Como empresas podem aderir a esse formato para a construção de equipes de Design
Outsourcing em UX
Outsourcing é um termo conhecido, que consiste em uma empresa “terceirizar” um serviço para que este seja desenvolvido externamente a ela. Nele, profissionais são contratados para atuar em projetos sem vínculo empregatício, ou seja, não são funcionários; Mas não por isso, para que o projeto tenha êxito, têm acesso a todas as informações, pessoas e diretrizes da empresa, sem necessariamente ser um time interno que pertence a um departamento.
Essa forma de trabalho tem se mostrado extremamente eficaz, propícia e recomendada para o construção de Design Teams, e não apenas isso, mas também para que a mentalidade de UX tenha mais eficácia em sua implementação na estrutura da empresa. Para este fim, empresas contam com especialistas em recrutamento como a Deeploy.Me, que as assessoram de ponta-a-ponta na construção de seus times, andando a seu lado durante todo o período para assegurar que o recrutamento seja um pilar em seus projetos. Confira abaixo 6 pontos principais que fazem do Outsourcing a alternativa ideal para o nosso setor:
1. Abrir o caminho da adaptação
Entende-se que cada empresa possui um modo de operação próprio. Suas metodologias foram definidas e processos internos alinhados a um formato que não contava com profissionais de UX/UI Design — e que invariavelmente, a seu tempo, serão “atingidos” pela mentalidade do Design Team. Logo, tende-se a haver diversos fatores que dificultam a aceitação da cultura de UX, tornando o processo de transformação mais longo e complicado simplesmente pelo fato de que é um novo e pequeno departamento, ainda sem voz. Construir um time externo mostra-se mais eficaz, pois por ser contratado, é responsável por esse processo, auxiliando em cada ponto a seu tempo e mantendo-se motivado para entregar resultados e abrir caminho a tal mudança.
2. Agilidade na implantação
Profissionais terceirizados podem acelerar a implantação da nova cultura, estando preparados para lidar com a “resistência” dos departamentos da empresa. Encontrarão diversos desafios, como não apenas desmistificar o papel do design, mas esclarecer sua influência direta em como a empresa lida com seus clientes e a construção de seus produtos, conquistando o apoio de toda a organização. Sua visão externa pode fazer toda a diferença nas escolhas, definição de estratégias e condução do projeto para que as metodologias sejam implantadas mais rápido e de forma mais efetiva, pois sua voz será ouvida com mais atenção por serem vistos como especialistas.
3. Equipes “on demand”
Uma vez que a empresa adquire profissionais que não são fixos, há um ganho enorme na otimização dos projetos pois estes podem ser tratados independentemente. Por exemplo, em vez de criar um projeto único e ter que preencher o tempo dos funcionários, pode-se criar diversos projetos menores, com um período mais curto de duração, podendo ser produzido com times diferentes, montados por pessoas específicas. A facilidade de gerenciar pessoas conforme a demanda torna todo o processo mais amigável e propício para que a qualidade e a velocidade ganhem força.
4. Mais qualidade
Times externos podem ser compostos por UX/UI Designers de procedências e especialidades diferentes. Logo, em vez de buscar cegamente por profissionais que façam de tudo um pouco, há espaço para especialistas como UX Writers e UX Researchers, que combinados, trazem um enriquecimento enorme para a profundidade e assertividade do projeto como um todo. Além disso, esses times mistos formam uma mentalidade criativa nova, ou seja, um novo conjunto de habilidades à empresa, que é traduzida diretamente na forma como o projeto é pensado em decorrência dos objetivos de negócio alinhados às necessidades dos usuários.
5. Otimização do processo
Esse é o ponto mais forte do Outsourcing, pois conforme falado no artigo Contratação faz parte da Estratégia de UX, ele coloca o recrutamento como um dos pilares do projeto. Falando diretamente, os ganhos são diversos e consecutivos, a saber: A aquisição desses profissionais não coloca o setor de RH da empresa à frente o recrutamento e seleção (por não serem tecnicamente qualificados para avaliar este tipo de profissional), mas sim as consultorias especializadas; Ganha-se velocidade no processo, pois já existe um pool de profissionais constantemente selecionados, avaliados e interessados nas vagas, o que já reduz significativamente os riscos de contratação; Logo, torna-se muito mais fácil montar novos times e escalá-los mediante o crescimento do projeto; E por fim, a empresa se sente segura para assumir novas demandas ou criar novos produtos, já que é possível construir novos times sem dificuldade.
6. Ah, e a redução de custos
Evidentemente, empresas buscam a todo custo controlar bem seus investimentos, especialmente em pontos que não compreendem exatamente, embora já tenham identificado a necessidade. É esperado que dêem passos gradativos em seus budgets, à medida que conseguem ver impacto e resultados. O primeiro ponto, e o mais óbvio, é a realidade de que um time in-house representa um custo bem maior do que puramente o salário dos colaboradores, além do valor agregado na aquisição e no rompimento, seguidos de obrigações fiscais dispendiosas. No formato Outsourcing, grande parte desses valores e empecilhos são reduzidos, possibilitando que tudo seja mais prático — Em um ambiente cada vez mais incerto, a empresa ganha mais flexibilidade para negociar contratos e reduzir jornadas, por exemplo, para conseguir evitar desligamentos e comprometer o projeto. É importante frisar que UX/UI Designers que trabalham sob esse formato precisam estar plenamente cientes de seus direitos e deveres, entendendo que essa opção de contratação é uma decisão de negócios e não uma forma nociva e injusta de compra de prestação se serviços. Além disso, temos visto que a resistência de UX/UI Designers a esse formato é baixa, por uma somatória de motivos — dentre eles, o mais relevante é a consciência de que são profissionais tidos como altamente qualificados, tornando o formato de contratação irrelevante.
Conclusão
Outsourcing possibilita grandes otimizações e resultados a empresas, trazendo um cenário otimista para seus produtos digitais. É primordial o entendimento do potencial de um Design Team e o impacto que pode trazer à organização, já que tornou-se viável construir times que garantam resultados com menores custos e riscos, feitos por pessoas qualificadas.
Como agir ao ser conduzido em sua avaliação como UX/UI Designer
Adequando-se à vaga
É natural para UX/UI Designers, por não saberem exatamente qual será o próximo grande passo na carreira e quem são as pessoas/empresas avaliando seus portfolios, que mostrem toda a sua experiência em diversos setores, tipos de projetos, etc. — Afinal, em algum desses cases espera-se que exista identificação com uma determinada oportunidade — e não há, absolutamente, nada de errado nisso. Imagine que há um UX/UI Designer com um fit interessante a uma vaga para atuar em uma empresa financeira, sem ter experiência nesse setor. É claro que a falta de experiência específica não o desqualifica (pois esse não é o único fator determinante em sua contratação), mas pode colocá-lo um passo atrás dos “concorrentes” que possuem tal experiência. Qual seria seu próximo passo? Desistir? De jeito nenhum. O próximo passo seria pensar em como supervalorizar seus demais conhecimentos e experiências, para suprir a falta da experiência específica. Chamamos esse processo de “adequação à vaga” — Onde seu interesse na vaga é tão genuíno e real, que toda crítica ou orientação vinda do recrutador será usada como um booster ao objetivo de ser contratado.
Listo abaixo algumas orientações que normalmente passamos a UX/UI Designers em processos seletivos:
Alinhamento de expectativas
Se você foi abordado por um recrutador para uma vaga X, entenda que nesse momento já houve um interesse inicial em seu perfil. Isso significa que já existe alguém disposto a andar lado a lado com você no caminho de sua contratação. Logo, toda e qualquer instrução, dica, crítica ou orientação que vier a seguir, será a seu próprio favor, na direção desse objetivo. Mas se houver resistência de sua parte sobre os pontos levantados, ficará claro que não há interesse genuíno na vaga: Não se trata de certo ou errado, mas de sua adequação à vaga.
Alinhamento de portfolio
Partindo do pressuposto que você possui diversos tipos de trabalhos, a orientação é que os reordene por ordem de relevância à vaga em questão, mesmo que sejam projetos mais antigos, menos detalhados ou ainda protegidos por NDA. Isso acontece para evitar a análise de projetos sem relação com a vaga, ou ainda projetos para clientes mais significativos nos quais sua atuação não foi o objeto de avaliação. Esses casos podem levar o recrutador a um entendimento equivocado, te afastando do objetivo desnecessariamente.
