O UX Design está crescendo e com o objetivo de atender a demanda dos consumidores que estão cada vez mais exigentes e conectados, novas tendências estão surgindo e algumas delas prometem bombar em 2021. Continue lendo e acompanhe as principais!

 

UX Design: o que é?

Muito se tem falado sobre UX Design e a necessidade de priorizar a experiência do usuário, mas afinal, o que esses conceitos querem dizer? 

UX — User Experience (Experiência do Usuário) é responsável por projetar experiências de uso encantadoras para fidelizar e conquistar clientes.

Com esse objetivo, os designers de UX estudam o comportamento humano e os produtos e serviços oferecidos para encontrar formas de melhorar a satisfação e a lealdade dos clientes.

Normalmente, esse objetivo é alcançado por meio de três pilares:

  • Utilidade: o quão útil é o serviço para o cliente e o quanto é melhor fazer as coisas usando o serviço e não utilizando alguma outra alternativa;
  • Facilidade de uso: o quão fácil e rápido é usar o serviço e resolver o que for preciso usando ele e não utilizando alguma outra alternativa;
  • Prazer: o quão prazeroso (divertido, interessante, recompensador, etc.) é usar o serviço e não outras alternativas.

As tendências de UX que vamos ver a seguir nos comprovam que existe um universo imenso a ser desbravado pelos UX Designers que querem oferecer novas experiências ao usuário em 2021. Confira:

 

1. Inteligência Artificial

Nós já percebemos que se tornou mais comum o uso de interfaces otimizadas para UX, elementos de IA e Machine Learning. Nas tendências de UX, esses recursos serão usados para oferecer uma experiência cada vez mais personalizada para os clientes.

Por meio da Inteligência Artificial, é possível oferecer um atendimento personalizado ao cliente, como compreender a jornada de navegação dele e futuramente oferecer um produto ou serviço baseado nesse histórico de navegação, captado pela IA.

 

2. RV e RA

Realidade Virtual e Realidade Aumentada são soluções que foram usadas em 2020, mas que podem ser ainda mais exploradas em 2021. A exemplo do 3D imersivo, ambas as tecnologias possibilitam que o usuário tenha uma experiência realista, projetando objetos ao seu redor, como no caso do aplicativo da Tok & Stok que permite que o cliente experimente móveis, virtualmente, nos cômodos de sua residência.

 

3. Comando por voz

O comando de voz é uma das tendências de UX mais fortes para os próximos anos. Dados revelam que, em 2021, pelo menos metade de todas as pesquisas no Google devem ser feitas por comando de voz.

Para colocar em prática o comando de voz nos seus projetos, é recomendável verificar como esse recurso pode interagir com seu produto ou serviço digital. 

A integração se torna mais eficiente se você usar comandos predefinidos e a experiência de UX será melhor. Em primeiro lugar, você pode começar criando uma marca para seu comando de voz, isso personaliza o atendimento. Diversas empresas têm um personagem para simbolizar a marca.

 

4. Elementos 3D imersivos

Essa tendência do UX design proporciona ao usuário interagir de forma  mais real e imersiva com o conteúdo da página, porém ela requer uma plataforma de alto desempenho que permita rodar as soluções em 3D sem travar ou inviabilizar a interação do consumidor.

 

5. Ilustrações animadas

Muitos aplicativos atuais trabalham com ilustrações animadas e a tendência é que elas sejam cada vez mais comuns no design de onboardings. 

Só para reforçarmos essa tendência de design, as ilustrações animadas são conteúdos que funcionam muito bem com usuários que não interagem com outras informações. Sendo assim, a mensagem chega de maneira rápida para todos os públicos, conforme seus perfis e interesses. Este deve ser um ponto de atenção para o time de design UX.

 

6. Mobile First

Essa tendência sugere pensar e planejar as interações principalmente para dispositivos móveis, como smartphones e tablets. E isso se dá pelo aumento no consumo nesse tipo de dispositivo em detrimento do consumo de notebooks e computadores de mesa. 

Ou seja, ter um site responsivo nos dias de hoje e nos dias futuros é um pré-requisito para promover uma boa UX.

 

7. Micro interações

Uma das tendências de UX são as micro interações, que proporcionam uma experiência muito real para o usuário. Para trabalhar com esta tecnologia, o ideal é criar diversos elementos no menu do usuário como dicas visuais, telas iniciais, guias, ícones e botões que possuam movimento, por exemplo.

 

8. Qualidades nas imagens

Tanto em fotos, como no uso de cores, texturas e grafismos, o UX Design promete proporcionar uma experiência estética ainda mais impactante para os usuários. 

Então, usar imagens de alta qualidade, com uma textura quase tátil e ainda com recursos gráficos que se mesclem a fotografias reais, são possibilidades dentro da estética de um site que queira adotar o UX design em sua construção.

 

9. Minimalismo

O minimalismo é essencial para não tirar o foco do nosso objetivo, evitando que o cliente tenha uma experiência cansativa.

Para otimizar a jornada do usuário, a recomendação é usar ferramentas que otimizem o tempo das pessoas e tornem os aplicativos e produtos digitais mais rápidos e certeiros, com o uso de recursos contextualizados e sistemas padronizados que se adaptem ao usuário.

 

10. Login sem senha

São tantas senhas e regras de segurança para cada plataforma que isso se torna um problema. Os usuários perdem e misturam as senhas e, no fim, deixam de acessar o produto ou serviço digital pela burocracia de recuperá-las. 

Se você quer inovar e atrair mais usuários através das principais tendências de UX, troque as senhas que exigem números, letras e caracteres especiais por PIN, reconhecimento facial ou impressão digital, por exemplo.

A origem e como UX/UI Designers vêem processos seletivos mais profundos

A origem dos testes

Quando o assunto é contratação, entende-se que existem duas partes em busca de um equilíbrio: Uma empresa buscando alguém para suprir uma necessidade, e um profissional qualificado para ela. Em vias práticas, mediante a oferta recebida por diversos candidatos, a empresa os avalia, escolhe o que se mostra com melhor fit nos aspectos mais relevantes, e então contrata. Bingo! Mas na realidade nem tudo são flores, conforme nosso artigo Contratantes X Contratados: Alinhando expectativas.

Como recrutadores, já fomos abordados por diversas empresas escaldadas por terem sido ludibriadas por candidatos “impostores” que foram muito bem no processo seletivo, mas quando finalmente começaram a trabalhar, mostraram que não estavam realmente qualificados. Em alguns casos o problema nem tanto foi a técnica, mas sim comportamental, de forma que a postura do profissional trouxe problemas à equipe já existente. Nesses casos, empresas amargam um enorme prejuízo de tempo, dinheiro e planejamento, tendo que recomeçar o processo seletivo do zero. Vendo esse problema acontecer com certa frequência, é fato que o formato original da seleção precisou de uma reanálise, já que apenas acreditar no discurso não era suficiente — era necessário comprovar. É aqui que o teste entra: A empresa conclui que é melhor investir na melhoria do processo de seleção do que na repetida (e custosa) tentativa e erro de contratação, adicionando uma prova prática. Geralmente, estes são os indicadores a serem avaliados na aplicação do teste:

  • A comprovação das skills técnicas alegadas;
  • A gestão de tempo;
  • A forma de raciocínio e geração de soluções;
  • O fundamento nas defesas de design;
  • A capacidade de comunicação e explicação de ideias;
  • A responsabilidade e a aceitação de críticas;
  • O interesse na implementação para colher resultados.

