis se instalam. Não vamos nesse momento detalhar o óbvio, que é ter um portfolio e estar preparado para uma entrevista — essas são parte da superfície que falamos, ou seja, já são de seu conhecimento sobre sua avaliação.
Vamos tratar apenas os erros que te fazem perder pontos imediatamente, antes mesmo de ser avaliado. O ponto principal a ser levantado é:
“Os erros cometidos na avaliação geram diretamente uma preocupação sobre como será seu comportamento depois da contratação.”
Vamos a elas:
1. A dificuldade em falar com você
Em nossas buscas pelo perfil ideal, recebemos e encontramos dezenas de links de portfolio sem dados de contato. Nesse caso, a barreira invisível é termos que encontrar, por nossas próprias forças, alguma forma de falar com você. Esse processo é extremamente desgastante e frustrante, uma vez que você é o maior interessado em ser contactado. Se esse fator fosse uma eventualidade, trataríamos como um erro pontual. Mas a frequência em que nos deparamos com esse problema é bem mais alta do que você imagina. Há casos que precisamos mandar mensagens pelo LinkedIn, já na expectativa de que essa mensagem será lida em alguns dias, talvez semanas depois — até lá, a vaga já terá sido preenchida por alguém mais presente. Se você está disponível para novas oportunidades mas realmente não deseja ser contactado por telefone ou WhatsApp (meios mais práticos), ao menos seu e-mail precisa constar, e de preferência, um que você leia diariamente.
Ponto de preocupação: Uma vez contratado, as pessoas terão acesso fácil a você?
2. A forma como envia seu portfolio
Por muitas vezes, recebemos e-mails apenas com o link do portfolio ou um arquivo anexo, sem nenhuma introdução, nem sequer uma saudação. Em casos extremos, não conseguimos deduzir quem é a pessoa ao lermos o endereço de e-mail, como por exemplo designeruxbr@mail.com. Aqui está a barreira invisível: Ao nos depararmos com esses casos, entendemos que o candidato não quis ter o trabalho de se apresentar, ou enviou esse mesmo e-mail para diversas outras vagas, com a função copy/paste “ligada no turbo”, com extremo descaso. Ao enviar um contato, seja por e-mail ou mensagem direta, é recomendado que você diga quem você é e como ficou sabendo da vaga em questão, fazendo uma breve introdução sobre seu perfil de forma a alinhá-lo à oportunidade. Por fim, como se trata de uma mensagem/e-mail e não de uma página pública, deixe outras opções de contato.
Ponto de preocupação: Uma vez contratado, você quer dar a impressão de que leva o trabalho com descaso?
3. O tipo de portfolio
Como falamos, ter um portfolio é o básico. Sem ele, fica impossível avaliar suas qualificações técnicas e experiência. Uma vez que tomamos conhecimento que você tem um portfolio, a barreira invisível é o tipo de portfolio. Vamos a uma questão muito importante: Se você é um Designer que está se propondo a atuar em produtos digitais, faz sentido que seu portfolio não seja digital? Logo, considere que ter um portfolio offline é o avesso da natureza da sua atividade. Salvo casos em que seus projetos estejam protegidos por NDA (ou seja, impossibilitados de ser publicados online), evite esse formato. Não se trata de certo ou errado, mas sim que esse é um fator que acende uma luz vermelha em seu perfil.
Ponto de preocupação: Uma vez contratado, você vai preferir dificultar o trabalho do time com arquivos offline enquanto todos usam arquivos online colaborativos?
4. Como se apresenta profissionalmente
É esperado que UX/UI Designers sejam pessoas que se comunicam bem e que gostam de gente. Não necessariamente precisam ser extrovertidas, entertainers e com presença de palco, mas capazes de se fazerem entendidos em questões e decisões com propriedade. Por isso, ao redigir um texto que te apresenta, você precisa ser o mais claro possível, fazendo uma ponte entre o que você oferece como profissional e o benefício que empresas ou times ganhariam ao te contratarem. Esse texto precisa cativar o avaliador, fazendo-o querer ver mais sobre você. Para isso, cuidado com esses pontos:
Falta de clareza em sua expertise principal — ex. “UX/UI, Graphic e Motion Designer que entende de código”;
Usar jargões — ex. “resolvo problemas”;
Não manter o foco no profissional — ex. “sou apaixonado por filmes e rock’n’roll”;
Ponto de preocupação: Uma vez contratado, você vai conseguir se comunicar bem e será focado no trabalho?
Conclusão
Valorize os pontos citados acima, colocando-os em prática imediatamente. Todos esses pontos são de muito fácil resolução. Você já deve ter visto essa frase em alguns filmes: “I’m a fast learner”. Não se trata simplesmente de uma pessoa que aprende rápido, como uma espécie de gênio; mas de uma pessoa que erra rápido, retém o aprendizado e não erra mais nesse ponto. Agora que você já sabe da existência de barreiras que potencialmente te desclassificam antes mesmo de ser avaliado, não as ignore mais. Preste muita atenção na forma como você se comporta, para que avaliadores tenham a impressão certa sobre o seu perfil e fiquem interessados em saber mais sobre você.
Simplifique e potencialize sua apresentação profissional de UX/UI Designer
Pensar em UX é a estaca zero
Antes mesmo de escolher qual plataforma utilizar, você precisa ter plena ciência do objetivo de seu portfolio. Lembre-se que você é um UX/UI Designer, que pensa nos usuários acima de tudo: então considere que os usuários de seu portfolio não são seus amigos, familiares ou pessoas que nada entendem de Design, mas sim, empresas e recrutadores que precisam te avaliar de forma justa conforme o profissional que você é nesse momento. Dada essa premissa, seu portfolio pode também ter outra grande utilidade, que é inspirar outros UX/UI Designers. Mas vamos nos ater à primeira.
Listo abaixo, de forma resumida, 5 pilares importantíssimos para a construção de seu portfolio em qualquer plataforma:
1. Apresente-se bem
Além de as empresas quererem ver seu trabalho, também querem entender seu perfil. Apresentar-se bem, de forma clara e direta, é muito importante como introdução de sua apresentação profissional. Mencione quem você é, suas especialidades, diferenciais, o que está fazendo agora e o que busca em sua carreira, entre outros pontos que considerar relevantes.
2. Liste seus Projetos
Ao primeiro momento, mostrar que você já atuou em mais de um projeto é desejável. Seja em forma de grid ou de lista, apresente a introdução de cada projeto com título e subtítulo bem curto sobre do quê se trata, pra quem foi e seu papel nele. Dessa forma, recrutadores vão esperar encontrar a mesma qualidade de informação em qualquer um dos seus projetos.
3. Detalhe-os corretamente
Aqui você precisa acertar em cheio. Muito mais importa seu processo do que o resultado final, mesmo que você seja um UI / Visual Designer de mão cheia e ser orgulhe muito do refinamento das telas finais. É importantíssimo criar e seguir um padrão da forma que apresenta as informações, usando-o em todos os projetos, pois como serão bem diferentes uns dos outros, a padronização da estrutura fará com que seus projetos tenham a mesma consistência, facilitando o consumo das informações e gerindo bem a expectativa do avaliador.
4. Garanta que os objetivos sejam atingidos
Conforme citado anteriormente, é evidente que seu portfolio tem um objetivo final, que é o avaliador se interessar por você e decidir fazer contato. Logo, considere que garantir a facilidade dessa conexão é um fator simplesmente indispensável. Além de obviamente as informações de contato estarem presentes e visíveis, tenha a certeza da funcionalidade dos botões.
5. Teste e revise. De novo
Por fim, como um bom UX/UI Designer, você precisa testar seu portfolio como se ele fosse um de seus produtos. Faça uma revisão minuciosa em cada página (se certificando que hajam pontos de saída e/ou continuidade e links corretos), conteúdo (erros gramaticais e ortográficos) e informações de contato (telefones atualizados e e-mails que sejam lidos com frequência diária), para evitar que “perca pontos” por motivos que nada tem a ver com sua qualificação profissional.