Evitar sub-qualificação ou super-qualificação
Se a vaga requer um profissional mais analista, por exemplo, não será favorável apenas mostrar telas finais se o avaliador está em busca de entender sua forma de pensar, buscar informações, equilibrar hipóteses com fatos e construir uma opinião. Da mesma forma, não é ideal um aprofundamento muito grande, se a empresa contratante não tem a maturidade em design suficiente. O que precisa estar mais evidente é o objeto da análise, ou seja, o que a empresa busca no profissional, para que sua avaliação seja mais justa.
Trabalhar o discurso pessoal
Em determinados casos, UX/UI Designers acabam por dar mais importância a preferências pessoais do que as competências profissionais. A expectativa dos contratantes, em um primeiro momento, obviamente é apenas a profissional. Conforme o processo seletivo toma corpo e você avança nas etapas, as questões pessoais virão à tona, pois também fazem parte da avaliação. Além disso, é necessário estar muito claro a forma como você se define como profissional: Se a vaga é para UX Designer e você tem as competências para isso, será necessário remover outras definições que conflitam com o objeto da vaga, como Diretor de Arte Digital.
Seja rebelde, não arrogante
Como já dissemos em artigos anteriores, seu comportamento diz muito sobre a postura profissional, e sua análise começa bem antes de uma entrevista. Para a empresa que contrata, é primordial identificar padrões comportamentais que podem se tornar um fator de risco, evitando problemas futuros. Entendemos que uma oportunidade de trabalho é na verdade a oportunidade da valorização de você mesmo(a). Alguém viu valor em você, e optou por pagar por seu tempo, experiência e inteligência. Ao menos em nosso setor, essa não é uma autoridade imposta: Quem trabalha a aceitou por espontânea vontade, e será recompensado por todo o seu esforço.
O que você está disposto a fazer para atingir o objetivo de ser contratado?
Você pode perfeitamente não estar de acordo com os processos de seleção, questionar os métodos das empresas e as decisões das lideranças. Mas não esqueça que para uma contratação acontecer, há primeiro a necessidade e o interesse da empresa em você, para então vir o seu interesse nela. Como um bom UX/UI Designer, você precisa ir a fundo, informar-se sobre todo o contexto, entender as expectativas e agir na direção correta para que uma conversão aconteça. Por isso, é esperado que a postura de um UX/UI Designer mediante a crítica construtiva sobre sua apresentação profissional seja de atenção, interesse e valorização, pois em todos os cenários, a conversão será boa para todos.
Conclusão
Ao candidatar-se às vagas que busca, esteja preparado(a) para ser questionado e orientado. Mesmo que a contratação não aconteça, sempre há aprendizado, afinal os avaliadores são os usuários finais de sua apresentação profissional. Não espere que as críticas se repitam, mas aja rápido na direção da melhoria contínua de sua postura para o crescimento de sua carreira e notoriedade.
O que pode mudar em processos seletivos de UX/UI Designers
Contratação no novo mundo
Presenciamos empresas demitindo. Pessoas perdendo seus empregos. Projetos sendo cancelados ou adiados. Com esse duro choque de realidade, se fez necessária uma reavaliação profunda na forma como todos nós fazemos negócios, e mais do que isso, de como são feitas as relações de trabalho. Como sempre, depois de crises, voltamos mais fortes e resistentes — E nos perguntamos se mesmo depois de finalmente o risco terminar, se vamos voltar tudo como era antes. Daqui pra frente, na hora de selecionar um profissional, vamos seguir os mesmos protocolos?
Falando friamente, a necessidade de haver formalmente uma entrevista pessoal já não existe mais. Todas as entrevistas tem sido feitas por vídeo-conferência, o que já se tornou uma prática comum e aceitável para a seleção final de um candidato, trazendo um ganho de tempo e efetividade no processo seletivo como um todo. Mas essa é a ponta do iceberg: A forma como empresas montam times e profissionais prestam seus serviços mudou. Para este fim, recomendamos a cada parte que atualize a forma como procede sua oferta.
Adaptação para empresas
Faça uma boa avaliação
Hoje, quando se pensa em um projeto, deve-se avaliar primeiramente a real necessidade de um time local. Esse fator já altera a forma como o projeto é organizado com pessoas — Sem a barreira da distância, profissionais de qualquer localização estariam potencialmente aptos a trabalhar, o que aumenta muito mais a oferta de UX/UI Designers de todos os cantos do país. Certamente há profissionais surpreendentemente aptos, em locais que antes não era dada muita atenção.
Trate contratação como pilar do projeto
Como dito no artigo Contratação faz parte da Estratégia de UX, ter pessoas em constante avaliação é crucial para garantir a integridade do projeto mediante desafios em seu decorrer. Ao passo que a oferta de profissionais aumenta, o risco de turnovers também. Portanto, ter um processo de seleção sólido e implementado pode prevenir tais problemas, mantendo o rumo do projeto.
Diversifique os perfis
É a oportunidade de dar oportunidades. A pandemia trouxe uma popularização maior ao nosso setor, e muitas pessoas aproveitaram o tempo para se dedicar aos estudos. Logo, há agora mesmo muitas pessoas em nível júnior ávidas por sua primeira oportunidade na área, e esse pode ser o momento de lhes abrir as portas para mostrarem sua capacidade. Times mistos crescem mais rápido e com mais consistência.
Solidifique a cultura da empresa
É importante que a cultura da empresa seja identificada nos detalhes. Sem os encontros formais, as pessoas tendem a perder a sensação de pertencer a um grupo real, o que deve ser profundamente trabalhado para que a identidade da empresa esteja expressa em cada membro do time, onde quer que esteja. Para tanto, ações de comunicação interna devem ser frequentes, para uma boa orientação de procedimentos internos do que a empresa é, no que acredita e como procede em situações adversas.
Práticas para UX/UI Designers
Conforme-se com a distância
Uma vez que você já criou seu “canto de trabalho” em algum lugar da casa, trate-o como seu local oficial de trabalho. Mesmo as empresas podendo solicitar que seus funcionários reagrupem-se, o farão lentamente através de encontros programados e frequentes, ou em turnos (evitando grandes agrupamentos de uma vez). Durante o processo seletivo, você será questionado sobre suas condições de trabalho em casa: Fale somente a verdade, provando aos recrutadores de que sua produtividade não será comprometida por fatores externos.
Seja transparente, presente e organizado
É imperativo que você consiga criar sua própria rotina de trabalho, organizando bem seu tempo produtivo e suas horas disponíveis para interações com os outros membros do time. Sua avaliação chegará ao ponto do entendimento de como você lida com mal-entendidos, se estará presente à liderança e aos membros do seu time, se garantirá que seus entregáveis não gerarão retrabalho e que fará o máximo para manter-se interessado, motivado e engajado nas atividades do projeto.
Evidencie seu constante aprendizado
Apenas dizer que você gosta de aprender e adora desafios não basta em um processo seletivo. Empresas buscam profissionais com a postura de empurrar o setor adiante, que trazem novas informações, métricas, técnicas e ferramentas constantemente, beneficiando a todos os envolvidos. Para isso, aproveite o tempo ganho em horas a menos de trânsito, investindo-o em seu desenvolvimento pessoal.
Avalie suas competências e vá a fundo nelas
Defina exatamente o que você ama e é bom em todo o processo de UX/UI Design, vá a fundo nessa competência e deixe muito clara sua especialidade. Design Teams buscam profissionais com backgrounds e expertises diferentes, para que o entregável do conjunto se torne mais profundo e satisfatório já que cada peça do time exerce tarefas com total foco e excelência.
Conclusão
Novas oportunidades estão sendo criadas em nosso novo mundo. Nossa adaptação não se limita apenas à queda das barreiras de distância, mas na forma como projetos são montados e pessoas produzem. Esteja à frente dessas mudanças.
Porquê empresas tendem a só contratar Plenos e Sêniores
Definindo níveis
A nomenclatura de Juniores, Plenos ou Seniores, obviamente, é usada em todas as áreas. São o que define se a pessoa está no memento de sua carreira mais adequado para trabalhar no conjunto de tarefas que cada empresa oferece ao abrir suas vagas, de menos a mais experientes. Trazendo para o universo de UX/UI Design, como dissemos no artigo Como aplicar a uma vaga de UX/UI Designer, a estaca zero é entender das ferramentas e metodologias pra conseguir ter um entregável — o que já é esperado de um profissional júnior. Recapitulando, definimos dessa forma:
- JÚNIOR: Sabe por a mão-na-massa, porém, por sua inexperiência, precisa de ajuda para completar tarefas.
