O Design de Interfaces é a prática responsável pelo planejamento, desenvolvimento e aplicação de uma solução cujo objetivo é facilitar a experiência do usuário e estimular sua interação com um objeto físico ou digital.
Uma interface mal projetada pode gerar muitas dúvidas no usuário e por isso, é essencial pensar em alguns pontos para garantir que ele utilize todas as ações e tarefas de forma simples e eficiente. Continue lendo e descubra 7 princípios que especialistas deram para ter um Design de Interfaces de sucesso!
O design pode parecer brilhante para você, mas não faz sentido se você não for o público-alvo do produto.
A própria noção de Design UX, ou Design de experiência do usuário, sugere que o trabalho do designer é centrado em torno da experiência do usuário com um produto. Portanto, você precisa descobrir se este produto é conveniente para o público-alvo.
Com a ajuda de testes de UX, você poderá determinar se tudo está claro para os usuários no produto, se há dificuldades e por que elas surgem. Os pesquisadores atribuem tarefas aos entrevistados, fazendo perguntas e observando cuidadosamente suas ações.
O ideal é que os usuários saibam exatamente o que suas ações levam e o que eles podem esperar. Um bom exemplo disso é que eles devem ter certeza de que os dados pessoais deles não serão perdidos ou compartilhados. Jacob Nielsen defende que quanto mais previsível for o trabalho com o serviço, mais confiança nele e mais agradável será a experiência do usuário.
E Bruce Tognazzini acrescenta: “É bom que os usuários não precisem pesquisar ou adivinhar o estado do sistema. Eles precisam apenas olhar para a interface e entender automaticamente o que está acontecendo lá.”
Quanto mais familiar a interface do produto for para os usuários, mais cedo começarão a usar o serviço. Eles não terão que estudar muito para isso, porque nem todos estão dispostos a gastar muito tempo. Ben Shneiderman e Jacob Nielsen estão convencidos de que a facilidade de início e a consistência da interface melhoram a experiência do usuário.
Um exemplo disso é o botão flutuante que é muito utilizado. Você pode encontrá-lo em aplicativos do Twitter, Google Docs, páginas de destino e em muitos outros lugares. Os usuários entendem imediatamente como trabalhar com ele.
Além disso, Bruce Tognazzini acrescenta: “Moda e beleza não devem superar a usabilidade.”
No livro “User Interface Design” Vlad Golovach diz que a maioria das mensagens de erro não são realmente mensagens de erro. Na verdade, eles mostram ao usuário que o sistema que estão usando:
Por isso, todos os principais especialistas em usabilidade concordam que é melhor não apenas mostrar boas notificações de erro, mas evitá-las. Uma boa dica é definir limites de ação e padrões corretos.
Além disso, o ideal é que você encontre locais na interface onde o usuário, descuidadamente, possa fazer algo errado. Por exemplo, para fazê-lo colocar o dedo no botão “salvar”, mova o botão “excluir” ou “sair sem salvar” para longe dele.
Não force os usuários a se lembrar de ações, forneça as informações de que precisam em cada estágio e a capacidade de desfazer ações rapidamente. Se o erro não puder ser evitado, escreva uma mensagem clara sobre ele. Jakob Nielsen, renomado especialista em usabilidade, recomenda:
Diga o que deu errado na linguagem do seu público. Evite utilizar termos técnicos;
Sugira uma solução que pode corrigir o erro imediatamente ou ajudar de alguma forma.
Jacob Nielsen acredita que o benefício não é mostrar o máximo de informações possível, mas mostrar o que é necessário no momento certo. Portanto, o ideal é reduzirmos a carga cognitiva: distribuímos as informações em “porções” e as colocamos em ordem.
Lembre-se de que cada informação adicional na interface compete com outras informações. Isso significa que reduz sua visibilidade, aumenta o ruído e piora a percepção da página como um todo.
Isso não significa que haja uma necessidade urgente de reduzir a quantidade de informações nas páginas de destino e nas telas dos aplicativos móveis. Basta identificar as necessidades básicas (dores) do usuário, focar nelas. Todo o resto – deixe apenas suportar, prove as teses principais e abra para o usuário sequencialmente.
Ben Shneiderman e Jakob Nielsen afirmam: “Pense nas necessidades e limitações físicas do público-alvo e crie um design que leve tudo em consideração. Não se esqueça das diferenças entre iniciantes e especialistas – adicione dicas de ferramentas explicativas para as primeiras e funções complexas, atalhos de teclado para as últimas. Considere a idade, deficiência, diferenças culturais dos usuários e tipos de gadgets.”
Use cores contrastantes para o texto em seu layout. Isso ajuda os usuários com deficiência visual (bem como em condições de pouca luz) a ler o conteúdo da tela com mais facilidade. Um exemplo de ferramenta que já aplica isso é o Slack.
Quando as pessoas acham fácil abandonar um processo ou desfazer uma ação, elas se sentem livres e confiantes. O botão cancelar permite que você mantenha o controle do sistema e evite o medo e a frustração.
Vlad Golovach escreve em seu livro “User Interface Design”:
Quase o tempo todo, o usuário pode estragar alguma coisa e sabe disso. Ele pode formatar o disco rígido, pode apagar ou estragar o arquivo desejado. Não é novidade que o usuário muitas vezes fica com medo. Os usuários devem ter a sensação de que nada pode acontecer até que o usuário queira.
E aí, gostou das dicas? Tem algum outro princípio do Design de Interfaces que você incluiria nesse artigo? Deixe seu comentário abaixo! Vamos adorar saber.