Escolhendo uma plataforma
Com esses pontos compreendidos, você pode agora então escolher a melhor plataforma para apresentar-se profissionalmente. O que já é esperado nesse momento é que algumas plataformas vão favorecer um ponto mais do que outro, por isso construir uma boa estrutura vem primeiro. Veja a seguir as opções que recomendamos:
Seu próprio site
Essa é, sem dúvida, e melhor forma de apresentar-se profissionalmente. Ter um site próprio significa, já de antemão, que houve uma preocupação maior e um cuidado a mais, o suficiente para que houvesse tempo dedicado para sua construção. É importante mencionar aqui que não é necessário que o seu site seja algo mirabolante, produzido 100% do zero, com uma criação digna de prêmio internacional, fazendo tudo “na unha” para chegar a um refinamento monstruoso.
Se você prezar pelo pontos mencionados anteriormente e chegar a um resultado simples e objetivo em um domínio www.seunome.com, é mais do que suficiente para gerar o impacto esperado. Note que, se você tiver um site próprio e também um portfolio em alguma plataforma, a preferência do avaliador sempre será pelo site, uma vez que ele escolherá qual dessas página irá avaliar.
Para que obtenha resultados rápidos e satisfatórios, você pode usar plataformas de publicação de sites que oferecem templates, como o WordPress, Squarespace, Cargo Collective e Wix — E outros mais sofisticados que requerem mais aprofundamento e dedicação, como o Webflow e o EditorX (nova ferramenta do Wix).
Behance
Atualmente é a plataforma mais popular. Como “parte” do pacote Adobe Creative Cloud, mesmo que você não seja assinante, pode criar seu portfolio sem custo algum, tendo acesso a ferramentas bem interessantes. Como o Behance originalmente não era da Adobe, sua aquisição pela gigante só gerou impactos positivos: Atualmente ele oferece aulas ao vivo por streaming diariamente com profissionais do mundo inteiro em diversos apps, tem uma espécie de Stories onde pessoas postam seus “WIP” (work in progress — projetos em construção, em tradução livre), há seções para buscar e criar vagas pelo mundo e ainda um blog exclusivo, o 99U, que traz conteúdos excelentes para todo tipo de designer.
Se você for assinante, há um extra muito significativo: O Adobe Portfolio. Com ele, é possível criar o seu site sem custo adicional, podendo carregar e moderar os projetos que já estão dispostos em seu perfil do Behance em uma espécie de função on/off. Ou seja, você não precisa escrever e montar seus projetos novamente: Basta apenas escolher, ativando ou desativando conforme quiser. E além de tudo isso, ele ainda dispõe de templates bacanas que são bem fáceis de customizar em uma interface intuitiva e robusta.
Apesar de todos esses benefícios, o Behance não é uma plataforma específica para UX/UI Designers, e sim para todo tipo de profissional de criação visual, como Ilustradores, videomakers, pintores, escultores, arquitetos, decoradores, entre outros. Logo, como é extremamente rico em diversidade (a maior base de usuários criativos do mundo), a chance de o recrutador se distrair com trabalhos alheios aos seus é enorme.
Medium
Apesar de ser uma plataforma para criação de conteúdo escrito, a popularidade do Medium tem feito com que UX/UI Designers o usem bastante pois os principais nomes do mundo em nosso setor o usam para expôr seus pensamentos, compartilhar experiências e trazer dicas, fazendo sua contribuição sem fins lucrativos para o crescimento e desenvolvimento da comunidade global.
Em decorrência disso, UX/UI Designers têm feito uso dessa plataforma para portfolios, especialmente UX Designers de várias especialidades (Researchers, Writers, etc.). A extrema simplicidade do Medium torna o processo de documentação de um case muito fácil, pois basta contar uma boa história de seu case com imagens e textos. A grande sacada de estar baseado no nele, além de não ter custo, é ser encontrado facilmente em um lugar que concentra muitos leitores da área em busca de informação relevante. Para os avaliadores é uma forma bem objetiva e direta de análise, pois já existe a premissa de que portfolios no Medium estarão em formato de histórias, o que os agrada muito.
UXFol.io
É uma das plataformas mais novas, que diferente do Behance, é focada em UX/UI Designers. Por conta disso, é bem prático criar o seu case de projeto pois ele oferece um modelo interessante para auxiliar na estruturação, diferentes templates para você customizar, hints para ajudar a construir um conteúdo convincente, “embeda” links dos seus protótipos, cria travas de acesso para projetos protegidos por NDA e ainda facilita que você colha feedbacks da comunidade. UXFol.io oferece um plano free com boas vantagens, mas permite a publicação de apenas 1 projeto.
Notion
Essa plataforma destina-se a organizar e planejar melhor equipes, com excelentes recursos para melhorar processos de criação de produto, recursos humanos, vendas e marketing, e inclusive, boas ferramentas de design. Com o aumento de sua popularidade, o Notion tem atraído muitos UX/UI Designers para construir seus cases pela facilidade de uso e custo zero para uso pessoal, podendo ser usada em Web App e também em Desktop App. Ela também permite, em planos pagos, que você crie um site próprio mais completo com uma finalização visual simples e satisfatória.
Opções a evitar
Há soluções que não são aconselhadas por dificultarem muito a avaliação de empresas e recrutadores, a saber:
Dribbble
Apesar de ser uma plataforma excelente para sua finalidade — que é prover a criativos de todos os tipos a possibilidade de mostrarem seus trabalhos ao mundo, criarem boards com projetos de outros criativos e serem vistos por potenciais contratantes — o Dribbble não é indicado para UX/UI Designers pois o foco de avaliação desse tipo de profissional é o racional por trás das telas finais. Apenas mostrá-las, por mais que sejam belíssimas, não é suficiente para uma avaliação correta sobre seu perfil profissional.
Apps de Prototipagem
Adobe XD, Figma, Sketch e outros são maravilhosos para sua finalidade original, mas não para a construção de portfolios. Por mais que você crie uma experiência memorável ao avaliador, ou queira impressionar mostrando suas habilidades nesses apps, atente ao fato de que o avaliador nem sempre as conhece, e por isso, não sabe como manuseá-las. De nada adianta você criar uma tela de contato no XD, sendo que os links não podem levar o visitante aos seus respectivos destinos; Menos ainda adianta mostrar a jornada do usuário completa, se o que o avaliador quer é passar tela a tela sem perceber o tamanho do seu site.
Conclusão
Mais importante do que a sua escolha da plataforma, é o mindset de UX/UI Designer por trás do seu portfolio. Lembre-se sempre quem será o seu usuário final. Se seu portfolio cumprir os requisitos básicos citados, a escolha da plataforma torna-se realmente irrelevante. Opte pelo simples e funcional, conforme seu perfil. Boa sorte!
Como diminuir o gap entre você e a oportunidade que busca
“Mind the Gap”
Yay! Você concluiu o Bootcamp com sucesso. Além de maravilhar-se com esse novo universo, você aprendeu muito, conheceu gente nova, leu bastante, descobriu pessoas inspiradoras e exercitou seus aprendizados. Está pronto para atuar em uma empresa! Calma, não vamos dar um balde de água fria, só vamos te lembrar do gap entre você e uma oportunidade. Sim, você está pronto — mas apenas tecnicamente. Agora chegou o momento de você pensar no seu lado humano e fazê-lo trabalhar a seu favor para potencializar suas chances de colocação profissional, antes de embarcar nesse vagão. O que queremos aqui é que você reflita no tamanho da lição de casa que tem pela frente. Então pra sermos práticos, veja a seguir 7 passos para você começar. Anote todos, marque como “feito” conforme forem cumpridos e comemore no final porque essa experiência é digna de ser memorável.