- PLENO: É capaz de executar de forma eficiente todos os papéis e tarefas, mas precisa de liderança e orientação para se manter no caminho.
- SÊNIOR: Resolve problemas complexos sem ajuda e consegue guiar outras pessoas menos experientes.
Com esses diferentes níveis bem definidos, entendemos que na prática o fator humano comportamental é que faz toda a diferença na qualificação de um UX/UI Designer mais experiente. Estamos falando de Soft Skills: colaboratividade, empatia, inteligência emocional, habilidades de oratória, liderança, autogestão, entre outras. Essas são as competências que melhor determinam o nível de maturidade, acima das competências práticas. Logo, entendendo que o “saber fazer” não é uma barreira, as empresas podem estar considerando profissionais muito experientes para exercerem tarefas que muitas vezes poderiam estar sendo cobertas pelos menos experientes. Listo abaixo alguns exemplos de vantagem para considerar a contratação de Júniores:
Mais cabeças, mesmo custo
UX/UI Designers em nenhum momento podem ser tidos como apenas braços. A estrutura do que é fazer UX/UI Design já demanda muito mais que isso, e inclusive, esse é um dos fatores que mais tem atraído pessoas para essa área. Como dito pelo pessoal do UX Collective, “UX Designers são pensadores, tanto quanto são produtores”. Para nós, esse ponto transcende níveis de maturidade. Então considere que o custo de vários “pensadores iniciantes” pode ser igual ou menor ao de apenas 1 mais experiente.
Maturidades diferentes, para profissionais diferentes
Sabemos que as gigantes conhecidas são a menina-dos-olhos de profissionais mais experientes. Mas existem muitas empresas que ainda não tem tal maturidade de Design, ou o budget necessário para a composição de um time de estrelas. Nesse caso, pode ser mais interessante que busquem mais profissionais recém-formados, para ficarem sob a liderança de menos Seniores. Com o tempo e uma boa estratégia de UX, esse time pode amadurecer e crescer com uma solidez notável, ganhando a confiança da empresa por ter muito mais evangelizadores.
Seniores não se frustrarão
Em muitos casos, vemos UX/UI Seniores desistindo de seus empregos pelo fato de estarem exercendo tarefas menos estratégicas e mais operacionais, fazendo com que percam sua motivação. Em times somente de seniores, a seu tempo, haverá desconforto no dia-a-dia de trabalho, além de constantes questionamentos à liderança. Tendo um time mais misto, seniores conseguem exercer bem seu papel sem que o projeto perca o ritmo e os entregáveis sejam comprometidos, uma vez que a parte produtiva pode estar nas mãos dos menos experientes (desde que sejam devidamente assessorados).
Juniores supervalorizam o que seniores nem tanto
Naturalmente, a experiência de um Pleno e Sênior faz com que deixem que exercer uma série de tarefas. Note que, tarefas estas, podem ser feitas por Juniores que trazem diversos fatores relevantes que impulsionam sua performance, e automaticamente, a qualidade e velocidade do projeto:
- Têm energia e são determinados;
- São curiosos e tem muita vontade de aprender;
- São mais abertos a críticas, com menos “ego”;
- Têm uma rápida adaptação aos padrões;
- Querem uma oportunidade de mostrar seu valor.
Diferentes níveis em seu Design Team
A evolução natural
Para as empresas maiores, é comum que os primeiros UX/UI Designers a serem contratados sejam mais experientes. Não simplesmente porque já sabem fazer (por já terem feito muitas vezes), mas para que conduzam a mudança de cultura na empresa, uma vez que UX gradualmente se tornará um departamento relevante para todo o negócio. Esse processo é longo, difícil e requer muita resiliência do time. Logo, com o tempo, o papel desses designers mais Seniores será alçar desafios cada vez mais difíceis, fazendo a capacidade de UX da empresa crescer como um todo, trazendo resultados e levando adiante essa cultura.
Com isso, terão que criar sua estratégia de crescimento, para que possam delegar suas tarefas iniciais a um time que dê continuidade aos entregáveis no mesmo ritmo e qualidade.
Crescer sem perder
Para fazer um Design Team crescer, deve-se, antes de mais nada, ter um modelo de trabalho bem desenhado e sólido vindo da liderança do departamento. Esse modelo precisa impreterivelmente seguir o raciocínio de que Contratação faz parte da Estratégia de UX, ou seja, essa estratégia precisa prever o momento de contratar, e definir bem quem contratar. Mas como fazer isso sem que hajam perdas?
É nesse momento que empresas optam por contratar apenas profissionais plenos ou Seniores, sob a premissa de que pessoas com pouca (ou nenhuma) experiência poderão pôr em risco a entrega do time. Mas, como dito anteriormente, não consideram o fato de que profissionais mais experientes tendem a perder o foco, produtividade e empolgação ao se depararem com o imenso trabalho de produção que os aguarda, não restando tempo para que exerçam o que mais querem fazer. Ao dar oportunidade para novos membros Juniores, a equipe pode se organizar para que os profissionais plenos os liderem, enquanto os Seniores podem investir o tempo e a dedicação necessários para superar os desafios mais difíceis.
Estrutura de treinamento
Faz-se importante a questão de que é recomendada uma estrutura interna de treinamento de pessoas. Com tal estrutura, o time poderá desenvolver-se com solidez, possibilitando uma escalabilidade que faça com que a produção permaneça no ritmo certo com entregáveis satisfatórios constantemente, considerando que cada nível de profissional esteja exercendo bem seu papel individual. Por esse motivo, torna-se importante começar a contratar pessoas que estão no início de suas carreiras. Terão menos habilidades, conhecimento e experiência do que os membros iniciais da equipe contratados; podem ter acabado de sair de Bootcamps ou podem ter apenas alguns anos de experiência de trabalho limitada; Mas ao se juntarem ao Design Team como aprendizes, com certeza trarão toda a sua força de produção e vontade de aprender, supervalorizando cada desafio e oportunidade que lhes for designada.
Conclusão
Planeje o crescimento de seu Design Team considerando variar bastante os níveis dos profissionais. Dessa forma, além de dar oportunidade a profissionais menos experientes, é possível manter velocidade e qualidade de produção, possibilitando que plenos e Seniores possam exercer suas atividades mais estratégicas.
Para construir seu Design Team, conte sempre com a Deeploy.Me. Saiba mais sobre nossas propostas para empresas nesse link.
Porquê muitas pessoas estão mudando o rumo de suas carreiras
Repensando a carreira
Muitos de nós “tivemos” que escolher nossa carreira muito cedo na vida. O ponto é: estávamos preparados para essa decisão? Quais foram os fatores externos que nos influenciaram? Tínhamos certeza de nossas habilidades antes de escolher um caminho? Nas gerações passadas, as pessoas aceitavam sem pestanejar a condição de seguir uma só carreira, fazendo a mesma coisa por longos 35 anos até a aposentadoria. Bem, sabemos que hoje não é mais bem assim por muitos fatores, e muitos associam a tecnologia como responsável por essa “inquietude” das novas gerações. Mas sabemos mesmo é que o mundo mudou muito nos últimos 30 anos e agora as pessoas tem muito mais opções de carreira. Seria um erro não olhar, ao menos, para essas novas opções — e UX/UI Design é definitivamente uma das carreiras mais promissoras e cobiçadas no mundo todo.
Principais motivações
Entendemos que uma pessoa que decidiu migrar para UX/UI Design o fez porque se apaixonou por algumas de suas vertentes (quando não todas). Ainda, porque encontrou nessa profissão a possibilidade de explorar habilidades ainda sub-utilizadas, que estavam em hibernação. Entre muitos motivos, listo abaixo alguns que tem levado um número crescente de pessoas a se interessarem por UX/UI Design:
Facilitar a vida das pessoas.
Esse fator é extremamente motivacional, e conduz a decisão de muitas pessoas. Ele vem da observação e inquietude pessoal, ou seja, da sua percepção da relação de pessoas com produtos — e de como essa relação poderia ser melhor se estes produtos tivessem sido centrados no usuário. Mas como apenas ver não é o bastante, a vontade de gerar esse impacto nas pessoas te faz agir.