Com isso em mente, listo abaixo alguns exemplos de situações que empresas implementam testes práticos em seus processos seletivos para UX/UI Designers:

Cargos de liderança

Para vagas onde o candidato assumirá uma posição de liderança, é perfeitamente normal que o processo seletivo seja mais exigente e aprofundado pois tal pessoa lidará com pessoas que já são parte do time e estão condicionadas ao ambiente. O teste irá clarificar pontos como visão estratégica, velocidade de tomada de decisão, experiência prática em situações de conflito e limitações internas junto a stakeholders.

Skills específicas

Há casos em que a vaga exige que o candidato tenha conhecimento e experiência muito específicas, como por exemplo um UX Writer de URA e ChatBots. O teste poderá mostrar que realmente o candidato estaria preparado para situações mais delicadas, como o uso de termos de ordem inclusiva, social e jurídica. Por mais que o UX Writer apresente cases concisos e variados em seu portfolio, cada empresa vê esses pontos de uma forma de acordo com sua cultura, posicionamento estratégico e público-alvo.

Não ter tanta pressa

Em casos onde a vaga é muito planejada e envolve diversos avaliadores, empresas preferem contratar bem do que contratar rápido. Por isso, criam processos de avaliação que passam por muitas camadas, colhendo opiniões, recomendações e análises de vários departamentos em conjunto para obterem o perfil mais adequado.

O “dark side” da seleção com testes

A forma como candidatos vêem o processo seletivo de uma empresa reflete diretamente na qualidade e velocidade de suas contratações. Em alguns casos, os processos seletivos com testes chegam a ser tão extensos e cansativos, que acabam por afastar os melhores talentos ou perdê-los pelo caminho. Listo abaixo algumas situações que geram esse tipo de problema:

Processo muito complexo e demorado

Naturalmente, preocupadas com o risco de contratar mal, empresas tendem a criar processos muito complexos e longos. Por exemplo, a existência de etapas psicológicas (média de 1 semana), entrevistas com pessoas de departamentos diferentes (média de mais 1 semana) e a própria aplicação do teste (média de 3 semanas entre briefing, tempo de produção, avaliação da liderança e feedback) chegam a estender esses processos para quase 2 meses. Com isso, como a busca por profissionais está muito aquecida, existe uma enorme chance de os candidatos serem abordados e possivelmente contratados por outras empresas durante esse período, por terem processos mais ágeis e mais atraentes.

Desafios exagerados

Em empresas com menor maturidade em Design, certos desafios tendem a ser muito exagerados, sem sentido e até inviáveis de se executar. É impossível que o candidato tenha tempo hábil de conduzir um bom processo de UX/UI Design no produto inteiro da empresa em 1 semana de prazo, considerando que a própria equipe interna demorou meses para entregar. Logo, o teor do teste deve ser simples, como a solução de um problema específico ou a melhoria de uma feature já existente.

Régua muito alta

Exigir demais do nível de maturidade e experiência do candidato pode ser um problema pra encontrar a pessoa mais adequada. Idealmente, a empresa pode ser mais flexível com as propostas de valor que recebem de candidatos, sendo que na medida do possível, adequem sua necessidade às melhores ofertas para que a contratação aconteça mais rápido.

Oferta de trabalho pouco interessante

Esse ponto envolve a criação da vaga em si. Mediante o aquecimento do mercado, empresas têm de lidar com profissionais que certamente estão sendo abordados por outras empresas a todo momento, com propostas iguais ou melhores. Logo, é importante que a empresa esteja antenada na oferta de seus concorrentes, e mais do que isso, que invista tempo e qualidade na criação da vaga com descritivos melhor elaborados que esclareçam sua maturidade em design, o quão interessante e motivadora é cultura da empresa, o tamanho do desafio e suas expectativas, entre outros.

Medo de estarem sendo “usados”

Conversando com muitos UX/UI Designers que já passaram por processos seletivos complexos, levantamos relatos de que empresas deram sinais claros de que o teste se tratava de uma estratégia interna: Ao se deparar com um problema sem solução, abrem uma oportunidade de vaga com a finalidade de captação de novas ideias. Profissionais contam que lidaram com uma dor real da empresa no teste, foram reprovados sem justificativa, e pouco tempo depois, a empresa lançou essa nova feature em seu produto sem ter oficialmente contratado ninguém. Situações como essa, sem dúvida, geram muito desconforto e desinteresse por parte dos candidatos.

Força, UX/UI Designers

Apesar de todos os pontos citados acima, existem ganhos a um UX/UI Designer que passa por um processo seletivo com testes práticos, a saber:

Chance maior de fit

Quando um UX/UI Designer é contratado e rapidamente desligado de uma empresa, ele também amarga a perda de tempo em sua carreira. Ao participar de um teste, suas chances em solidificar a relação com a empresa aumentam bastante, pois esta terá a comprovação do seu potencial e estará com as expectativas alinhadas — e o profissional já terá uma ideia de como será seu trabalho no dia-a-dia.

Interagir com o futuro líder

Como os testes são aplicados por pessoas tecnicamente qualificadas para avaliar, o UX/UI Designer já terá a oportunidade de conhecer e interagir com a pessoa a quem irá lidar diretamente quando for contratado. Em alguns casos, mais de um avaliador participa do processo, o que também é muito interessante para o seu network. Como o mercado ainda não é tão grande, seu nome ganha atenção, e dependendo de seu desempenho, mesmo que seja vencido por outro candidato, permanece na mesa para próximas oportunidades.

Ganhar mais experiência

Cada projeto, por menor que seja, sempre traz um aprendizado. Mesmo que o teste seja trabalhoso, o deadline apertado e exista o risco de fazê-lo e não ser contratado, o profissional terá a chance de participar de um novo desafio em que talvez ainda não tenha tido experiência.

Conclusão

Testes em processos seletivos são muito benéficos para a assertividade da contratação, desde que não sejam desmotivadores para os candidatos. Deve sempre haver clareza, transparência e fundamento a quem cria o teste, e o comprometimento, motivação e real interesse a quem o aceita.

Porquê esse formato de contratação é agregador em tempos incertos

O gap da contratação

Quando se fala em contratação, automaticamente se pensa em dois fatores principais: O alto valor agregado e a dificuldade de encontrar a pessoa certa. Essa dupla assombra todo líder, e especificamente no mercado de Product Design, sabe-se que esse tipo de profissional custa caro e é difícil de achar. Em adição, enfrentamos hoje uma esmagadora sensação de instabilidade ao ver o mercado oscilar tanto, moedas internacionais subindo e a condição forçada de adaptar o negócio ao formato remoto. Logo, o fato de empresas terem que rever seus contratos para encontrar gaps de redução de custo levanta uma problemática: A forma como seus times foram montados pode ter sido altamente custosa e com muito pouca flexibilidade.