1. Esteja seguro do básico
Entendemos esses dois pontos como básicos: A capacitação técnica (saber fazer) e a habilidade de lidar com pessoas. Esse conjunto, mais conhecido como Hard e Soft Skills, são pilares eternamente presentes na carreira de um UX/UI Designer e vão ditar a velocidade do seu crescimento. Cada um desses pontos tem um segredo, a saber:
Saber fazer — É o pacote de conhecimentos que você acabou e adquirir. apesar de terem um conteúdo similar, Bootcamps podem ser bem diferentes um do outro em duração (tempo de curso), formato (ao vivo ou em vídeos) e em quantidade (número de atividades). Com isso, o importante é que você esteja seguro de que concluiu o curso com um enorme aprendizado, tendo se dedicado ao máximo, e não apenas que tenha marcado presença de forma desinteressada. Importante lembrar que certificados não tem um efeito mágico de abertura automática de portas.
Lidar com pessoas — Além de ser mandatório que você se esforce pra interagir bem com os colegas e com a liderança, entenda que você fará parte de um processo, ou seja, haverão entregáveis de outras pessoas antes de você começar a trabalhar e também depois que concluir sua parte. Com isso em mente, entenda a importância de estar 100% alinhado com essas pessoas: O que chegou a você precisa te possibilitar a trabalhar, e o que vier de você, da mesma forma, precisa possibilitar o próximo a trabalhar. Essa simples força de sinergia potencializa enormemente a integridade do projeto e reduz drasticamente o retrabalho desnecessário.
2. Mergulhe fundo no universo digital
Por mais que nossa área seja nova, projetos realmente incríveis foram produzidos nesses últimos 20 anos. Você precisa ter noção (ou perdê-la…) do tamanho do mundo, da quantidade de projetos digitais que já foram feitos, das pessoas que os fizeram com as tecnologias de suas épocas, e entender que para quase tudo já há uma referência. Sites como o Awwwards e The FWA são exemplos que vão explodir sua mente, além de um mergulho nas lojas de aplicativos AppStore e Google Play Store. Além disso, procure também saber sobre as tecnologias do futuro, como A.I. (Inteligência Artificial), A.R. (Realidade Aumentada) e iOT (Internet das Coisas).
3. Liste e conecte suas competências adquiridas
Há quem diga que se pegássemos uma folha de papel e começássemos a escrever tudo o que sabemos fazer, ficaríamos surpresos. Você só terá noção se pegar esses pensamentos e convertê-los em palavras escritas. Independente de sua procedência e experiência anterior, você já aprendeu muito em sua vida até aqui. Com essa lista em mãos, crie conexões dessas suas competências adquiridas às necessidades e aptidões de um UX/UI Designer. Por exemplo: se você vem de Marketing, suas habilidades visuais e de relacionamento com marcas podem agregar a UI e UX Writing. Se você vem da engenharia, suas habilidades com números e da funcionalidade das coisas pode agregar à pesquisa e à sua visão do desenvolvimento final.
4. Escolha um nicho que se identifique
Depois de fazer sua lista e identificar os pontos de conexão com UX/UI Design, é hora de você buscar projetos e empresas que tenham produtos digitais mais relacionados com o seu perfil. Sim, entendo que você pode buscar oportunidades em áreas que nunca atuou, mas pense: Se você já tem habilidades além do design em determinada área, trate esse fator como potencialmente o grande diferencial para que você seja o escolhido. Cada vez mais, empresas buscam profissionais menos generalistas e mais especialistas, ou seja, um pacote de experiência específica já é um gancho para você encontrar seu lugar. A presença de um UX Designer com bagagem em biologia, por exemplo, pode ser fundamental ao app de uma empresa desse setor. Se você conseguir essa façanha, festeje! Você vai ingressar a um time onde sua presença é fundamental devido aos conhecimentos que outras pessoas não tem, além de poder aplicá-los no que quer trabalhar.
5. Busque um mentor
Conforme falamos no artigo A importância da mentoria em UX/UI Design, mentor é aquele que usa sua experiência e sabedoria para andar ao lado de outra pessoa, auxiliando em seu crescimento e desenvolvimento para que atinja seus objetivos. Ter a seu lado essa pessoa é muito importante para que você possa produzir mais, errar menos e lidar melhor com as pessoas. Tenha sabedoria na escolha dessa pessoa, na medida do possível: Esse profissional precisa ter uma experiência comprovada, credibilidade perante outras pessoas e autoridade para falar sobre os assuntos em questão, evitando que você seja iludido, que perca seu tempo ou que seja conduzido a seguir caminhos equivocados.
6. Promova-se corretamente
Um dos pontos mais subvalorizados entre UX/UI Designers é o seu próprio Branding. Estão tão ocupados e concentrados em pensar nos problemas de outras pessoas, que acabam por criar o hábito de constantemente adiar a criação de sua própria imagem profissional. Estamos falando aqui não apenas de seu portfolio (o que você sabe fazer), mas também da forma como você se apresenta (quem você é profissionalmente). Como empresas contratam pessoas e não robôs, depois de avaliar o portfolio, o próximo passo dos recrutadores é entender seu perfil humano e tentar encontrar um fit com a vaga em questão. Construa uma espécie de marca pessoal, um posicionamento, tendo ciência de que esse é um trabalho que você faz sozinho. Você precisa saber se promover. Em vias simples, esclareça de forma objetiva quem você é, o que faz, o que te difere dos demais e porque você é uma “aquisição” que agrega à empresa.
7. Trabalhe de graça(?)
Sim. Mas calma: você sabe o que é trabalhar de graça? Considere os dois lados dessa moeda. Um dos lados, conforme falamos no artigo “Ainda” sou um UX/UI Designer Júnior, é oferecer seus serviços de profissional recém-formado a empresas com baixa maturidade em Design, prestando-lhes uma análise inicial sem custo sobre seu produto, o que pode render uma oportunidade. O outro lado é a clássica situação daqueles que vêm de outras vertentes do design: um designer tradicional faz muitas coisas de graça, só por ser o “desenheiro” da família e dos amigos. Você não sabe, mas essas pessoas já contam com seus dotes maravilhosos, sem querer lhe pagar um centavo por eles. Logo, A diferença de mindset consiste em onde está a iniciativa. Explico:
Se uma pessoa te contacta pedindo que faça um projeto de graça, a resposta é definitivamente sempre não. O fato desse solicitante não querer pagar já esclarece que ele não te valoriza, e ainda vai fazer com que você trabalhe nos termos dele. É pedir pra sofrer.
Mas se você, por iniciativa própria, contacta alguém oferecendo seus serviços sem custo como forma de aprendizado, estamos falando de algo completamente diferente. Partindo de você, a pessoa provavelmente irá se sentir lisonjeada por ter sido escolhida para seu laboratório, e estará ciente de que o projeto será nos seus termos. Por esse caminho, você pode criar seus primeiros cases reais e aprender muito com eles, por mais simples que sejam, sem ser massacrado por pessoas que não compreendem o valor do seu trabalho.
Conclusão
Bootcamps são um grande passo para sua carreira de UX/UI Designer. Absorva o máximo, e sem perder tempo, coloque as mãos na massa assim que o curso terminar. Cada ação tomada contribuirá para seu crescimento e atratividade a empresas contratantes.
Uma reflexão sobre planejamento de carreira para UX/UI Designers
UX/UI Designers amam o que fazem
Um dos pontos principais que nos fizeram criar um produto para UX/UI Designers é o simples fato de que esses profissionais amam o que fazem. Não há quase nada pior nesse mundo do que ter um emprego detestável, em que você não vê a hora de chegar a sexta ou que morre de medo da segunda. É de fato um privilégio enorme trabalhar no que se gosta. Confúcio já tinha dito: “Encontre um trabalho que ama e não terás que trabalhar um só dia em sua vida.”