Resolver problemas de forma inovadora.
Hoje usa-se muito esse termo, por que ele é amplo demais. Mas no cenário de UX/UI Design, a forma como esse ponto é tratado é bem interessante. Problemas são vistos como desafios, pontos de partida, e não pedras de tropeço. Resolvê-los não é apenas encontrar uma suposta solução; É uma prática constante de encontrar caminhos viáveis, validá-los, implementá-los, testá-los repetidas vezes e colher resultados com pessoas reais. Não se trata de tecnologia, mas sim de processos humanos.
Conectar-se realmente com as pessoas.
Muitas empresas se sentiam distantes dos consumidores, pois estes, por muito tempo, não tinham voz na concepção de um produto — apenas uma opinião sobre o produto final. Pesquisas paravam antes de seu nascimento, ou ficavam apenas ao Marketing. Em UX/UI Design, você vai bem mais a fundo nas pessoas em todo o processo, para evitar a criação produtos que ninguém queira usar. Entender pessoas em seus diferentes comportamentos, perfis, culturas, bagagens e opiniões é extremamente esclarecedor e gratificante.
Se parte de algo extraordinário.
Experimentar a sensação de ter participado do nascimento de um produto disruptivo é realmente algo sem preço. Estamos presenciando hoje a criação constante de produtos digitais que não apenas inovam, mas impactam e reinventam setores inteiros, em negócios que muito rapidamente tornam-se altamente valiosos. E, principalmente, amados pelas pessoas ao ponto de dizerem: “Não quero lembrar como era minha vida sem isso.”
Transformar empresas com seu mindset.
Por mais que hajam empresas resistentes à mudança, a transformação digital é real, e o mindset de se criar produtos centrados no usuário tornou-se imperativo se quiserem manter-se competitivas no mercado. UX/UI Designers são esses agentes de transformação, cujo trabalho questiona todo o processo interno de desenvolvimento de produto para que a empresa não apenas obtenha mais resultados a nível de negócio, mas também que ganhe o coração de seus clientes, retendo-os.
Construindo seu novo perfil profissional
O que você já sabe pode ser usado
Abrace suas experiências anteriores e habilidades adquiridas. Se você colocar em um papel tudo o que sabe fazer, garanto que ficará surpreso(a). Faça essa lista e selecione quais desses pontos podem ser aproveitados em sua nova carreira. Além disso, há algo importante a ser mencionado: Descubra algo que faça você único(a). Esse algo pode fazer muita diferença no momento em que empresas estiverem em busca de um profissional potencialmente com seu perfil. O que você sabe fazer que pode contribuir significativamente ao seu valor profissional como UX/UI Designer? Já vimos vagas que buscavam um UX Designer com background forte em Psicologia, outras que buscavam alguém que tivesse sido redator, e ainda outras que buscavam alguém com experiência em gestão de produto. Esses profissionais compuseram seu perfil de forma a usar UX/UI Design como canalizador para suas experiências e expertises.
Não é só para designers
Especificamente falando de UX Design, diferente de outras profissões, não é imperativo ter background em Design. Na verdade, esse pode até ser um ponto de vantagem em alguns casos — Há empresas e oportunidades que valorizam mais os profissionais oriundos de outras carreiras. Pessoas que já estiveram em X situações, lidaram com X tipo de negócio, conhecem X processos, entendem de X ferramentas ou resolveram X problema de X forma a obter bons resultados, podem encaixar-se como uma luva em lacunas inexploradas dentro dos Design Teams.
Soft Skills serão adaptadas
Existe um ponto de suma importância que é digno de ser levantado: Suas Soft Skills. Para você se tornar um UX/UI Designer, é fato que se faz necessária uma imersão aos estudos das práticas, metodologias e processos, para que você aprenda efetivamente como tudo funciona e ter um entregável satisfatório. Como dito no artigo Saber fazer não é suficiente na carreira de UX/UI Designer, são as Soft Skills que abrem o caminho para sua entrada e permanência em projetos. Se em sua carreira anterior você já dominou habilidades como colaboratividade, empatia, resiliência, apresentação em público e liderança, sua nova carreira irá herdá-las, aumentando seu valor profissional.
Dicas práticas
Entenda bem suas motivações
Defina um propósito para sua migração, e mantenha-se nesse propósito até que o processo termine. Não aja por impulso: Porque seus amigos estão fazendo isso, ou porque alguém prometeu estabilidade e altos salários. Sua motivação deve estar solidificada no seu próprio perfil. Esse fator é muito importante para você manter o foco e eliminar os medos e incertezas que surgirão no decorrer dessa jornada.
Esteja pronto pra recomeçar
Essa mudança pode ser lenta, muitas vezes dolorosa, cheia de surpresas e ainda te forçar a dar passos para trás na carreira. Mas saiba que quanto mais dedicação você aplicar a seu novo projeto de vida profissional, mais rápido superará esses obstáculos e encontrará oportunidades que valorizem seu perfil profissional.
Tenha coragem e aconselhe-se
Em muitos casos, há muito a perder se essa transição não acontecer como esperado. É preciso mesmo ter coragem, pois muitos desistem antes mesmo de começar. Para isso, ouça pessoas que já passaram por isso, mantenha-se sempre muito bem informado, busque formação teórica / prática e encontre um mentor para acompanhar mais de perto seu desenvolvimento.
Tenha iniciativa
Nunca subestime o poder de um contato “frio”. Afinal, você vai precisar de novos contatos, novos amigos, novos grupos — e a boa notícia é que a comunidade de UX/UI Designers é muito unida, sendo composta por pessoas que se ajudam o tempo inteiro. Não fique parado esperando que venham a você, mas vá até eles e seja a peça faltante que precisam.
Seja curioso e aprofunde-se
É importante frisar que o aprendizado nessa área nunca termina, pois ela está em constante (e rápida) evolução. Mesmo os profissionais mais experientes estão sempre em cursos, seminários, lendo diversos livros e conhecendo novos métodos, para o aperfeiçoamento e especialização de suas carreiras. Essa é uma prática a adquirir que é um dos pilares da carreira de um UX/UI Designer, e sem dúvida é o que garante a constante evolução do setor: Pessoas empurrando-o adiante.
Não desista
Uma coisa que não falam para os novos UX/UI Designers: “Você tem algo especial que te trouxe até aqui, mas esse algo precisa de refinamento”. Lide com essa questão, aceitando seus erros e aprendendo com eles para o seu entregável chegar a um alinhamento com o seu máximo potencial. Pode demorar para essa barreira ser quebrada, e você ter orgulho e estar satisfeito com seu próprio trabalho.
Conclusão
Não há caminho anterior ideal que possa rotular um UX/UI Designer como melhor ou pior. Cada pessoa tem um perfil, caminho, cultura, visão e experiência, que a seu jeito e tempo agregam à sua carreira profissional. Busque seu próprio perfil, formate-o ao seu objetivo profissional e busque oportunidades que o valorizem.
O que você pode fazer para iniciar sua jornada
O começo da jornada
Com certeza você já leu artigos que listam os melhores cursos, ferramentas, livros, blogs, canais no YouTube e profissionais referência a seguir, para que se desenvolva. Como nosso papel é conduzir sua jornada de planejamento de carreira, estamos aqui para te ajudar a erradicar todos os fatores eliminatórios para sua primeira grande oportunidade na área. Listo abaixo pontos importantíssimos para você iniciar a jornada:
Crie um portfolio — Mesmo que você só tenha os projetos de bootcamp, detalhe-os bem e conte suas histórias da forma mais completa possível, especificando claramente sua participação no projeto e seus principais aprendizados. Se tiver outros projetos que não sejam de UX/UI Design, coloque-os segundo plano ou não os apresente nesse momento.
Direcione seu CV para UX/UI Design — Por mais que você já tenha tido outras experiências anteriores que podem agregar, seu objetivo agora não é olhar para trás. Oriente seu CV para o que você está em busca, evidenciando a habilidades e competências que podem te diferenciar dos demais candidatos.
Prepare-se para entrevistas — Nessa hora, muitos candidatos não conseguem um bom desempenho. Ou estão nervosos demais, ou sabem pouco sobre a empresa em questão, ou erram nos detalhes. Esteja emocionalmente preparado para ser questionado não apenas na técnica, mas no comportamento.