Em vias práticas, veja abaixo as etapas que toda empresa passa no processo de contratação e seus respectivos períodos médios (desde a definição da necessidade do profissional até este estar altamente produtivo e gerando resultados):

  1. Criação e divulgação da vaga — 2 semanas
  2. Busca — Média de 1 mês
  3. Seleção — Média de 1 mês
  4. Contratação — Média de 2 semanas
  5. Onboarding — Média de 2 semanas
  6. Treinamento e Integração — Média de 2 meses
  7. Produtividade efetiva—total de aproximadamente 6 meses

Estamos então falando de quase metade de um ano para que o novo membro da equipe esteja totalmente adaptado e operante. Desse dia em diante, começa um período de tensão: Se por qualquer motivo esse profissional for desligado (não importando se a iniciativa veio dele ou da empresa), inicia-se novamente todo esse processo. Imagine então o custo agregado de cada processo desses, o stress, a sensação de perda de tempo, e ainda, o prejuízo na produtividade da equipe e no andamento do produto. Como sabemos que contratação deve ser parte significativa da estratégia de UX, não se trata de um problema pontual, mas sim de um desafio constante para toda empresa com produtos digitais.

Hello, Outsourcing

Como o processo mencionado acima independe de formatos de contratação, o objetivo é descobrir e analisar outras alternativas para a aquisição de um profissional para que tais etapas sejam mais curtas, menos custosas e com menor risco. Para isso, a modalidade de contratação denominada Outsourcing se mostra muito viável. Por definição, ela consiste na compra de serviços por terceiros. Explico:

Conforme falamos no artigo “CLT vs. PJ”, no formato CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) há a inclusão das normas que regulam as relações de trabalho entre o empregador e os empregados, considerando seus direitos e deveres. Nesse caso, o profissional contratado é remunerado mensalmente e arca com impostos sobre seus serviços, como pessoa física; enquanto no formato PJ (Pessoa Jurídica) prestadores são, juridicamente, outras empresas. Dessa forma, não há vínculo empregatício formal entre as partes, estando essas em comum acordo pela compra de serviços da contratada a serem pagos pela contratante. Essa modalidade requer que o profissional tenha uma empresa aberta (CNPJ) para que seja tratado com uma empresa, emitindo uma nota fiscal e arcando com impostos sobre esses serviços. Por se tratar de uma relação empresa/empresa, um contrato é gerado oficializando a compra e a entrega dos serviços a serem prestados. Tais contratos são gerados por tempo definido, geralmente de curto e médio prazo — Mas podendo, obviamente, ser renovados.

Em vias práticas, o formato CLT é mais lento para iniciar, pode chegar a custar 2.5x o valor do salário durante a estadia do profissional e é altamente custoso para encerrar; enquanto o formato PJ é mais rápido para iniciar, pode chegar a custar 1.7x o salário e envolve bem menos custos no desligamento. Leia nosso artigo “Porque Outsourcing viabiliza UX/UI Design Teams” para um aprofundamento maior sobre essas vantagens.

É importante mencionar que essa alternativa nem sempre é imposta pelas empresas: Diversos profissionais preferem esse formato e buscam vagas com essa característica. Mesmo assim, antes da assinatura do contrato, as duas partes devem estar plenamente cientes de seus direitos e deveres, para que não hajam pontos de discordância que podem gerar desconforto posterior.

Como usar Outsourcing a seu favor

Em processos de contratação, o desafio é usar tempo e dinheiro de forma estratégica em favor do negócio. Enquanto as diretorias pedem para reduzir a equipe, líderes de Design sabem que precisam mesmo é de mais gente. Como balancear essa equação? Veja abaixo alguns fatores em que o Outsourcing possibilita decisões mais acertadas:

Contratação rápida

Como o UX/UI Designer a prestar serviços é juridicamente uma empresa, mediante a assinatura do contrato de prestação de serviços, o início das atividades é imediato. No caso de trabalho remoto é ainda mais prático, e a empresa pode optar por suprir as necessidades básicas para condições de trabalho (como computador, conexão, etc.) do profissional terceirizado.

Desligamento com baixo ou nenhum custo

Como normalmente os contratos são para períodos de curto ou médio prazo (3 a 6 meses), é difícil que haja uma rescisão. Mesmo que aconteça por algum motivo de força maior, se não houverem penalizações previstas, pode ser feita sem custos adicionais. Logo, tributos de desligamento são evitados.

Flexibilidade para renegociação

Em momentos de extrema necessidade de contenção de custos, contratos de Outsourcing podem ser revistos e adaptados para evitar o rompimento. Definir uma quantidade inferior de horas de disponibilidade, reduzir tarefas ou mesmo criar intervalos por tempo determinado são alguns exemplos dessa flexibilidade.

Experimentação mais segura

Caso empresa queira mesmo contratar CLT, é possível fazer uso de Outsourcing para criar testes de contratação por períodos ou por tarefas. Com isso, o profissional presta serviços remunerados normalmente, sendo avaliado em diversos pontos como produtividade, integração com a equipe e absorção da cultura da empresa, garantindo que esta esteja segura de efetivamente o contratar para seu quadro de funcionários fixos no momento oportuno.

Obrigatoriedades reduzidas

O fato de o profissional ser um prestador externo isenta a empresa de tratá-lo como um funcionário no regime CLT. Mas não por isso, diversas empresas optam por fornecer benefícios específicos conforme sua cultura interna e por iniciativa própria, com a finalidade de retenção de profissionais.

Não haver contrato com o profissional

Na parceria com recrutadores especializados como na Deeploy.Me, não há contrato direto com o profissional. Nesse caso, a empresa contratante estabelece um contrato com a consultoria, e esta é quem retém a responsabilidade sobre o profissional — cuidando de toda a burocracia da contratação, prestação de serviços e pagamentos, restando à contratante simplesmente gerir a produtividade do UX/UI Designer.

Contratar mais, devido à retenção de custos

Enquanto se gasta 1X para contratar e manter um profissional na forma tradicional, pode-se gastar 1/2X com Outsourcing e usar essa diferença para trazer mais uma pessoa. Design Teams podem ser montados completamente com Outsourcing, inclusive variando níveis de maturidade e especialidades como UX Writing e UX Research.

Mas e eu, que sou UX/UI Designer?

Se você está pensando que essa modalidade é de alguma forma nociva para sua carreira e planejamento profissional, leve em consideração o mito da estabilidade: Pessoas tendem a achar que CLT representa segurança, enquanto PJ representa risco. Mas temos visto que para empresas reduzirem seus times, não há muito critério; E que existem muitos UX/UI Designers contratados em regime CLT que em menos de 3 meses são desligados, enquanto outros contratados em regime PJ têm seus contratos renovados constantemente. Isso mostra que o principal fator para garantir sua estabilidade é a própria qualidade de seu trabalho e postura profissional. Veja abaixo alguns dos benefícios de ser contratado por períodos mais curtos e ser considerado um prestador externo:

Múltiplos projetos

Com um bom trabalho de gestão de tempo e de pessoas, é possível que você atue em mais de um projeto, para clientes variados, ao mesmo tempo. Esse fator não só aumenta seus ganhos, como também constrói seu posicionamento como consultor de Design, carreira escolhida por muitos profissionais de nível sênior e/ou especialistas.