Temos diversos relatos de UX/UI Designers contando que quando seus filhos perguntam o que fazem, se orgulham em dizer que fazem produtos pra melhorar a vida das pessoas. Como amam o que fazem, são pessoas muito mais positivas, e o reflexo disso é claro em suas vidas pessoais. Essa satisfação profissional é um dos fatores, inclusive, que tem feito profissionais de outras áreas migrarem para Product Design. Pessoas de gestão, psicologia, arquitetura e até mesmo advocacia tem encontrado em UX/UI Design uma terra firme para trazerem seus conhecimentos anteriores a agregar ao crescimento e desenvolvimento do setor, e encontrarem sua satisfação profissional. Além, é claro, de designers de diversas outras vertentes, que ao vislumbrarem esse novo universo, vêm sem olhar pra trás.
Conduzir vs. ser conduzido
Você não pode esperar que vagas maravilhosas em empresas bacanas simplesmente apareçam em sua frente. É preciso que tenha uma visão mais “macro” sobre o seu tempo de carreira pela frente, mapeando-o de forma a lhe proporcionar cada vez mais experiências novas. Em vez de somente ser conduzido, conduza.
Pensando friamente, na média, temos 40 anos altamente produtivos em nossa vida: entre os 20 e 60 anos de idade. Antes dos 20 você ainda estava condicionado ao seu aprendizado básico, e depois dos 60, por mais que ainda possa estar em plena atividade, seu ritmo já é mais limitado. Você pode pensar “caramba, mas são 40 anos”! Esse tempo passa rápido demais para você não experimentar coisas novas e não ousar. Nas gerações passadas as pessoas almejavam ficar seus 35 anos de carreira na mesma empresa, por uma série de fatores. Em nossa geração, dificilmente você vai encontrar uma pessoa em início de carreira que queira isso para todos os seus próximos anos de trabalho.
Você já parou para pensar no tamanho de nosso mercado? Ou ainda, no tamanho dele no mundo? Nesse exato momento, pode ser que exista uma empresa na Romênia, Suécia, Canadá, Nova Zelândia ou Austrália precisando de alguém como você. Isso sem contar que nosso “novo normal” é trabalhar remoto, ou seja, você nem mesmo precisa se mudar para trabalhar em uma empresa nesses países.
Se você está em início de carreira, é natural que você aceite quaisquer oportunidades que aparecerem, por seu ímpeto em aprender e se desenvolver. Mas à medida que você se torna mais experiente e mais competente, é possível começar a buscar empresas que você realmente queira trabalhar. Mesmo assim, como sabemos que empresas não tem dado muitas oportunidades para Juniores, não fique parado: Como dissemos no artigo “Ainda” sou um UX/UI Designer Júnior, ter iniciativa é um fator de altíssimo impacto para recém-chegados. Então você pode sim escolher onde quer trabalhar: Encontre uma empresa que precisa desesperadamente de um UX/UI Designer (com nenhuma ou baixa maturidade de design), identifique seus pontos de dor, crie um case e faça-lhes uma proposta. Ao nosso ver de recrutadores, essa é, sem dúvida, a melhor forma de se iniciar uma carreira brilhante em UX/UI Design.
O ponto que queremos trazer à tona é sua inquietude profissional. Vamos aos fatos: Nosso mercado é novo e extremamente promissor. Produtos digitais já consolidados precisam estar em constante evolução, ao passo que outros novos nascem todos os dias. Empresas estão percebendo que cada vez mais precisam centrar produtos a seus usuários, o que nos abre um leque enorme de possibilidades, em praticamente todos setores. Nossa extrema conectividade com o mundo expande ainda mais essas possibilidades, pois temos acesso a produtos de outras pessoas, culturas e públicos, que são feitos tecnicamente de forma muito similar, com praticamente as mesmas ferramentas. Só com esses fatores citados, você consegue imaginar onde pode chegar?
Desenhe sua carreira
Quando é a hora de mudar de empresa? Ao mesmo tempo que essa pergunta é altamente complexa e envolve diversos fatores, a resposta pode ser muito simples: É hora de mudar quando você perceber que parou de aprender e evoluir. A grande meta de planejar sua carreira é assegurar seu constante crescimento profissional, tendo plena ciência de que você jamais pode ficar estagnado. Não deixe fatores como estabilidade, altos salários e status lhe iludirem nessa jornada — Mantenha sua inquietude e sua fome por mais. Para isso, separamos 3 dicas para te ajudar a ter a visão macro de sua carreira:
Decomponha seu tempo de longo-prazo
Nos atendo aos “40 anos de alta produtividade” mencionados anteriormente, você pode decompô-los em períodos definidos. Não se engane em achar que é muito tempo: mapeie-os de forma inteligente para que tenha um norte de onde está e onde pretende chegar em sua vida profissional. O critério para esse planejamento fica a seu rigor — o importante é que simplesmente você o tenha. Se você já começou sua carreira faz tempo, faça do mesmo jeito, reduzindo os anos disponíveis. Para efeito de exemplo, vamos brincar com alguns números dentro dos 40 anos: Você pode trabalhar 20 anos em 2 empresas, 10 anos em 4 empresas, 5 anos em 8 empresas, e assim adiante. Qual desses cenários é mais o seu perfil?
Liste suas empresas preferidas
Seguindo o último exemplo, se você escolheu trabalhar na média 5 anos em 8 empresas, o primeiro passo seria fazer uma lista de empresas que você almeja. É impossível que não haja algum lugar que você sonha em trabalhar… Que todo UX/UI Designer adoraria trabalhar na Apple, Google e Facebook, já sabemos! Inclua-as em sua lista, mas também, outras empresas que podem agregar muito à sua jornada profissional, além das do setor de tecnologia. Você pode variar indústrias (varejo, saúde, financeiro, etc.), tamanho (de grandes corporações a startups) e produtos (apps, sites, plataformas, softwares, etc.).
Informe-se sobre elas
Tendo sua lista montada, vá a fundo em conhecer cada uma delas. Há muitas formas de fazer isso: Converse com pessoas que trabalham ou já trabalharam lá, conheça os produtos, entenda o market share, descubra a forma que contratam. Crie um padrão com esses indicadores, e alimente um documento (como uma planilha) com todas essas informações. Evidentemente, com o passar do tempo, você verá que suas preferências vão mudar: Então, basta manter esse documento atualizado.
Trate seu planejamento como meta
De nada adianta somente fazer uma lista, ficar sonhando e não caminhar adiante. A ideia é que você trate esse planejamento como uma meta profissional, colocando-a em um lugar de destaque em seu cotidiano para que se lembre todos os dias de onde quer chegar, sabendo qual fase da carreira você está naquele exato momento e quanto falta para chegar em seu próximo objetivo. Para isso, empresas como a Deeploy.Me podem te ajudar a dar seu próximo grande passo na carreira.
Conclusão
Não se deixe levar pela correnteza da vida profissional. Os anos se passam muito rápido para que você fique estagnado. Assuma o controle, fazendo um planejamento a longo prazo de como você pretende crescer profissionalmente e consolidar sua carreira.
Além de Usuários, Tecnologia e Negócios também são relevantes em sua carreira
A ordem “padrão” dos pilares
Naturalmente, designers de outras vertentes que tornaram-se UX/UI Designers ou pessoas que migraram de outras áreas foram atraídos primeiramente por desenvolverem uma empatia a resolver os problemas das pessoas, no processo de criação de um produto digital. Esse é o elemento que mais atrai (e retém) pessoas a UX/UI Design. Seguido a ele, vemos a tecnologia, e por fim, os objetivos de negócio.
Detalhando cada um desses pilares, veja como é importante que sejam levados em consideração:
Necessidades de usuários
O que usuários querem? Como interagem? A quê engajam? A sensação gerada por essa premissa é o que, na maior parte dos casos, dirige profissionais a se aprofundarem cada vez mais no estudo do conjunto de práticas para essa descoberta sobre as reais necessidades dos usuários, a fim de criar soluções com uma experiência marcante. Produtos centrados no usuário são a maior tendência do mercado atual, fazendo empresas de diferentes tamanhos aderirem à transformação digital originada nessa mentalidade. Mas você já sabe disso tudo.