Prepare-se para ser testado — É comum empresas solicitarem um teste aos candidatos, a fim de descobrirem como você se sairia em determinadas situações. Abrace esses desafios, dê o seu melhor e deixe sua marca.
Abrace a “síndrome do impostor” — Entenda que você é um novo profissional, e que sua entrega pode não ser satisfatória de início. Mas saiba que é necessário que você evolua rápido, aprendendo com os erros para não gerar a impressão de que a empresa tomou uma decisão errada ao lhe contratar. Prove seu valor constantemente.
Procure um mentor — É muito importante que você tenha um profissional mais experiente acompanhando o início da sua jornada. Mesmo que não oficialmente, busque essa pessoa, aconselhe-se, não tenha medo de perguntar. Isso fará com que você aprenda mais rápido, por não cometer erros que outros já cometeram.
Expanda seu network — Como em qualquer outro setor, ter contatos é um grande facilitador. Ingresse a grupos de WhatsApp, interaja nas mídias sociais do setor, vá a eventos. Conhecer pessoas é uma prática extremamente importante para sua carreira, pois a indicação ainda é um dos fatores mais fortes e determinantes para sua contratação.
Surpreenda no inesperado
Citamos no artigo Como aplicar a uma vaga de UX/UI Designer que as empresas esperam que Júniores entreguem UX/UI Design de ponta-a-ponta, uma vez que aprenderam todas as metodologias, práticas e processos. O que não é esperado, ou seja, o ponto em que você pode surpreender, está mais ligado ao seu comportamento — a forma como você vai se adaptar e se relacionar com o time e a liderança. Levando em consideração a expectativa do contratante, deixe esse ponto muito claro em sua mente como um objetivo diário para que a qualidade de seu trabalho seja notada aos poucos, e aumente gradativamente.
O que diferencia a maturidade de um profissional não são as Hard Skills, mas as Soft Skills. Com isso, atente que além de você estar tendo a oportunidade para desenvolver suas Hard Skills, da mesma forma, tem a oportunidade de desenvolver suas Soft Skills. Preste atenção em como os profissionais mais experientes se comportam, como agem, o tom que falam, como se organizam, como conseguem somar ao time e como provam a necessidade de sua presença. As relações interpessoais são o fator de ouro que faz você prolongar sua permanência em um projeto.
Listo abaixo alguns pontos que vão além de “saber fazer”, que podem ajudar muito nesse processo:
- Seja legal com as pessoas, sendo você mesmo;
- Respeite a liderança, saiba ouvir críticas e esteja preparado para um “não”;
- Aceite ser conduzido, (ainda) não conduza;
- Esforce-se para fazer diferença na equipe;
- Seja organizado, para que seu trabalho não atrapalhe os outros.
A diferença que um UX/UI Designer Júnior pode fazer
Muitos profissionais recém-chegados buscam pela vaga ideal para iniciarem suas carreiras. Tal objetivo é muito bom, mas mesmo com o aquecimento do mercado, empresas tendem, por diversos motivos, a buscar profissionais mais experientes, dando menos oportunidades a recém-formados. Logo, o que fazer enquanto as oportunidades não chegam? Bem, além dos pontos citados acima, você pode perfeitamente arregaçar as mangas e “cavar” um projeto. Para um profissional recém-formado:
Ter iniciativa é um fator de altíssimo impacto.
Aproveite o crescimento de produtos digitais
Você sabe que estamos vivenciando um boom mundial de criação de produtos digitais. No mundo pós-pandemia, mesmo as empresas mais avessas a tecnologia tiveram que se adaptar; as que já estavam adaptadas, agora usam muito mais tecnologia; outras já estão nascendo com esse DNA. Em todos esses cenários, sem sombra de dúvida, a presença de um UX/UI Designer é primordial em diversos aspectos. Considerando que existem empresas de diversos tamanhos e com maturidades em Design bem variadas, que tal pensamos nas empresas pequenas e médias, bom baixa maturidade de Design?
Há empresas que precisam de você
Sabemos que os brasileiros são um povo “a ser estudado”. Ninguém tira do empreendedor brasileiro a coragem, determinação e resiliência de abrir um negócio em um cenário tão desafiador. Estrangeiros dizem que “se você consegue desenvolver um negócio no Brasil, consegue em qualquer lugar do mundo”. Mesmo assim, nosso povo lindo levanta cedo e vai à luta. Mas a realidade é dura: 6 em cada 10 empresas brasileiras que se abrem, encerram suas atividades em menos de 5 anos. Algumas dessas empresas eram/tinham produtos digitais, em que algo aconteceu para que fechassem. E se o que faltou foi a visão estratégica de alguém, um agente transformador, alguém que pudesse conhecer a fundo o usuário e ajudasse a evitar erros, criando produtos centrados a ele? É um fato que essas empresas precisaram de um UX/UI Designer. Vemos brasileiros sendo criativos todo dia — abrindo lojas virtuais, inventando serviços com agendamento online, atendendo pelo WhatsApp pra ficar mais perto de seus clientes. Aposto que eles adorariam receber sua opinião em como orientar seus produtos aos usuários, afinal você tem muito mais conhecimento nesse ponto.
Sarah Doody diz que todo UX/UI Designer deve ser um problem spotter. Ou seja, precisamos abrir os olhos para as empresas à nossa volta, identificar seus problemas, e fazermos algo para ajudar. E se você, enquanto espera pelas oportunidades de emprego, fosse a essas empresas oferecendo seus serviços? Uma coisa é você ingressar a um time de pessoas maduras, que já trabalham em um produto em uma empresa com boa maturidade de Design. Outra coisa bem diferente é chegar a uma empresa onde o time será você, o produto só será criado com sua ajuda, em uma empresa com nenhuma maturidade em Design. Desafiador, certo? Claro. Mas entenda que um projeto oriundo desse cenário vale muito mais do que um case de bootcamp. Ter uma história dessas pra contar certamente multiplica sua atratividade ao mercado.
Ponha a mão na massa
Identifique uma empresa que ache bacana e que precise de um UX/UI Designer, faça-lhes uma proposta que possam pagar, desenvolva um projeto, implemente-o, e colha os resultados. Qualquer impacto positivo gerado por seu trabalho vale muito não apenas para a empresa, mas para sua carreira. Essa é a premissa do UX/UI Designer: Ser um agente de transformação, orientado a resultados com o potencial do Design. A diferença é que nesse momento, tudo partiu de você.
Conclusão
Se você está em busca de oportunidades, enquanto espera que as portas se abram, não fique parado. Esteja com a sua lição de casa feita e encontre empresas às quais você pode agregar com suas habilidades e conhecimentos, ainda que com um trabalho simples. Isso fará com que você se mantenha atuante, aumente sua experiência e tenha cases reais para contar suas histórias.
A importância do recrutamento em UX/UI Design Teams
Recrutamento é parte fundamental
Muitos líderes tratam recrutamento como um projeto paralelo, pois acabam por vê-lo como não sendo uma prioridade em seu dia-a-dia. Conforme novas demandas surgem e os desafios aumentam, precisam agir rápido e nesse momento percebem a grande dificuldade e o investimento de tempo aplicados a essa tarefa. Não apenas em seu próprio alcance de trabalho (que seria investir tempo na busca, seleção e avaliação de profissionais) mas também no que diz respeito à oficialização de uma contratação, que independente do formato escolhido, envolve outros departamentos da empresa que tem suas próprias regras e timing. Em todos os diversos cenários citados no artigo Como vagas de UX/UI Design são abertas?, o problema está em ativar processos de contratação apenas quando é extremamente necessário.
Antecipando o problema
Para que esse processo nada simples não se torne um obstáculo, é necessário incluir o recrutamento à organização dos projetos de UX não apenas no início, mas durante eles. Para isso, há um ponto crucial: Deve-se pensar em novas posições antes mesmo de abri-las. Como é sabido o quanto projetos de UX/UI podem agregar para a organização, cada integrante do time precisa impreterivelmente ter um aditivo interessante ao time, e automaticamente, à organização. Por isso, faz-se necessário um trabalho constante para a identificação do perfil ideal, visto que cada oportunidade requer especificidades diferentes, que avançam conforme os projetos evoluem.