Conhecer diversos setores

Se em um ano de trabalho você atuar em 3 projetos (média de 4 meses por contrato), sua experiência em diversos setores aumenta mais rápido. Um funcionário que fica 2 anos ou mais em uma só empresa está condicionado a conhecer somente esse setor por todo esse período — com excessão de UX/UI Designers que atuam em projetos digitais de grandes agências de publicidade, atuando em campanhas variadas.

Mais network e mais portfolio

Com a variedade de projetos e equipes de design em espaço de tempo menor, automaticamente seu network aumentará de forma significativa. Além disso, seu portfolio ganhará mais projetos mais rápido e com mais variedade, bastando que você mantenha a consistência e a qualidade da apresentação dos cases.

Conclusão

Em tempos de extrema incerteza, Outsourcing viabiliza que seus produtos não parem. Com pessoas qualificadas, economize tempo e dinheiro para garantir que não haja impacto negativo no planejamento e cumprimento de metas de sua empresa.

Como UX/UI Designers podem definir e evidenciar seus diferenciais únicos

O que te torna único(a)?

Seguindo o raciocínio dos professores de universidade: Todos buscamos instituições de ensino para expandirmos nossos conhecimentos e efetivamente aprendermos a fazer alguma coisa da qual já tenhamos alguma inclinação. Passamos alguns anos enfurnados em livros, longas aulas e experimentos, aprendendo ao máximo com a chance de errar sem gerar prejuízos para nós mesmos e para clientes. Ao final do curso, os alunos estão igualmente treinados para o mundo real, pois receberam o mesmo volume de aulas, das mesmas pessoas. Daqui em diante, outros fatores começam a fazer toda a diferença: Alguns alunos absorvem e retém mais conhecimento, outros nem tanto; alguns vão buscar emprego, outros vão empreender; alguns avançam como generalistas, outros imediatamente se aprofundam em uma determinada disciplina. Começa então, uma “disputa” entre profissionais com a mesma qualificação técnica mas com diferenciais humanos que muito dizem sobre seu perfil — e consequentemente fazem toda a diferença ao que as empresas estão buscando para seus times de Design.

O valor de sua cultura

Existe um fator de extrema relevância que deve ser levantado: Sua cultura. Onde você nasceu e como foi sua criação, a relação com sua família e amigos, do que gosta e do que não gosta, o quê e quem te inspira, seus hábitos e hobbies, experiências positivas e negativas, o que escolheu como profissão, onde e no quê já trabalhou, lugares que frequenta, livros e filmes que consome, e muito mais. A somatória de todos esses fatores constrói quem você é hoje, e esse conjunto todo tem influência direta na forma como você se comporta no trabalho. Suas relações interpessoais são geradas à partir dessa cultura, que juntamente com suas habilidades humanas (que chamamos de soft skills) adquiridas, formam um UX/UI Designer que pode ter um valor inestimável, se posicionado da forma correta: Afinal, empresas contratam pessoas e não robôs. Como você irá passar a maior parte do tempo útil de seu dia trabalhando, elas se preocupam em como você irá gerenciar sua cultura e soft skills em um ambiente com diversas outras pessoas, cada uma com seu respectivo perfil.

O que empresas querem “comprar”

Em linhas extremamente diretas: empresas compram seu tempo, conhecimento e experiência. Você é recompensado financeiramente por dedicar esses três fatores todos os meses, em favor de um negócio e seus produtos. Desses três fatores, note que um deles é o que você foi treinado; os demais são ativos que dependem muito mais do seu desempenho humano. A forma como você administra seu tempo (equilíbrio de produzir bem e rápido) e como faz uso de bagagem anterior (como você minimiza erros, conduz processos e lida com outras pessoas) são os fatores mais relevantes para que uma empresa escolha você. Como esses fatores sofrem influência direta de sua cultura, é então seu trabalho canalizar todo esse montante e criar um perfil profissional que evidencie e valorize seus pontos fortes.

Produtifique-se

Como somos muito diferentes uns dos outros, o que você precisa definir como importante para criar um produto de si mesmo(a)? Nesse cenário, entenda que você é o produto e empresas são o consumidor: Elas estão ávidas em adquirir algo que seja útil, que traga benefícios, que supra bem uma necessidade e que não traga problemas. Então o seu desafio é passar essa ideia claramente, criando uma versão sua que seja atraente, interessante e convincente de que você é a melhor opção de aquisição — e não apenas isso, mas que esclareça os pontos que fazem de você único(a), te diferenciando de outros UX/UI Designers. Conforme falamos no artigo Concluí o Bootcamp de UX/UI Design! E agora?, para isso, recomendamos 4 passos:

1. Liste suas competências adquiridas

Há quem diga que se pegássemos uma folha de papel e começássemos a escrever tudo o que sabemos fazer, ficaríamos surpresos. Você só terá noção se pegar esses pensamentos e convertê-los em palavras escritas. Independente de sua procedência e experiência anterior, você já aprendeu muito ao longo de sua vida até agora.

2. Conecte-as a UX/UI Design

Crie conexões dessas competências adquiridas às necessidades das empresas e aptidões de um UX/UI Designer. Alguns exemplos: se você vem de Marketing, suas habilidades visuais e de relacionamento com marcas podem agregar a UI e UX Writing. Se você vem da engenharia, suas habilidades com números e da funcionalidade das coisas pode agregar à pesquisa e à sua visão do produto final. Se você tem muita experiência internacional, o conhecimento de outras culturas pode ajudar a identificar pontos sensíveis de termos e simbologias que passariam despercebidos (para o caso de produtos multinacionais), entre outros. À partir dessas informações, elabore um texto curto e direto sobre quem você é, especificando cada ponto de conexão, para que essa introdução resuma sua carreira e mostre o porquê de você ser uma peça importante em um Design Team.

3. Prepare seu Portfolio e perfil no LinkedIn

É certo que a avaliadores e recrutadores sempre recorrem com essa dupla. Segundo nosso artigo LinkedIn + Portfolio: Encontrando o ponto de equilíbrio, a expectativa deles é encontrar no LinkedIn um detalhamento completo sobre sua qualificação e trajetória profissional, e no Portfolio, a demonstração de sua capacidade técnica e experiência. Esse equilíbrio precisa existir, e trabalhar a seu favor: “No LinkedIn você alega, no Portfolio você prova.”