Tecnologia
Ah, é ela que nos dá asas. Conforme a tecnologia avança, nossas possibilidades aumentam violentamente, abrindo horizontes antes impensáveis de como pessoas interagiriam com produtos. Em temos de realidade aumentada, criação de mundos totalmente virtuais e automação de objetos, só podemos vislumbrar onde podemos chegar: e mesmo que sejamos surpreendidos quase que diariamente com novas tecnologias, no fundo sabemos que estamos apenas começando. Com isso, estude as reais possibilidades tecnológicas antes, para então começar o processo criativo.
Objetivos de negócios
Conforme falamos em no artigo O impacto da mentalidade de um UX/UI Designer, UX/UI Design faz parte da estratégia de uma empresa, estando diretamente ligado aos seus resultados como um todo. Já que o Design Team irá afetar o negócio em si, a expectativa das empresas é construída sobre tal impacto que pode ser gerado no desempenho de seus produtos. Logo, conclui-se que não se trata de telas bonitas ou mesmo estratégias de marketing, mas de uma constante melhoria na concepção dos produtos e no relacionamento com clientes. Sabe-se então que cada decisão tomada reflete em valor. Abra os olhos para o outro lado da mesa, entendendo como empresas se organizam e constróem seus planos de negócios — e de onde vem o dinheiro que paga o seu salário.
Os porquês
Esse fato se deve a entendermos que, estatisticamente, poucas pessoas que já eram da área de tecnologia ou de negócios tornam-se UX/UI Designers. Por isso, na grande maioria, essas competências têm sido adquiridas no processo, devido à necessidade desses profissionais estarem preparados para a extensão de seu trabalho a áreas que estão fora de sua zona de conforto. Compreendendo que a tecnologia amplia os limites e os negócios garantem a continuidade do setor, chegamos à conclusão final: UX/UI Designers não podem se ater apenas a design.
Para que você seja tido como um profissional de alta performance e empregabilidade, combinar bem os três pilares é simplesmente necessário.
Mas calma, você não precisa se tornar um mago em tecnologia ou um grande gestor de negócios a ponto de igualar esses conhecimentos ao que sabe sobre Design. O ponto a se considerar é que você trate esses outros pilares como também importantes para o desenvolvimento de sua carreira, melhorando significativamente seus entregáveis. Estar alheio a eles é extremamente prejudicial.
Mergulhe fundo
Se você está hoje nesse gap (seguro de seus conhecimentos e experiência em design mas ainda raso em tecnologia e negócios), há algumas formas simples de adentrar a esses novos universos, para que você passe a interagir em conversas sobre eles em vez de cochilar. Vamos a eles:
1. Informe-se como nunca antes
Para nós que lidamos com UX/UI Designers todo dia o dia todo, é sabido que estamos falando de pessoas curiosas que gostam de estudar, descobrir, entender, testar e aprender. Então para você, não há dificuldade em ler. Leia muito. Muito. Livros, artigos, depoimentos, notícias, curiosidades. Seja grato pelo privilégio de viver em um tempo onde a informação chega até você, mais do que você vai a ela. Você tem, ao alcance de um click, centenas de lugares diferentes para buscar informação relevante sobre esses temas. Não recomendamos que você vá diretamente estudar nanotecnologia — comece com conteúdos que já ouviu falar e que considerou interessantes, e agarre-se a eles até que comecem a fazer diferença em seu trabalho.
2. Conheça novas tribos
Você conhece a frase “Diga-me com quem andas, e te direi quem és”… Se você está cercado de pessoas que pouco agregam a seu crescimento profissional, está na hora de repensar seus grupos. Busque círculos de relacionamento onde você é o que sabe menos, para que essas pessoas te forcem a crescer. Não estou dizendo para você abandonar seus melhores amigos, apenas que invista mais tempo conhecendo novos grupos de pessoas que não tenham os mesmos assuntos que você. O conhecimento que você já tem pode ser útil a essas pessoas, sempre é uma relação de troca pois você também tem conhecimento a agregar.
3. Invista em seu próprio aprendizado
Em tempos de Udemy e Domestika, você tem cursos para praticamente tudo, a preços extremamente acessíveis. Chegou a hora de você parar de buscar apenas informação sem custo e começar a investir em você mesmo, porque aquilo que não investimos, não damos real valor. Com a pandemia, milhares de cursos foram disponibilizados a preços ainda mais acessíveis para incentivar as pessoas a se desenvolverem, em vez de ficarem penduradas no Netflix. Aproveite esse momento e faça o que for necessário para exercitar seu cérebro e expandir seus conhecimentos a áreas além do design. Bill Gates tem o hábito de isolar-se para ler durante dias seguidos. Você acha que ele só lê sobre tecnologia? Há depoimentos reais de pessoas que dizem que se você sentar com ele para conversar sobre qualquer assunto (incluindo sua especialidade), é provável que ele saiba mais do que você.
Conclusão
Para que você se torne um UX/UI Designer mais completo (e automaticamente mais interessante a empresas), aprofunde-se também em tecnologia e negócios. Tais conhecimentos farão com que a visão sobre seu próprio trabalho seja expandida, a ponto de melhorar sua performance e a qualidade final dos produtos em que atua.
Como empresas podem aderir a esse formato para a construção de equipes de Design
Outsourcing em UX
Outsourcing é um termo conhecido, que consiste em uma empresa “terceirizar” um serviço para que este seja desenvolvido externamente a ela. Nele, profissionais são contratados para atuar em projetos sem vínculo empregatício, ou seja, não são funcionários; Mas não por isso, para que o projeto tenha êxito, têm acesso a todas as informações, pessoas e diretrizes da empresa, sem necessariamente ser um time interno que pertence a um departamento.
Essa forma de trabalho tem se mostrado extremamente eficaz, propícia e recomendada para o construção de Design Teams, e não apenas isso, mas também para que a mentalidade de UX tenha mais eficácia em sua implementação na estrutura da empresa. Para este fim, empresas contam com especialistas em recrutamento como a Deeploy.Me, que as assessoram de ponta-a-ponta na construção de seus times, andando a seu lado durante todo o período para assegurar que o recrutamento seja um pilar em seus projetos. Confira abaixo 6 pontos principais que fazem do Outsourcing a alternativa ideal para o nosso setor:
1. Abrir o caminho da adaptação
Entende-se que cada empresa possui um modo de operação próprio. Suas metodologias foram definidas e processos internos alinhados a um formato que não contava com profissionais de UX/UI Design — e que invariavelmente, a seu tempo, serão “atingidos” pela mentalidade do Design Team. Logo, tende-se a haver diversos fatores que dificultam a aceitação da cultura de UX, tornando o processo de transformação mais longo e complicado simplesmente pelo fato de que é um novo e pequeno departamento, ainda sem voz. Construir um time externo mostra-se mais eficaz, pois por ser contratado, é responsável por esse processo, auxiliando em cada ponto a seu tempo e mantendo-se motivado para entregar resultados e abrir caminho a tal mudança.
2. Agilidade na implantação
Profissionais terceirizados podem acelerar a implantação da nova cultura, estando preparados para lidar com a “resistência” dos departamentos da empresa. Encontrarão diversos desafios, como não apenas desmistificar o papel do design, mas esclarecer sua influência direta em como a empresa lida com seus clientes e a construção de seus produtos, conquistando o apoio de toda a organização. Sua visão externa pode fazer toda a diferença nas escolhas, definição de estratégias e condução do projeto para que as metodologias sejam implantadas mais rápido e de forma mais efetiva, pois sua voz será ouvida com mais atenção por serem vistos como especialistas.
3. Equipes “on demand”
Uma vez que a empresa adquire profissionais que não são fixos, há um ganho enorme na otimização dos projetos pois estes podem ser tratados independentemente. Por exemplo, em vez de criar um projeto único e ter que preencher o tempo dos funcionários, pode-se criar diversos projetos menores, com um período mais curto de duração, podendo ser produzido com times diferentes, montados por pessoas específicas. A facilidade de gerenciar pessoas conforme a demanda torna todo o processo mais amigável e propício para que a qualidade e a velocidade ganhem força.