Times mistos crescem mais estáveis
Essa é uma questão importante que vemos com muita frequência, em que para a montagem de times, são solicitados apenas profissionais sêniores, por sua experiência e vasto know-how. Mas nem sempre a demanda necessariamente requer tanta maturidade. Logo, equipes apenas de sêniores começam a perder produtividade e até a se desfazer porque esse profissionais se vêem na condição de ter que fazer todo o trabalho produtivo, sentindo-se subvalorizados e sem perspectiva por não poderem dedicar 100% de seu tempo à estratégia e às decisões de design que afetam o negócio. Nesse ponto, o melhor a fazer é constituir times de design também com profissionais menos experientes, sem “vícios” e ávidos por ver seus primeiros projetos ganharem vida e visibilidade na empresa. A chance de times mais mistos se consolidarem e gerarem melhores resultados é muito maior.
Valorização na empresa
Executar as estratégias de UX corretamente trará aumento no valor que a equipe à empresa. Com isso, ter um planejamento prévio das próximas contratações é crucial para o desenho dos próximos passos, o que inclusive ajudará a gerar novos projetos para criar e desenvolver produtos e features. Além disso, profissionais recém-chegados darão mais voz ao departamento, fazendo com que a cultura de design se dissemine mais rápido ao longo de toda a empresa.
Melhorando o processo
Em vias práticas, deve-se pensar em indicadores primordiais para adicionar o recrutamento às tarefas constantes da liderança. A Deeploy.Me nasceu para suprir essa necessidade — Criar um formato de trabalho junto à empresa em que seja possível mantê-la sempre à frente, fornecendo um pool de UX/UI Designers de diversos níveis em constante seleção. Além disso, desenvolver uma mensagem mais clara para torná-la mais atrativa aos futuros colaboradores. Listo abaixo alguns pontos que podemos ajudar, para colher resultados constantes:
Descritivo melhor
Muitos profissionais desistem de se candidatar a vagas devido a descritivos mal-elaborados. Eles buscam por um detalhamento e uma clareza real do que exatamente estão sendo contratados para fazer, e nisso já medem a maturidade em design da empresa. Ou seja, definir muito bem o perfil requerido é muito importante.
Cultura estabelecida
Ponto crucial que brilha os olhos de candidatos, pois buscam empresas cuja bandeira faça sentido e seja verdadeira. Com a atual demanda de vagas em modo remoto, as pessoas são ainda mais desafiadas a terem a cultura da empresa marcada e bem definida, pois será transmitida em sua postura profissional na ausência da interação física com outros profissionais (e principalmente com clientes).
Processo interno claro
Pouco adianta conseguir velocidade na seleção, se uma vez definido o profissional, o processo da empresa na oficialização da contratação é nebuloso e demorado. Para isso, é necessário estar alinhado com os demais departamentos envolvidos, fornecendo datas reais aos candidatos sobre a decisão final de contratar e os próximos passos do processo.
Formato
Sabendo que empresas adotam formas diferentes de contratar (CLT, PJ), essa informação normalmente incentiva alguns e desencoraja outros. Para que não hajam bloqueios no pós-seleção, esse ponto precisa estar muito claro entre as partes desde a oferta para que não se torne um entrave na expectativa do profissional sobre seu contrato.
Conclusão
A estratégia de UX deve considerar o recrutamento como um de seus pilares, pois ele diz respeito diretamente à produtividade e à saúde do projeto ao longo de sua duração. Alinhe-se com a liderança e tenha um processo constante de avaliação de candidatos, reduzindo riscos oriundos de contratações e/ou substituições feitos às pressas.
Entenda a motivação das empresas ao criarem oportunidades para UX/UI Designers
As empresas e seus projetos
Mudança de cultura
Há alguns anos, antes da popularização e profissionalização da UX, designers visuais em maioria faziam parte dos departamentos de marketing como profissionais de comunicação. Planejavam, criavam e montavam peças visuais dos mais diversos formatos, on e off-line, para que a imagem da empresa estivesse expressa em suas peças de comunicação (desde anúncios, até embalagens). Mas ainda não se pensava friamente na relação dos usuários aos produtos da empresa, nem no impacto que produtos digitais poderiam gerar nos negócios. Design digital era mais um ambiente onde o marketing acontecia.
Como atualmente o Design deve ter um papel muito mais estratégico do que estético, deixou de estar contido somente no marketing da empresa, tornando-se um departamento à parte. Designers digitais agora criam produtos. E essa é a adaptação que as empresas estão tendo que passar, para que esses seus novos produtos/serviços digitais ganhem e mantenham seus clientes — sendo lançados mais rápido, com mais qualidade e gerando menos prejuízos no processo.
O avanço do Digital
Uma vez que projetos digitais são a bola da vez no mundo inteiro, empresas de diversos tamanhos, idades e setores estão se vendo na condição de ficar para trás se não entrarem na famosa Transformação Digital. Precisam ter uma forte presença online para que seus produtos e serviços sejam fáceis de encontrar, estejam disponíveis e tenham uma boa experiência para que criem um relacionamento real com seu público. Logo, ter produtos centrados no usuário é simplesmente primordial, como um dos principais drivers de seu sucesso. Para as empresas que já surfam essa onda, o desafio é manterem-se significativas no mercado, melhorando seus atuais produtos e criando novos.
Tamanho da empresa ≠ nível de Maturidade em Design
Tudo começa no valor que a empresa dá ao Design na prática, o que chamamos de Maturidade em Design. Entende-se que uma empresa madura nesse ponto é aquela que já possui processos internos de Design consolidados, com liderança específica e equipes dedicadas, com a devida relevância e impacto direto nos resultados do negócio. Mas espere — não estamos falando necessariamente de empresas grandes. Temos casos clássicos de empresas menores que ganharam notoriedade rapidamente por já terem nascido com DNA digital, tendo valorizado o Design desde sua concepção.
Momentos que demandam contratações
Para todos os efeitos, essas empresas vão precisar, mais cedo ou mais tarde, contratar profissionais de UX/UI Design de diversos níveis. Logo, existem momentos, necessidades e especificidades diferentes na hora de escolher os profissionais para comporem seu Design Team.
Listo abaixo as mais comuns:
Fundação do Depto. de Design
Para as empresas em início de transformação digital, o ponto de partida é contratar um profissional experiente, confiável, com alta performance, resiliente e que entenda de Design a nível de negócio. Esse profissional funda o departamento e cria seu Design Team, sendo responsável por ele e seus resultados, convencendo constantemente a liderança sobre sua importância e justificativa de investimento.
Criação de um Produto Digital
Quando uma empresa decide criar um produto digital (como o clássico caso da Blue Bottle Coffee), é hora de montar um time para executá-lo, dando a ele acesso a dados da empresa, liberdade para pesquisas, arquivos de marca, e mais, para que esse novo produto traduza a mesma experiência da cultura da marca.
Criação de uma nova feature
Para um produto já existente, que planeja lançar um nova funcionalidade. Apesar de estarem inseridos no mesmo ambiente, o trabalho de pesquisa, ideação, arquitetura e mais, deve ser todo feito por uma nova equipe. Essas ações visam novos clientes, mas também (ou principalmente) a retenção dos atuais que já usam o produto para as finalidades originais.
Redesign
Há demandas em que as empresas precisam de uma revisão de design em seu produto. Nesse caso já existem diversos indicadores de desempenho e resultados da versão atual, que podem conduzir a concepção da nova versão juntamente com todo o trabalho de projeto a ser feito pelos profissionais a serem contratados.
Continuidade de um projeto
Depois de passada a fase inicial e rompida a barreira de aceitação, entende-se que é o momento ideal para aumentar os investimentos nele para que atinja seu máximo potencial e gere os resultados esperados.
Criação de uma nova empresa
São o caso clássico de StartUps, que iniciam suas atividades com o Design como um de seus pilares pois o mindset de ambas é muito similar. Essas empresas nascentes e de alto risco criam produtos digitais disruptivos e inovadores, que em alguns casos trazem impactos a mercados inteiros, como o Uber e o AirBNB.
Como fazemos na Deeploy.Me
Algumas empresas possuem departamentos de RH que não têm expertise no setor, outras não têm tempo hábil para fazer o processo seletivo, outras tem processos internos tão burocráticos que inviabilizam a velocidade necessária para a aquisição do profissional. Por isso, torna-se necessário contratar uma empresa especializada em recrutamento e seleção de profissionais em UX/UI Design como a Deeploy.Me, apresentando condições orientadas a esse setor para que Design Teams sejam montados de forma prática, rápida e com as pessoas certas. Por nossa experiência, criamos um processo simples e funcional:
- Entendemos a fundo a vaga;
- (Re)Criamos um descritivo claro;
- Buscamos somente perfis alinhados à especificidade da vaga;
- Avaliamos rigidamente a metodologia e os processos do profissional, além do design visual;
- Cuidamos do detalhamento de contratação.