4. Conte sobre sua cultura

Como recrutadores, vemos muito frequentemente UX/UI Designers seguindo o padrão mais simples de apresentação profissional em suas páginas de portfolio: Uma breve introdução, um grid de projetos e seus principais links no rodapé. Esse pack é funcional, pois entrega a informação que o usuário quer consumir de forma muito objetiva. Fato. Mas…

O que infelizmente não vemos com muita frequência é uma página de “sobre mim”, e menos ainda, uma que realmente desperte interesse.

Como a prioridade é entregar a informação principal, UX/UI Designers acabam por não valorizar ou deixar pra depois a construção dessa página de perfil. É aí que mora o problema: Essa página serve para você esclarecer a sua cultura, e nisso, demonstrar seu valor e se diferenciar da maioria. Logo, é uma tela em branco para você pintar com o seu universo! Garanta que ela seja convidativo, interessante, e principalmente, que convença que você é muito mais do que um par de mãos.

Listo abaixo alguns exemplos dessas páginas, de alguns profissionais que foram selecionados por nós ao #PortfolioDaSemana no nosso Instagram:

Para te ajudar nesse processo, crie um perfil em nossa plataforma. Trabalhamos bastante para que você, simplesmente por responder às perguntas feitas, chegue a um resultado plenamente satisfatório com as informações mais relevantes e na medida certa.

Conclusão

Para que seu valor profissional aumente e empresas tenham uma ideia mais aprofundada de você, invista tempo em construir essa informação de forma estratégica. Capriche no design e garanta que essa página seja uma representação de tudo o que você considera que tem valor em você mesmo. Boa sorte!

Como reduzir a fricção entre UX/UI Designers e empresas

Afinal, o que cada parte quer?

O cenário de contratação em geral é desafiador. Desde sempre, empresas tem dificuldades para encontrar os melhores talentos, e profissionais tem dificuldade para serem colocados. Como cada parte está de um lado, essa conexão tende a ser tardia, cara, estressante e com grande margem de erro. Por esse motivo, existem empresas como a Deeploy.Me, que tem por objetivo encurtar essa distância entre as partes e minimizar ao máximo o tempo, custos agregados, risco e stress.

Em nossa experiência como especialistas no mercado de UX/UI Design, identificamos questões que são únicas desse setor, além dos básicos de um processo seletivo comum. Essa experiência nos possibilita, com base em profundos estudos e análises, a identificar os principais pontos de dor de ambas as partes, como você está acostumado a fazer em sua rotina de UX/UI Designer. Mas antes disso, se formos pensar friamente no que cada parte quer, de forma muito resumida, temos:

Empresas: Encontrar apenas bons candidatos, avaliar poucas opções, contratar rápido, reter o profissional e ver os frutos dessa aquisição.

Profissional: Ser convidado por empresas bacanas, fazer um bom trabalho, crescer na carreira e ser recompensado financeiramente.

Mas sabemos que, na realidade, atingir tais desejos não é tão simples quanto parece. É um desafio para ambos.

Principais dores das empresas

Seu objetivo com produtos digitais é sempre gerar resultados em seus negócios. Para isso, estão dispostas em investir em UX, melhorando a relação com seus clientes e potencializando o crescimento e consolidação de seus produtos. Mas o que a maioria dos colaboradores não têm ideia, ou ao menos não levam em consideração, é a enorme e pesada camada de suor e lágrimas derramadas pela existência do negócio. Conforme mencionamos no artigo Entrei. Saí. Onde errei?, antes mesmo da empresa existir, alguém arriscou tudo, teve coragem, ousadia, resiliência e determinação para não apenas abrir um negócio, mas para mantê-lo vivo e operante pelo máximo de tempo possível. Parte fundamental da construção desse organismo vivo são as pessoas que fazem parte dele, e aqui cito Steve Jobs:

“Não faz sentido contratar pessoas inteligentes pra sempre lhes dizer o que fazer. Contratamos essas pessoas para que nos digam o que fazer.”

Logo, a liderança de toda empresa precisa que seus colaboradores a ajudem nessa grande jornada, cada um no que lhe cabe. Mas para isso acontecer, o primeiro passo é contratar.

Listo abaixo algumas das principais dores das empresas para isso:

Receber candidatos demais

É comum que, ao abrir uma vaga, o avaliador receba enxurradas de currículos e portfolios. Mesmo que ele fique feliz em ver que um grande número de pessoas têm interesse em colaborar em sua empresa, ele não tem tanto tempo disponível para avaliar, e é fato que esse processo vai se tornar extremamente cansativo, estressante e frustrante.

Falta de qualificação pra vaga

Uma vez tendo recebido muitos aplicantes interessados, começa o segundo problema: Profissionais que não têm perfil pra vaga, candidatam-se mesmo assim, apesar de o descritivo ter sido claro em suas exigências: Como exemplo, alguns designers de outras vertentes (como Design Gráfico, Direção de Arte, etc.) candidatam-se para vagas de UX Designer, outros não têm a experiência desejada, ou não dominam a língua exigida, entre outros.

Despreparo para o processo seletivo

Infelizmente, a maioria esmagadora de candidatos não estão preparados para serem avaliados, mesmo que muitas vezes tenham o perfil da vaga. Apresentam portfolios desatualizados e desconexos com o LinkedIn, não conseguem demonstrar a experiência que possuem, não se dão bem nas entrevistas, são muito exigentes em salário e benefícios, e mais.

Maturidade questionável

É muito comum que UX/UI Designers cometam equívocos sobre sua maturidade na área. Vemos frequentemente profissionais se entitulando sêniores tendo menos de 2 anos de atuação, outros alegando serem especialistas em uma disciplina mas sem comprovação da eficácia de sua especialidade, ou ainda, dizendo que atuam há muitos anos mas com projetos no portfolio que não demonstram a qualidade e a consistência de alguém tão experiente.

Errar na contratação, perdendo tempo e dinheiro

Conforme falamos no artigo Senso de urgência é necessário?, um profissional não é um item de varejo para que seja devolvido à loja depois de uma reclamação ao SAC. Há uma grande camada de fé, um voto de confiança por parte da empresa, que foi criada com base no processo seletivo, na qual ela dá crédito ao profissional e espera não ser decepcionada pois tal fato lhe custaria muito tempo e dinheiro.

Não conseguir reter um talento

Toda empresa, depois da contratação, tem o enorme desafio de reter um bom profissional. Para isso, elas investem pesado em sua cultura interna, provendo ao colaborador um cenário acolhedor, apaixonante e inspirador, para que este sinta-se parte de uma família. Com isso, mediante seu esforço e talento, é correspondido com reconhecimento, crescimento e retorno financeiro.

Principais dores de UX/UI Designers

Como as empresas, profissionais também têm seus objetivos próprios. Estão assistindo o setor crescer avassaladoramente, com salários cada vez mais atraentes; A chance executarem tarefas que adoram, a possibilidade de serem parte de empresas inovadoras e disruptivas, de ganharem notoriedade e de colaborarem significativamente na vida e cotidiano das pessoas que consomem os produtos que fazem. Mas para chegarem lá, é necessário romper a barreira de um processo seletivo.