4. Mais qualidade
Times externos podem ser compostos por UX/UI Designers de procedências e especialidades diferentes. Logo, em vez de buscar cegamente por profissionais que façam de tudo um pouco, há espaço para especialistas como UX Writers e UX Researchers, que combinados, trazem um enriquecimento enorme para a profundidade e assertividade do projeto como um todo. Além disso, esses times mistos formam uma mentalidade criativa nova, ou seja, um novo conjunto de habilidades à empresa, que é traduzida diretamente na forma como o projeto é pensado em decorrência dos objetivos de negócio alinhados às necessidades dos usuários.
5. Otimização do processo
Esse é o ponto mais forte do Outsourcing, pois conforme falado no artigo Contratação faz parte da Estratégia de UX, ele coloca o recrutamento como um dos pilares do projeto. Falando diretamente, os ganhos são diversos e consecutivos, a saber: A aquisição desses profissionais não coloca o setor de RH da empresa à frente o recrutamento e seleção (por não serem tecnicamente qualificados para avaliar este tipo de profissional), mas sim as consultorias especializadas; Ganha-se velocidade no processo, pois já existe um pool de profissionais constantemente selecionados, avaliados e interessados nas vagas, o que já reduz significativamente os riscos de contratação; Logo, torna-se muito mais fácil montar novos times e escalá-los mediante o crescimento do projeto; E por fim, a empresa se sente segura para assumir novas demandas ou criar novos produtos, já que é possível construir novos times sem dificuldade.
6. Ah, e a redução de custos
Evidentemente, empresas buscam a todo custo controlar bem seus investimentos, especialmente em pontos que não compreendem exatamente, embora já tenham identificado a necessidade. É esperado que dêem passos gradativos em seus budgets, à medida que conseguem ver impacto e resultados. O primeiro ponto, e o mais óbvio, é a realidade de que um time in-house representa um custo bem maior do que puramente o salário dos colaboradores, além do valor agregado na aquisição e no rompimento, seguidos de obrigações fiscais dispendiosas. No formato Outsourcing, grande parte desses valores e empecilhos são reduzidos, possibilitando que tudo seja mais prático — Em um ambiente cada vez mais incerto, a empresa ganha mais flexibilidade para negociar contratos e reduzir jornadas, por exemplo, para conseguir evitar desligamentos e comprometer o projeto. É importante frisar que UX/UI Designers que trabalham sob esse formato precisam estar plenamente cientes de seus direitos e deveres, entendendo que essa opção de contratação é uma decisão de negócios e não uma forma nociva e injusta de compra de prestação se serviços. Além disso, temos visto que a resistência de UX/UI Designers a esse formato é baixa, por uma somatória de motivos — dentre eles, o mais relevante é a consciência de que são profissionais tidos como altamente qualificados, tornando o formato de contratação irrelevante.
Conclusão
Outsourcing possibilita grandes otimizações e resultados a empresas, trazendo um cenário otimista para seus produtos digitais. É primordial o entendimento do potencial de um Design Team e o impacto que pode trazer à organização, já que tornou-se viável construir times que garantam resultados com menores custos e riscos, feitos por pessoas qualificadas.
O que pode mudar em processos seletivos de UX/UI Designers
Contratação no novo mundo
Presenciamos empresas demitindo. Pessoas perdendo seus empregos. Projetos sendo cancelados ou adiados. Com esse duro choque de realidade, se fez necessária uma reavaliação profunda na forma como todos nós fazemos negócios, e mais do que isso, de como são feitas as relações de trabalho. Como sempre, depois de crises, voltamos mais fortes e resistentes — E nos perguntamos se mesmo depois de finalmente o risco terminar, se vamos voltar tudo como era antes. Daqui pra frente, na hora de selecionar um profissional, vamos seguir os mesmos protocolos?
Falando friamente, a necessidade de haver formalmente uma entrevista pessoal já não existe mais. Todas as entrevistas tem sido feitas por vídeo-conferência, o que já se tornou uma prática comum e aceitável para a seleção final de um candidato, trazendo um ganho de tempo e efetividade no processo seletivo como um todo. Mas essa é a ponta do iceberg: A forma como empresas montam times e profissionais prestam seus serviços mudou. Para este fim, recomendamos a cada parte que atualize a forma como procede sua oferta.
Adaptação para empresas
Faça uma boa avaliação
Hoje, quando se pensa em um projeto, deve-se avaliar primeiramente a real necessidade de um time local. Esse fator já altera a forma como o projeto é organizado com pessoas — Sem a barreira da distância, profissionais de qualquer localização estariam potencialmente aptos a trabalhar, o que aumenta muito mais a oferta de UX/UI Designers de todos os cantos do país. Certamente há profissionais surpreendentemente aptos, em locais que antes não era dada muita atenção.
Trate contratação como pilar do projeto
Como dito no artigo Contratação faz parte da Estratégia de UX, ter pessoas em constante avaliação é crucial para garantir a integridade do projeto mediante desafios em seu decorrer. Ao passo que a oferta de profissionais aumenta, o risco de turnovers também. Portanto, ter um processo de seleção sólido e implementado pode prevenir tais problemas, mantendo o rumo do projeto.
Diversifique os perfis
É a oportunidade de dar oportunidades. A pandemia trouxe uma popularização maior ao nosso setor, e muitas pessoas aproveitaram o tempo para se dedicar aos estudos. Logo, há agora mesmo muitas pessoas em nível júnior ávidas por sua primeira oportunidade na área, e esse pode ser o momento de lhes abrir as portas para mostrarem sua capacidade. Times mistos crescem mais rápido e com mais consistência.
Solidifique a cultura da empresa
É importante que a cultura da empresa seja identificada nos detalhes. Sem os encontros formais, as pessoas tendem a perder a sensação de pertencer a um grupo real, o que deve ser profundamente trabalhado para que a identidade da empresa esteja expressa em cada membro do time, onde quer que esteja. Para tanto, ações de comunicação interna devem ser frequentes, para uma boa orientação de procedimentos internos do que a empresa é, no que acredita e como procede em situações adversas.
Práticas para UX/UI Designers
Conforme-se com a distância
Uma vez que você já criou seu “canto de trabalho” em algum lugar da casa, trate-o como seu local oficial de trabalho. Mesmo as empresas podendo solicitar que seus funcionários reagrupem-se, o farão lentamente através de encontros programados e frequentes, ou em turnos (evitando grandes agrupamentos de uma vez). Durante o processo seletivo, você será questionado sobre suas condições de trabalho em casa: Fale somente a verdade, provando aos recrutadores de que sua produtividade não será comprometida por fatores externos.
Seja transparente, presente e organizado
É imperativo que você consiga criar sua própria rotina de trabalho, organizando bem seu tempo produtivo e suas horas disponíveis para interações com os outros membros do time. Sua avaliação chegará ao ponto do entendimento de como você lida com mal-entendidos, se estará presente à liderança e aos membros do seu time, se garantirá que seus entregáveis não gerarão retrabalho e que fará o máximo para manter-se interessado, motivado e engajado nas atividades do projeto.
Evidencie seu constante aprendizado
Apenas dizer que você gosta de aprender e adora desafios não basta em um processo seletivo. Empresas buscam profissionais com a postura de empurrar o setor adiante, que trazem novas informações, métricas, técnicas e ferramentas constantemente, beneficiando a todos os envolvidos. Para isso, aproveite o tempo ganho em horas a menos de trânsito, investindo-o em seu desenvolvimento pessoal.
Avalie suas competências e vá a fundo nelas
Defina exatamente o que você ama e é bom em todo o processo de UX/UI Design, vá a fundo nessa competência e deixe muito clara sua especialidade. Design Teams buscam profissionais com backgrounds e expertises diferentes, para que o entregável do conjunto se torne mais profundo e satisfatório já que cada peça do time exerce tarefas com total foco e excelência.