Com essa metodologia, temos uma resposta rápida e de qualidade às demandas das empresas, e só fazemos propostas a profissionais que tenham a qualificação requerida para que a oportunidade em questão venha a agregar em sua carreira.
Conclusão
Ao ter interesse em determinada vaga, leve em consideração o momento das empresas e suas reais necessidades, a fim de entender se você é o que estão buscando. UX/UI Designers estão acostumados a olhar apenas o seu lado da mesa de entrevista, sem pensar no processo que levou a ela do outro lado. Independente da motivação da empresa em abrir a oportunidade, quando aceita, dê o seu melhor para que esta atinja seus objetivos, e você garanta sua permanência e o crescimento de sua carreira.
Boa sorte! 🙂
Qual formato de contratação garante estabilidade na carreira de UX/UI Designer?
O princípio do trabalho
Friamente falando, trabalhar nada mais é do que trocar seus talentos, habilidades e experiência por valores monetários. É a troca que todos os que trabalham para empresas fazem, todos os meses e todos os anos de seu período de vida útil no trabalho. Com esse conceito em mente, não importando o tamanho da empresa, do projeto e do time, são utilizadas modalidades de contratação em caráter regulatório para que tanto contratantes quanto contratados tenham claros os direitos e deveres da assinatura desse contrato.
O que profissionais não estão acostumados a ver é a mentalidade das empresas por trás da decisão sobre o formato de contratação. É perfeitamente natural que você esteja pensando em seu benefício: Afinal, todos nós queremos um ambiente acolhedor, gente bacana, projetos promissores e salário digno. Mas como mencionamos no artigo Entrei. Saí. Onde errei?, não esqueça que antes de tudo isso existir, alguém arriscou tudo, teve coragem, ousadia, resiliência e determinação para não apenas abrir um negócio, mas para mantê-lo vivo e operante pelo máximo de tempo possível. Todo esse suor e lágrimas derramadas do empreendedor não são considerados por seus colaboradores, na maioria dos casos. Logo, como qualquer decisão que um empresário e sua liderança deve tomar, o formato de contratação é definido de acordo com as possibilidades da empresa e o perfil de seus projetos, dados todos os benefícios e riscos que cada modalidade traz.
Não vamos entrar no detalhamento contábil dessa questão, fazendo comparações e tirando conclusões de quem é melhor ou pior para sua carreira. Para todos os efeitos, empresas brasileiras praticam 2 formatos tradicionais de contratação — Você precisa conhecer os direitos e deveres desses dois formatos, e definir qual funciona melhor para você. Vamos a eles:
CLT (Consolidação das Leis do Trabalho)
Trata-se da lei trabalhista do Brasil. Nela estão incluídas as normas que regulam as relações de trabalho entre o empregador e os empregados, considerando seus direitos e deveres. Nesse caso, o profissional contratado é remunerado mensalmente e arca com impostos sobre seus serviços, como pessoa física.
PJ (Pessoa Jurídica)
Trata-se da modalidade em que o prestadores são, juridicamente, outras empresas. Dessa forma, não há vínculo empregatício formal entre as partes, estando essas em comum acordo pela compra de serviços prestados a serem pagos pela contratante. Essa modalidade requer que o profissional tenha uma empresa aberta (CNPJ) para que seja tratado com uma empresa, emitindo uma nota fiscal de serviços e arcando com impostos à empresa, sobre esses serviços.
Porque empresas contratam PJ?
Por muitas vezes escutamos que empresas que contratam na modalidade PJ são alguma espécie de vilões, que só querem prejudicar e arrancar os direitos do trabalhador. Nenhuma empresa nasce pensando em escravizar o funcionário; De fato, os direitos do contratado em regime CLT (empresa-pessoa física) são diferentes dos em regime PJ (empresa-empresa). É importante citar que no Brasil é extremamente difícil empreender devido à alta carga tributária — a empresa paga para contratar, tem um custo de funcionário muito maior do que o valor pago a ele e paga ainda mais caro para desligá-lo. Logo, dependendo do planejamento da empresa para o projeto em questão, a PJ torna-se uma alternativa viável em alguns casos. Há dois indicadores principais que definem essa decisão:
O tamanho do projeto
Empresas criam projetos de curta duração, pelos motivos mais variados: Uma ideia precisa ser validada (para posteriormente se tornar algo maior), o projeto realmente tem começo, meio e fim (como uma feature nova de um app), a empresa está crescendo (e ainda se adaptando a esse crescimento), entre outras. Nesses casos, não é interessante para a empresa montar um time fixo pois os encargos gerados no caso da não continuidade do projeto inviabilizam seu próprio budget. Por isso, normalmente esses são os projetos em que os UX/UI Designers são melhor remunerados, e que empresas igualmente buscam profissionais altamente qualificados.
Alta taxa de turnover
É comum que empresas infelizmente não consigam reter seus melhores talentos. Seja por propostas melhores (com o mercado aquecido, os melhores profissionais são assediados diariamente), ou por não encontrarem o culture fit que buscavam, ou por serem mesmo desligados por motivos variados. Nesses casos a empresa arca com prejuízos financeiros enormes, além de toda a problemática de substituir o profissional em tempo hábil para não prejudicar o andamento do projeto.
Mais flexibilidade
Em um ambiente cada vez mais incerto, para o caso de o projeto passar por qualquer eventualidade, a empresa ganha mais flexibilidade para negociar contratos e reduzir jornadas, por exemplo, para conseguir evitar o desligamento do profissional e manter a integridade do projeto.
Em suma, o formato de contratação é uma decisão de negócios baseada em números e em análises de risco, tomada pela empresa para que o projeto seja viável e tão logo veja a luz do dia. Se você não concorda com esse formato, é muito simples: Não aceite a vaga.
O fantasma da estabilidade
O que ouvimos com certa frequência é a palavra estabilidade. “Ser contratado em CLT é sinônimo de estabilidade, enquanto PJ é risco total”. É aí que você se engana — CLT não é certeza alguma de estabilidade. Se fosse, com exceção do funcionalismo público (não aplicável para nosso setor), as pessoas jamais seriam demitidas de seus empregos, durante seus 35 anos úteis de trabalho. Como disse Flávio Augusto, “estabilidade não existe”. Não importa se você é milionário ou pobre, CLT ou PJ, você nunca está em um ambiente totalmente estável.
Vemos UX/UI Designers contratados em regime CLT, que em menos de 3 meses são desligados; enquanto vemos outros contratados em regime PJ tendo seus contratos renovados constantemente. Logo, em nossa experiência, é possível afirmar com certeza que a tão sonhada estabilidade só existe de verdade se for ditada pela sua performance profissional. Se você trabalha eticamente, respeita as pessoas hierarquicamente superiores e inferiores a você, interage bem, entende seu papel e o cumpre com maestria, é engajado(a) com a comunidade e está sempre evoluindo, sua carreira certamente terá muito menos oscilações.
É muito fácil profissionais culparem a situação do Brasil, a empresa, a falibilidade do time ou até mesmo sua liderança, quando na verdade, seus entregáveis é que são questionáveis. Sua estabilidade está diretamente atrelada à sua entrega, e não ao seu regime contratual — seus resultados são o principal indicador da constância da sua carreira.
Empresas buscam profissionais com esse mindset. Se tomarmos por exemplo a postura de empresas com relação ao impacto do COVID-19, foram inúmeros casos em que fortemente recomendaram seus melhores profissionais, enquanto lamentavam ter que perdê-los. Isso prova que mesmo as empresas realmente precisando desligá-los, fizeram o possível para os ajudar a se colocarem novamente no mercado, em respeito à sua postura profissional.
Conclusão
Nenhum formato de contratação garante estabilidade em sua carreira. Um pode trazer mais benefícios, outro mais dinheiro; mas no final do dia, sua performance é que vai ditar a quantidade e a intensidade de oscilações em sua jornada na maravilhosa carreira de UX/UI Designer.
Qual desses é melhor para sua carreira?