Listo abaixo suas principais dores:

Descritivos de vaga sem sentido

Como nem toda empresa possui um DesignTeam consolidado, com uma liderança específica em UX, vemos muitos descritivos de vaga que apresentam exigências completamente inadequadas. Isso acontece por alguns motivos: A empresa não possui maturidade em design, o responsável pela abertura da vaga não é qualificado tecnicamente para avaliar, a empresa precisa de um faz-tudo por ser pequena, entre outros.

Processos seletivos longos e cansativos

Por mais que processos sejam criados para a seleção ser mais assertiva e justa, alguns deles são muito longos e exigentes pois são compostos por diversas etapas, que avaliam pontos diferentes: Habilidades de comunicação, competências técnicas, psicológicas e comportamentais, chegando inclusive a avaliar as mídias sociais e sua situação jurídica do candidato.

Falta de oportunidades pra iniciantes

Infelizmente a maior parte das vagas que se abrem são para UX/UI Designers Plenos e Sêniores, ou minimamente, exigem alguma experiência do candidato. Esse fator frustra diversos profissionais recém-formados e/ou em transição de carreira. Com isso, é comum que empresas com times maiores tendam mais a abrir espaço para iniciantes, para que possam ser bem treinados e acompanhados por outros mais experientes.

Não receber feedback

Consideramos esse o maior ponto de dor de candidatos. Como processos seletivos avaliam muitas pessoas, nem sempre os recrutadores conseguem dar uma resposta rápida, ou mesmo uma resposta em si, a todos os candidatos que foram desclassificados. Mesmo assim, como recrutadores, discordamos de tal atitude e fazemos o máximo para que todos os candidatos recebam feedback, e também que sejam orientados sobre o que os desclassificou para que obtenham melhores resultados em próximas oportunidades.

Ser contratado para uma coisa, e fazer outra

Vemos diversos relatos de profissionais que foram selecionados para exercer uma lista de tarefas, e acabam por serem cobrados por outras; ou que foram contratados para produzir e acabam tendo de liderar, e vice-versa. Esse impacto de promessa não-cumprida e a sensação de estar sendo “explorado” sem recompensa gera a desmotivação, que unida ao aquecimento do setor, leva ao êxodo de muitos profissionais no médio prazo.

Trocar de emprego e não gostar do novo

Com o frequente assédio do mercado a profissionais mais qualificados que ocupam bons cargos, mediante propostas tentadoras, UX/UI Designers tendem a ficar inseguros com essa transição, tomando o máximo cuidado com promessas, benefícios exorbitantes, liberdade demais para trabalhar, entre outros. O que os assombra é o medo de trocar de emprego e não se adaptar ao novo, não poder voltar ao antigo e com isso perder tempo precioso de sua carreira e produtividade.

Conclusão: Como encontrar o equilíbrio?

Encontrar o equilíbrio entre essas duas partes é o que adoramos fazer. É esse o nosso trabalho: Garantir que empresas consigam contratar bem, rápido e gastando pouco; E que UX/UI Designers possam colocar-se em oportunidades alinhadas ao seu perfil. Para que esse processo aconteça, veja abaixo nossas orientações básicas:

Empresas

Independente de sua maturidade em Design, conforme falamos no artigo Contratação faz parte da estratégia de UX, não deixe para pensar nisso aos 45 do segundo tempo. Para lançar um produto ou melhorar um já existente é necessário construir um time com as pessoas certas para atingir tais objetivos, tomando decisões seguras e pensadas. Traga sua necessidade para irmos a fundo no que realmente precisa: Auxiliamos na construção do descritivo da vaga, buscamos, selecionamos, recrutamos e cuidamos do processo de contratação (conforme o perfil de cada empresa) para que seu DesignTeam nasça, cresça e consolide-se como peça fundamental na saúde da empresa.

UX/UI Designers

Esteja preparado para ser avaliado em seu máximo potencial. Antes mesmo de pensar em seu portfolio e postura profissional, faça uma auto-análise de que tipo de UX/UI Designer você é: O que busca, o que faz melhor, como sua experiência anterior agrega, de que forma pode fazer a diferença e onde pretende chegar. Com isso claro em mente, conforme falamos no artigo LinkedIn + Portfolio: Encontrando o ponto de equilíbrio, oriente sua apresentação profissional a esse objetivo para que recrutadores possam rapidamente encontrar o que buscam em você de forma convincente e consistente. Cadastrar-se na Deeploy.Me é um passo crucial que vai ajudar muito nesse processo.

Boa sorte! 🙂

Porque UX/UI Designers devem manter-se em constante estudo

O crescimento pessoal oriundo da leitura

Conforme falamos no artigo Equilibre sua visão de UX/UI Designer, Bill Gates, um dos nomes mais conhecidos do mundo, tem um hábito peculiar. Ele vai para as montanhas sozinho para ler, e lá permanece por dias. Tal hábito, que ele repete há anos, fez com que pessoas dessem depoimentos reais como esse:

“Se você sentar com ele para conversar sobre qualquer assunto (incluindo sua própria especialidade), é provável que ele saiba mais do que você.”

Concluímos então que o sucesso de Gates não se deve apenas à sua genialidade, mas sim à sua curiosidade e vontade incansável de aprender. Confira o documentário “O Código Bill Gates” no Netflix.

Quando dominamos determinada técnica, ferramenta ou metodologia, temos que considerar esse como o ponto de partida, e não como destino — sempre é possível ir além. Essa prática resulta em um fator crucial para a sua carreira: A compreensão de que nunca vamos (e nem devemos) parar de aprender. Obviamente o aprendizado vem de diversas formas, desde simples conversas a lições decorrentes de erros cometidos; Mas livros são de fato a principal e mais confiável fonte de conhecimento. A seguir, listo os ganhos pessoais que você terá ao adquirir o hábito da leitura:

Foco

Uma das grandes dificuldades do mundo moderno é conseguir se concentrar, mesmo que por um breve momento, em apenas uma coisa. Dominar o foco é essencial para ter uma vida organizada. Na leitura você treina essa habilidade, e quanto mais lê, mais focado se torna.

Veracidade

Entende-se que por se tratar de um livro, há propriedade naquele determinado assunto. Em um mundo onde a produção de conteúdo é uma enxurrada inesgotável que nos atinge por todos os lados, ter acesso a informação confiável, organizada e verdadeira é um ponto crucial a ser mencionado. As opiniões e conclusões ali expressadas foram baseadas na experiência e pesquisa do autor, possibilitando que você minimize significativamente a margem de erro em suas próximas decisões.

Profundidade

Entre outros benefícios, livros te preparam para fazer suas defesas de design. Quanto mais profundo você for, mais consistentes e bem sustentadas serão suas teses para justificar as escolhas em seu processo de trabalho. Existem muitos designers que chegam a bons resultados apenas com a prática e o aprendizado interpessoal, mas em algum momento, o conhecimento teórico e mais aprofundado fará falta.