Conclusão
Novas oportunidades estão sendo criadas em nosso novo mundo. Nossa adaptação não se limita apenas à queda das barreiras de distância, mas na forma como projetos são montados e pessoas produzem. Esteja à frente dessas mudanças.
Porquê empresas tendem a só contratar Plenos e Sêniores
Definindo níveis
A nomenclatura de Juniores, Plenos ou Seniores, obviamente, é usada em todas as áreas. São o que define se a pessoa está no memento de sua carreira mais adequado para trabalhar no conjunto de tarefas que cada empresa oferece ao abrir suas vagas, de menos a mais experientes. Trazendo para o universo de UX/UI Design, como dissemos no artigo Como aplicar a uma vaga de UX/UI Designer, a estaca zero é entender das ferramentas e metodologias pra conseguir ter um entregável — o que já é esperado de um profissional júnior. Recapitulando, definimos dessa forma:
- JÚNIOR: Sabe por a mão-na-massa, porém, por sua inexperiência, precisa de ajuda para completar tarefas.
- PLENO: É capaz de executar de forma eficiente todos os papéis e tarefas, mas precisa de liderança e orientação para se manter no caminho.
- SÊNIOR: Resolve problemas complexos sem ajuda e consegue guiar outras pessoas menos experientes.
Com esses diferentes níveis bem definidos, entendemos que na prática o fator humano comportamental é que faz toda a diferença na qualificação de um UX/UI Designer mais experiente. Estamos falando de Soft Skills: colaboratividade, empatia, inteligência emocional, habilidades de oratória, liderança, autogestão, entre outras. Essas são as competências que melhor determinam o nível de maturidade, acima das competências práticas. Logo, entendendo que o “saber fazer” não é uma barreira, as empresas podem estar considerando profissionais muito experientes para exercerem tarefas que muitas vezes poderiam estar sendo cobertas pelos menos experientes. Listo abaixo alguns exemplos de vantagem para considerar a contratação de Júniores:
Mais cabeças, mesmo custo
UX/UI Designers em nenhum momento podem ser tidos como apenas braços. A estrutura do que é fazer UX/UI Design já demanda muito mais que isso, e inclusive, esse é um dos fatores que mais tem atraído pessoas para essa área. Como dito pelo pessoal do UX Collective, “UX Designers são pensadores, tanto quanto são produtores”. Para nós, esse ponto transcende níveis de maturidade. Então considere que o custo de vários “pensadores iniciantes” pode ser igual ou menor ao de apenas 1 mais experiente.
Maturidades diferentes, para profissionais diferentes
Sabemos que as gigantes conhecidas são a menina-dos-olhos de profissionais mais experientes. Mas existem muitas empresas que ainda não tem tal maturidade de Design, ou o budget necessário para a composição de um time de estrelas. Nesse caso, pode ser mais interessante que busquem mais profissionais recém-formados, para ficarem sob a liderança de menos Seniores. Com o tempo e uma boa estratégia de UX, esse time pode amadurecer e crescer com uma solidez notável, ganhando a confiança da empresa por ter muito mais evangelizadores.
Seniores não se frustrarão
Em muitos casos, vemos UX/UI Seniores desistindo de seus empregos pelo fato de estarem exercendo tarefas menos estratégicas e mais operacionais, fazendo com que percam sua motivação. Em times somente de seniores, a seu tempo, haverá desconforto no dia-a-dia de trabalho, além de constantes questionamentos à liderança. Tendo um time mais misto, seniores conseguem exercer bem seu papel sem que o projeto perca o ritmo e os entregáveis sejam comprometidos, uma vez que a parte produtiva pode estar nas mãos dos menos experientes (desde que sejam devidamente assessorados).
Juniores supervalorizam o que seniores nem tanto
Naturalmente, a experiência de um Pleno e Sênior faz com que deixem que exercer uma série de tarefas. Note que, tarefas estas, podem ser feitas por Juniores que trazem diversos fatores relevantes que impulsionam sua performance, e automaticamente, a qualidade e velocidade do projeto:
- Têm energia e são determinados;
- São curiosos e tem muita vontade de aprender;
- São mais abertos a críticas, com menos “ego”;
- Têm uma rápida adaptação aos padrões;
- Querem uma oportunidade de mostrar seu valor.
Diferentes níveis em seu Design Team
A evolução natural
Para as empresas maiores, é comum que os primeiros UX/UI Designers a serem contratados sejam mais experientes. Não simplesmente porque já sabem fazer (por já terem feito muitas vezes), mas para que conduzam a mudança de cultura na empresa, uma vez que UX gradualmente se tornará um departamento relevante para todo o negócio. Esse processo é longo, difícil e requer muita resiliência do time. Logo, com o tempo, o papel desses designers mais Seniores será alçar desafios cada vez mais difíceis, fazendo a capacidade de UX da empresa crescer como um todo, trazendo resultados e levando adiante essa cultura.
Com isso, terão que criar sua estratégia de crescimento, para que possam delegar suas tarefas iniciais a um time que dê continuidade aos entregáveis no mesmo ritmo e qualidade.
Crescer sem perder
Para fazer um Design Team crescer, deve-se, antes de mais nada, ter um modelo de trabalho bem desenhado e sólido vindo da liderança do departamento. Esse modelo precisa impreterivelmente seguir o raciocínio de que Contratação faz parte da Estratégia de UX, ou seja, essa estratégia precisa prever o momento de contratar, e definir bem quem contratar. Mas como fazer isso sem que hajam perdas?
É nesse momento que empresas optam por contratar apenas profissionais plenos ou Seniores, sob a premissa de que pessoas com pouca (ou nenhuma) experiência poderão pôr em risco a entrega do time. Mas, como dito anteriormente, não consideram o fato de que profissionais mais experientes tendem a perder o foco, produtividade e empolgação ao se depararem com o imenso trabalho de produção que os aguarda, não restando tempo para que exerçam o que mais querem fazer. Ao dar oportunidade para novos membros Juniores, a equipe pode se organizar para que os profissionais plenos os liderem, enquanto os Seniores podem investir o tempo e a dedicação necessários para superar os desafios mais difíceis.
Estrutura de treinamento
Faz-se importante a questão de que é recomendada uma estrutura interna de treinamento de pessoas. Com tal estrutura, o time poderá desenvolver-se com solidez, possibilitando uma escalabilidade que faça com que a produção permaneça no ritmo certo com entregáveis satisfatórios constantemente, considerando que cada nível de profissional esteja exercendo bem seu papel individual. Por esse motivo, torna-se importante começar a contratar pessoas que estão no início de suas carreiras. Terão menos habilidades, conhecimento e experiência do que os membros iniciais da equipe contratados; podem ter acabado de sair de Bootcamps ou podem ter apenas alguns anos de experiência de trabalho limitada; Mas ao se juntarem ao Design Team como aprendizes, com certeza trarão toda a sua força de produção e vontade de aprender, supervalorizando cada desafio e oportunidade que lhes for designada.
Conclusão
Planeje o crescimento de seu Design Team considerando variar bastante os níveis dos profissionais. Dessa forma, além de dar oportunidade a profissionais menos experientes, é possível manter velocidade e qualidade de produção, possibilitando que plenos e Seniores possam exercer suas atividades mais estratégicas.
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Porquê muitas pessoas estão mudando o rumo de suas carreiras
Repensando a carreira
Muitos de nós “tivemos” que escolher nossa carreira muito cedo na vida. O ponto é: estávamos preparados para essa decisão? Quais foram os fatores externos que nos influenciaram? Tínhamos certeza de nossas habilidades antes de escolher um caminho? Nas gerações passadas, as pessoas aceitavam sem pestanejar a condição de seguir uma só carreira, fazendo a mesma coisa por longos 35 anos até a aposentadoria. Bem, sabemos que hoje não é mais bem assim por muitos fatores, e muitos associam a tecnologia como responsável por essa “inquietude” das novas gerações. Mas sabemos mesmo é que o mundo mudou muito nos últimos 30 anos e agora as pessoas tem muito mais opções de carreira. Seria um erro não olhar, ao menos, para essas novas opções — e UX/UI Design é definitivamente uma das carreiras mais promissoras e cobiçadas no mundo todo.