Designers Generalistas X Especialistas
Vamos tomar por exemplo os médicos. Em sua época de academia, os jovens doutores aprendem como funciona o corpo humano, entendendo de forma geral cada ponto de nosso complexo organismo. Ao graduarem-se, estão tecnicamente aptos a iniciar suas atividades profissionais como Clínicos Gerais, o que é suficiente na maioria dos casos e muitos permanecem nessa atividade ao longo de sua carreira. Mas alguns deles optam por se aprofundar em determinadas áreas da medicina, tornando-se especialistas (como Cardiologistas, Pediatras, Ortopedistas, etc.). Logo, quando em certas situações faltar determinada informação ou experiência aos Clínicos Gerais, estes encaminharão o paciente a um especialista.
Em nosso universo de Design, não é diferente. Designers, especialmente os que atuam há mais tempo, foram treinados para conhecer todas as diferentes vertentes do design. Alguns permanecem nesse ponto e criam suas carreiras como generalistas. Outros, preferem se aprofundar mais em determinadas áreas, tornando-se especialistas. A questão que se coloca é: ao precisar de uma determinada tarefa, em qual desses profissionais você confiaria? Ao solicitar um generalista, você sabe que mesmo que ele faça o melhor que pode, sua entrega é satisfatória mas limitada. Mas ao solicitar um especialista, tenha a certeza de esse será mais profundo e certeiro.
Nesse aspecto, temos que definir um separador entre designers de outras disciplinas e UX/UI Designers. Regularmente, recebemos materiais de designers dos mais diversos tipos, como Diretores de Arte, Designers Gráficos, Designers 3D, Motion Designers, e mais. Esses profissionais, muitas vezes altamente qualificados e experientes, apresentam uma simples questão: Não são UX/UI Designers. Logo, entenda que UX/UI Design é em si uma especialização dentro do Design, voltada para criação de produtos digitais.
Conforme falamos no artigo Como aplicar a uma vaga, sua experiência anterior nas disciplinas do Design citadas acima podem te favorecer em certos pontos e agregar a seus entregáveis, mas não te dão a bagagem, práticas, metodologias e mentalidades específicas de UX/UI Design. Ninguém vai diretamente de Diretor de Arte Sênior a UX/UI Designer sênior. No momento em que você decide migrar para UX/UI e especializar-se nessa disciplina do Design, é somente a experiência à partir desse momento que conta como real para sua carreira de UX/UI Designer.
Fazendo uma breve comparação:
Designers Generalistas
São os designers que fazem de tudo, acostumados com o dia-a-dia intenso de entrega de peças visuais de diversos tipos. Diante da necessidade de aprender algo novo para atender demandas, eles desenvolvem-se suficientemente para cada entrega, podendo fazer tudo isso sozinhos e ao mesmo tempo. Logo, em maioria tornam-se freelancers pois atendem diversos tipos de clientes e projetos. Mas como nosso ponto sempre são oportunidades em empresas, infelizmente:
-
- São menos valorizados;
- Estão constantemente sobrecarregados de trabalho;
- Sua influência nos resultados do projeto e da empresa é baixa;
- Não contribuem ao crescimento do setor.
UX/UI Designers (especialistas)
São os designers que atuam especificamente com UX/UI Design. Mesmo tendo escolhido essa disciplina e se aprofundado em sua especialidade, devido à sua bagagem anterior, ainda são capazes de performar bem outras tarefas quando necessário. Dentro das empresas:
-
- São mais valorizados;
- São mais organizados, pois definem melhor rotinas de trabalho;
- Influenciam diretamente o resultado do projeto e da empresa;
- Fazem descobertas que levam o setor adiante.
Especializando-se em UX/UI Design
Uma vez que você busca desenvolvimento e se insere no universo de UX/UI Design, torna-se um profissional júnior. Mas não se iluda pela nomenclatura: Conforme falamos no artigo Como aplicar a uma vaga, um UX/UI Designer júnior sabe executar todas as tarefas satisfatoriamente, entendendo das ferramentas e metodologias para ter um entregável. Ou seja, para o mercado, mesmo que você seja um designer experiente em outras disciplinas e possa usar essa experiência, especificamente em UX/UI Design, você está começando.
Nesse ponto, há ainda uma grande crescente de profissionais provenientes de outras áreas não relacionadas ao design, como Psicologia, Redação e Tecnologia. Igualmente, ao ingressarem em UX/UI Design, mesmo que sua bagagem anterior seja agregadora, estarão começando.
A boa notícia é que vagas são únicas, para demandas específicas, em empresas com mindset próprio. Isso faz com que hajam oportunidades em que seja mais pertinente contratar pessoas com mais background em Psicologia, do que pessoas altamente qualificadas em visual design. Ficará a critério do perfil da vaga e do avaliador em definir seu fit com a oportunidade em questão, e em alguns casos, relevando a maturidade em UX/UI do candidato devido a determinada skill. Em vias práticas, há oportunidades em empresas de diferentes perfis para seu momento na carreira. Resumo abaixo:
Baixa Maturidade em Design
Normalmente empresas pequenas. Requerem profissionais que atuem de forma completa, por não terem total entendimento sobre a real função de um UX/UI Designer, ou mesmo budgets bem menores. Além disso, é claro, precisam que o profissional seja versátil suficientemente para contribuir em tudo o que for necessário no quesito visual e estratégico.
Média Maturidade em Design
Empresas de médio porte, startups, ou mesmo grandes empresas em processo de transformação digital. Essas já possuem liderança de design e profissionais mais qualificados e especialistas para esse processo, com times enxutos. São o lugar ideal para você ajudar na implantação do mindset de UX, merecendo um lugar na mesa dos stakeholders com a paciência e tempo necessários, ajudando-os em sua transformação digital na direção de produtos centrados no usuário.
Alta Maturidade em Design
Empresas maiores que já tem processos e metodologias implementadas, com produtos digitais consolidados e times de design experientes que estão condicionados a lidar com a cultura da empresa na criação de novos produtos ou melhoria dos atuais. Esses, por sua vez, são mais robustos pois envolvem muito mais pessoas, tecnologias, processos internos e investimentos, e por isso, há espaço e budget para profissionais altamente qualificados e especialistas.
O profissional “na forma T”
Já atuando como UX/UI Designer há algum tempo e tendo conhecido o processo de ponta-a-ponta, você notará que há um aprofundamento ainda maior nessa disciplina, como UX Writing e UX Research. Para alcançar essa “especificação da especificação”, será necessário que você se auto-avalie considerando todo o seu background anterior com o seu momento atual, definindo os pontos mais fortes ou o que você realmente ama fazer.
Para isso, foi criada uma terminologia / representação visual conhecida como T-Shape (“na forma T”, em tradução livre), que ilustra o profissional apto a atuar em todas áreas do Product Design, mas que em uma delas é mais profundo. Esse profissional agrega a times com mais qualidade e traz mais valor ao projeto, já que nunca estará totalmente desinformado sobre determinada tarefa (para que atrapalhe seu time) e sempre está melhor informado em sua expertise do que seus colegas (para que sua entrega individual seja mais completa).
Veja no exemplo abaixo uma explicação visual sobre esse conceito. É possível adicionar muito mais disciplinas do universo de UX/UI Design, mas vamos nos ater às mais comuns em profissionais avaliados. Cada uma dessas tem seu próprio aprofundamento.
Atente para o fato de que, uma vez que você é especializado em uma delas mas conhece todas, seu alinhamento com o time será muito mais prático e eficaz pois vocês entendem, em algum nível, das mesmas habilidades. Em sua especialidade, você terá mais voz; da mesma forma, os outros integrantes do time em suas próprias especialidades. Veja abaixo:
Conclusão
Se você é atualmente um designer “multitask” e deseja atuar como UX/UI Designer, esse processo não é simples e muito menos automático. Para especialize-se nessa disciplina, será necessário que você mergulhe de cabeça: estude, desenvolva outras habilidades, ouça pessoas, entenda processos e passe a valorizar dados, negócios e resultados — para então compreender a enorme diferença de mindset. Se está em busca de formação, recomendamos o BootCamp MID (Master Interface Design) da Aela.io.
UX/UI Designers são mais procurados atualmente e melhor remunerados, pois são especialistas. No final das contas, o caminho da especialização é o mais propício a lhe render melhores resultados na construção de sua carreira no longo prazo, possibilitando o crescimento em sua especialidade, reputação e valor de mercado.