Blockers para o hábito de ler

Em nossa vida corrida entre trabalho, família e outros afazeres, é mesmo um desafio ter tempo de qualidade para ler. E quando digo tempo de qualidade, me refiro a realmente parar para consumir conteúdo com atenção e foco, retendo as informações, fazendo anotações, levantando pontos de dúvidas, etc. Organizar-se para conseguir fazer da leitura uma prática diária não é nada fácil. Listo abaixo os blockers mais comuns para esse feito:

Falta de tempo

Em tempos de pandemia, hipoteticamente teríamos tempo de sobra para ler — mas infelizmente acabamos ocupando o tempo livre com distrações. A falta de tempo é a principal justificativa que arrumamos para simplesmente não ler, ou ao menos, procrastinarmos a leitura. Para isso, há uma máxima: “Se você não tem tempo para fazer uma coisa, significa que ela não é prioridade”. Então entende-se que o problema não é a falta de tempo, e sim a definição da leitura como prioridade.

Falta de hábito

Uma vez que o hábito é criado, tudo fica mais simples. Então o mais difícil é sair da estaca zero, que é criar esse hábito. Se você for analisar de perto como pessoas de sucesso organizam seu dia, verá que separam tempo para leitura todos os dias. Adicioná-la à lista de tarefas de rotina, logo, é um grande primeiro passo para a criação do hábito. Há pessoas que lêem das 5h00 às 6h00 da manhã, outras que preferem ler na cama antes de dormir, das 23h00 à 0h00. Nesse ponto, é o seu perfil que vai fazer a diferença. O que é indispensável é incluir a leitura na rotina, nem que seja por 30 minutos.

Falta de objetivo

Dada a imensidão de variedade de livros, você pode dizer: “são tantas opções que não sei por onde começar”. É recomendado que você comece por temas em que causem impacto direto em sua vida atual. Por exemplo: Você precisa entender porquê usuários não lêem conteúdos de sites na íntegra. Então o quê de fato lêem? A resposta para essa pergunta pode ser encontrada e algum livro que explique quais informações são notadas primeiro, e porque isso acontece do ponto de vista humano. Defina seus próximos livros com base em seus questionamentos e pontos específicos de interesse.

Livros que recomendamos

Aqui na Deeploy, nosso foco principal é te ajudar a aumentar seu valor profissional — além, é claro, de contribuir para que você melhore seu posicionamento como UX/UI Designer e planeje sua carreira tendo acesso às oportunidades que busca. Para isso, com a ajuda de ninguém menos que Daniel Furtado do UXNOW, separamos alguns livros que recomendamos para ampliar sua visão, indo muito além dos essenciais que você certamente já conhece como “O Design do dia-a-dia”, “Design emocional” e “Não me faça pensar”. Vamos a eles:

    • Rápido e Devagar: Duas formas de pensar

Daniel Kahneman

Um livro denso e que apresenta evidências de como o cérebro humano funciona utilizando dois sistemas — um rápido e intuitivo, e outro devagar e lógico.

    • Things that make us smart

Don Norman

O mestre explora a complexa interação entre o pensamento humano e a tecnologia que ele cria, defendendo o desenvolvimento de máquinas que se adaptam às nossas mentes, em vez de mentes que devem se conformar à máquina.

    • Every Tool’s a hammer

Adam Savage

Uma reflexão para a vida, de que a melhor ferramenta para fazer qualquer trabalho é aquela que você se sente mais confortável ou a que te permite fazer o que quer fazer, por entender completamente seus movimentos.

    • Sapiens: Uma breve história da humanidade

Yuval Noah Harari

Esse ótimo livro trata de como nós, seres humanos, somos capazes de realizar tantas façanhas e manter a complexidade de nossas relações.

    • Como fazer amigos e influenciar pessoas

Dale Carnegie

Considerado o livro mais importante de todos os tempos sobre relacionamentos interpessoais, foi escrito há décadas e permanece impressionantemente relevante no mundo tecnológico moderno.

    • A estratégia do Oceano Azul

W. Chan Kim e Renée Mauborgne

Explica que o êxito duradouro de produtos não decorre da disputa feroz entre concorrentes, mas da criação de “oceanos azuis”, que são novos e intocados espaços de mercado prontos para o crescimento.

    • Forever Employable

Jeff Gothelf

O autor apresenta uma forma muito interessante e efetiva de fazer com que oportunidades venham até você, ao invés de você procurar eternamente por elas.

E claro, não podemos deixar de citar livros de Design (talvez menos populares, mas muito relevantes):

    • Understanding Industrial Design

Simon King & Kuen Chang

Um caminho para um design duradouro é evitar modismos e buscar a normalidade. Se um produto é construído puramente em torno de tendências, ele pode ficar ultrapassado em um curto período de tempo.

    • Articulating Design Decisions

Tom Greever

O autor discorre a construção de defesas de design, abordando três fatores indispensáveis para um produto ter sucesso: Resolver um problema, ser fácil para usuários e ter o apoio da equipe interna.

    • Inspired: How to create tech products customer love

Marty Cagan

Excelente opção, que fala em detalhes como fazer produtos digitais centrados no ser humano. Aborda desde a importância de pesquisas, até o funcionamento de times ágeis.

    • Hooked

Nir Eyal

Uma apresentação espetacular de um modelo de como criar produtos mais engajadores, baseado em loop de gatilhos e recompensas.

Conclusão

Para se tornar um profissional mais profundo, preparado e valioso, adquira imediatamente o hábito de ler. Adicione essa tarefa em sua rotina diária, tratando-a como prioridade, e não “para quando tiver um tempo”. Se a leitura for realmente uma dor para você, comece aos poucos, com livros que agreguem diretamente às suas necessidades atuais. Dica final do Daniel: Leia as notas de rodapé!

Boa leitura e boa sorte!

Especialidades de UX/UI Designers para montar seu DesignTeam

O papel do Design

O rápido avanço da tecnologia (e tudo o que foi criado por meio das possibilidades geradas pela internet) fez com que houvesse uma gigantesca evolução do papel de um designer. Artista, editor de imagens, criador de layouts, diagramador, ilustrador, projetista de marcas e muitas outras facetas rotulavam o que um designer fazia, condicionando-o a associar seu trabalho a fins editoriais e de marketing, para os mais variados tipos de clientes. Agora, além dessas finalidades, o designer tornou-se uma peça indispensável a todo tipo de empresa que tem ou deseja ter um produto — mais especificamente, um produto digital. Seu papel não é mais apenas estético e de apoio, mas ser um dos alicerces da concepção do produto em si, abrangendo pontos antes subvalorizados pelas empresas. Tais pontos têm impacto direto em seus negócios, e em como geram valor ao consumidor. É a era dos UX Designers.

Com sua visão, pensamento estratégico e capacidade de execução, Design Teams voam alto e criam experiências memoráveis em produtos, orientando-se prioritariamente no usuário para a identificação e solução de problemas.

Entendendo as funções

Convencido que seu produto precisa de um profissional desses? É certo que sim. O próximo passo então é montar o seu Design Team para dar vida a um produto, ou melhorar o atual. Por onde começar?