Principais motivações
Entendemos que uma pessoa que decidiu migrar para UX/UI Design o fez porque se apaixonou por algumas de suas vertentes (quando não todas). Ainda, porque encontrou nessa profissão a possibilidade de explorar habilidades ainda sub-utilizadas, que estavam em hibernação. Entre muitos motivos, listo abaixo alguns que tem levado um número crescente de pessoas a se interessarem por UX/UI Design:
Facilitar a vida das pessoas.
Esse fator é extremamente motivacional, e conduz a decisão de muitas pessoas. Ele vem da observação e inquietude pessoal, ou seja, da sua percepção da relação de pessoas com produtos — e de como essa relação poderia ser melhor se estes produtos tivessem sido centrados no usuário. Mas como apenas ver não é o bastante, a vontade de gerar esse impacto nas pessoas te faz agir.
Resolver problemas de forma inovadora.
Hoje usa-se muito esse termo, por que ele é amplo demais. Mas no cenário de UX/UI Design, a forma como esse ponto é tratado é bem interessante. Problemas são vistos como desafios, pontos de partida, e não pedras de tropeço. Resolvê-los não é apenas encontrar uma suposta solução; É uma prática constante de encontrar caminhos viáveis, validá-los, implementá-los, testá-los repetidas vezes e colher resultados com pessoas reais. Não se trata de tecnologia, mas sim de processos humanos.
Conectar-se realmente com as pessoas.
Muitas empresas se sentiam distantes dos consumidores, pois estes, por muito tempo, não tinham voz na concepção de um produto — apenas uma opinião sobre o produto final. Pesquisas paravam antes de seu nascimento, ou ficavam apenas ao Marketing. Em UX/UI Design, você vai bem mais a fundo nas pessoas em todo o processo, para evitar a criação produtos que ninguém queira usar. Entender pessoas em seus diferentes comportamentos, perfis, culturas, bagagens e opiniões é extremamente esclarecedor e gratificante.
Se parte de algo extraordinário.
Experimentar a sensação de ter participado do nascimento de um produto disruptivo é realmente algo sem preço. Estamos presenciando hoje a criação constante de produtos digitais que não apenas inovam, mas impactam e reinventam setores inteiros, em negócios que muito rapidamente tornam-se altamente valiosos. E, principalmente, amados pelas pessoas ao ponto de dizerem: “Não quero lembrar como era minha vida sem isso.”
Transformar empresas com seu mindset.
Por mais que hajam empresas resistentes à mudança, a transformação digital é real, e o mindset de se criar produtos centrados no usuário tornou-se imperativo se quiserem manter-se competitivas no mercado. UX/UI Designers são esses agentes de transformação, cujo trabalho questiona todo o processo interno de desenvolvimento de produto para que a empresa não apenas obtenha mais resultados a nível de negócio, mas também que ganhe o coração de seus clientes, retendo-os.
Construindo seu novo perfil profissional
O que você já sabe pode ser usado
Abrace suas experiências anteriores e habilidades adquiridas. Se você colocar em um papel tudo o que sabe fazer, garanto que ficará surpreso(a). Faça essa lista e selecione quais desses pontos podem ser aproveitados em sua nova carreira. Além disso, há algo importante a ser mencionado: Descubra algo que faça você único(a). Esse algo pode fazer muita diferença no momento em que empresas estiverem em busca de um profissional potencialmente com seu perfil. O que você sabe fazer que pode contribuir significativamente ao seu valor profissional como UX/UI Designer? Já vimos vagas que buscavam um UX Designer com background forte em Psicologia, outras que buscavam alguém que tivesse sido redator, e ainda outras que buscavam alguém com experiência em gestão de produto. Esses profissionais compuseram seu perfil de forma a usar UX/UI Design como canalizador para suas experiências e expertises.
Não é só para designers
Especificamente falando de UX Design, diferente de outras profissões, não é imperativo ter background em Design. Na verdade, esse pode até ser um ponto de vantagem em alguns casos — Há empresas e oportunidades que valorizam mais os profissionais oriundos de outras carreiras. Pessoas que já estiveram em X situações, lidaram com X tipo de negócio, conhecem X processos, entendem de X ferramentas ou resolveram X problema de X forma a obter bons resultados, podem encaixar-se como uma luva em lacunas inexploradas dentro dos Design Teams.
Soft Skills serão adaptadas
Existe um ponto de suma importância que é digno de ser levantado: Suas Soft Skills. Para você se tornar um UX/UI Designer, é fato que se faz necessária uma imersão aos estudos das práticas, metodologias e processos, para que você aprenda efetivamente como tudo funciona e ter um entregável satisfatório. Como dito no artigo Saber fazer não é suficiente na carreira de UX/UI Designer, são as Soft Skills que abrem o caminho para sua entrada e permanência em projetos. Se em sua carreira anterior você já dominou habilidades como colaboratividade, empatia, resiliência, apresentação em público e liderança, sua nova carreira irá herdá-las, aumentando seu valor profissional.
Dicas práticas
Entenda bem suas motivações
Defina um propósito para sua migração, e mantenha-se nesse propósito até que o processo termine. Não aja por impulso: Porque seus amigos estão fazendo isso, ou porque alguém prometeu estabilidade e altos salários. Sua motivação deve estar solidificada no seu próprio perfil. Esse fator é muito importante para você manter o foco e eliminar os medos e incertezas que surgirão no decorrer dessa jornada.
Esteja pronto pra recomeçar
Essa mudança pode ser lenta, muitas vezes dolorosa, cheia de surpresas e ainda te forçar a dar passos para trás na carreira. Mas saiba que quanto mais dedicação você aplicar a seu novo projeto de vida profissional, mais rápido superará esses obstáculos e encontrará oportunidades que valorizem seu perfil profissional.
Tenha coragem e aconselhe-se
Em muitos casos, há muito a perder se essa transição não acontecer como esperado. É preciso mesmo ter coragem, pois muitos desistem antes mesmo de começar. Para isso, ouça pessoas que já passaram por isso, mantenha-se sempre muito bem informado, busque formação teórica / prática e encontre um mentor para acompanhar mais de perto seu desenvolvimento.
Tenha iniciativa
Nunca subestime o poder de um contato “frio”. Afinal, você vai precisar de novos contatos, novos amigos, novos grupos — e a boa notícia é que a comunidade de UX/UI Designers é muito unida, sendo composta por pessoas que se ajudam o tempo inteiro. Não fique parado esperando que venham a você, mas vá até eles e seja a peça faltante que precisam.
Seja curioso e aprofunde-se
É importante frisar que o aprendizado nessa área nunca termina, pois ela está em constante (e rápida) evolução. Mesmo os profissionais mais experientes estão sempre em cursos, seminários, lendo diversos livros e conhecendo novos métodos, para o aperfeiçoamento e especialização de suas carreiras. Essa é uma prática a adquirir que é um dos pilares da carreira de um UX/UI Designer, e sem dúvida é o que garante a constante evolução do setor: Pessoas empurrando-o adiante.
Não desista
Uma coisa que não falam para os novos UX/UI Designers: “Você tem algo especial que te trouxe até aqui, mas esse algo precisa de refinamento”. Lide com essa questão, aceitando seus erros e aprendendo com eles para o seu entregável chegar a um alinhamento com o seu máximo potencial. Pode demorar para essa barreira ser quebrada, e você ter orgulho e estar satisfeito com seu próprio trabalho.
Conclusão
Não há caminho anterior ideal que possa rotular um UX/UI Designer como melhor ou pior. Cada pessoa tem um perfil, caminho, cultura, visão e experiência, que a seu jeito e tempo agregam à sua carreira profissional. Busque seu próprio perfil, formate-o ao seu objetivo profissional e busque oportunidades que o valorizem.