A resposta é: Não comece ainda. Não antes de entender a variedade de funções que esses profissionais podem exercer, e como tais funções podem ser exercidas por pessoas de especialidades diferentes. Dentre as denominações criadas para essas funções, listo abaixo as mais populares — é importante mencionar que existem diversas outras, e que o objetivo aqui não é definir regras, mas listar segundo o mercado) — às quais os profissionais associam a seu perfil individual:

UX Designer

Esse profissional entende completamente o processo e consegue aplicá-lo de forma sistêmica e organizada, criando e acompanhando uma visão macro da jornada do usuário. Define os indicadores de pontos como pesquisa, descoberta, arquitetura da informação, wireframing e prototipagem, sendo capaz de analisar esses dados, construir conclusões e fazer defesas de design a stakeholders para demonstrar resultados gerados, e ainda, estabelecer possibilidades e alinhamentos com desenvolvedores.

UX Researcher

É uma especialidade mais aprofundada da descoberta, em cenários mais abrangentes e complexos. Reúne percepções e feedback, conduz pesquisas específicas (como etnográficas, por exemplo), faz mapas de empatia e diversas análises de comportamento e motivações dos usuários, além de avaliar como a experiência do usuário afeta a estratégia para ajudar a alinhar as necessidades dos usuários com os recursos viáveis para o produto. Nessa especialidade vemos diversos profissionais em migração e carreira oriundos de humanas, como psicólogos e analistas. UX Researchers são mais procurados por empresas com produtos grandes e já solidificados no mercado, que impactam um número maior de usuários.

UX Writer

Desenvolve textos e micro-textos claros, objetivos, com personalidade e alinhados com a cultura da empresa e sua relação com os usuários, prezando prioritariamente pela compreensão direta para que estes consigam cumprir tarefas de forma consciente e intuitiva. Para tanto, é necessário que tenha um vocabulário forte e demonstre a gramática adequada. Da mesma forma que UX Researchers, UX Writers atuam em grandes empresas, em produtos mais populares que atingem mais pessoas.

UX/UI Designer

Trata-se de um profissional “híbrido”, que além de garantir seus entregáveis como UX Designer, também está apto a criar interfaces completas e a gerir todos os componentes que a compõem. Por sua visão mais abrangente, consegue garantir um design consistente, baseado em um conceito significativo e solidificado na marca, mas que também possua a qualidade esperada para obedecer as diretrizes geradas pela UX. Tal profissional está mais condicionado a desenvolver projetos inteiros sozinho, sendo mais indicado a times mais enxutos, projetos menores ou empresas recém-nascidas mas altamente promissoras, como startups.

UI Designer

Esse profissional é o responsável pelo look & feel de um produto digital. Domina a aplicação de cores, espaço, tipografia, iconografia e ilustração, compreendendo e partindo (ou em alguns casos, criando do zero) das diretrizes e regras de marca. Além de estar ciente das leis de experiência do usuário, entende profundamente sua responsabilidade de criação e organização de elementos visuais, e na forma como são preparados para serem manuseados por desenvolvedores. Na maioria dos casos, UI Designers vêm de outras vertentes do design, como Branding e Graphic Design, adequando-se aos padrões de trabalho requeridos para produtos digitais.

Visual / Motion Designer

É capaz de um aprofundamento maior no refinamento visual de cada elemento. Orientado a pensar em interações e micro-interações, valoriza cada detalhe, possibilitando que a linguagem visual seja mais impactante através de detalhamentos em pontos estratégicos — fazendo uso de efeitos, animações, ou mesmo a própria existência de recursos visuais em pontos inexplorados ou subvalorizados pela maioria. Da mesma forma dos UI Designers, esses profissionais vêm de outras vertentes como edição de vídeo, ilustração, tratamento de imagens, caligrafia, pintura e afins.

Product Designer

Possui uma visão amplificada ao nível de negócio, entendendo profundamente os objetivos da empresa na construção ou melhoria de seus produtos. Define prioridades, compreende completamente o espaço do problema versus a viabilidade das soluções propostas, fala constante e diretamente com clientes, entende de dados mercado a ponto de convertê-los em ações estratégicas, e é claro, é capaz de conduzir a aplicação de todo o processo de UX à luz de sua visão de produto.

Design Ops

É um facilitador que abre o caminho da fluência de comunicação entre departamentos em favor do Design. Esse profissional literalmente é encarregado das operações do design, agindo como um evangelista para estabelecer formas confiáveis e sólidas de unificação e padronização visual em toda a empresa. Seu mindset preza pela supervisão de como os departamentos fazem uso do design em diferentes cenários, finalidades e até culturas (para o caso de empresas multinacionais).

Montando seu Design Team

Depois de compreender todas as funções, em primeira análise, o próximo passo seria identificar quais dessas funções são prioritárias para o momento do produto e da empresa, alinhadas ao budget disponível para cada uma. Com isso em mente, a seleção dos profissionais deve ser mapeada de forma a posicionar cada integrante como especialista em uma vertente, pois por mais que todos entendam do processo de ponta-a-ponta, a possibilidade de combinação de especialidades pode gerar um impacto muito maior na produtividade e qualidade da entrega da equipe. Além disso, é parte da estratégia mesclar níveis de senioridade, pois ter muitos profissionais com o mesmo nível hierárquico pode posteriormente se tornar um problema.

Além dessas funções citadas, temos ainda as funções gerenciais e mais orientadas para a estratégia da empresa, como UX Lead, UX Manager, CX Designer e Service Designer. Esses papéis exigem que o profissional tenha bem mais experiência, sendo capaz de conduzir com maestria seus relacionamentos verticais na organização (reportam suas decisões, ações e resultados a quem está acima, bem como garantem o direcionamento, produtividade e o foco de quem está abaixo.

Conclusão

Para construir seu Design Team, aprofunde-se no conhecimento das especialidades para compreender cada uma delas, evitando contratações equivocadas. Para essa finalidade a Deeploy.Me pode ajudar no planejamento de seu Design Team, buscando, selecionando e alocando profissionais que tenham um bom fit com o momento e o perfil de seu produto.

Alternativas para UX/UI Designers planejarem suas carreiras

Ter opções é preciso

Temos visto que o período profissional de UX/UI Designers em empresas não costuma ser muito longo. Isso se deve ao fato de que, mesmo que você ingresse como júnior em uma empresa, em menos de 10 anos você já terá passado por todas as experiências que essa empresa pode lhe proporcionar em seu departamento, chegando a cargos de gerência e permanecendo neles por algum tempo. Concluímos então que em nosso setor as pessoas dificilmente almejam ou necessariamente permanecem em empresas por períodos muito longos — Como era o que a maior parte das pessoas buscava na geração anterior. Como as transformações no mundo atual tomaram um ritmo ainda mais acelerado em 2020, as pessoas estão percebendo que a necessidade de buscar opções e se adaptar são agora indispensáveis. Estabilidade? Mito. Satisfação profissional ficando na mesma empresa muito tempo? Impossível. Então, que rumo tomar?

Conforme falamos no artigo Planeje como o trabalho afeta sua vida, nosso tempo útil de trabalho pode ser muito bem planejado, considerando que temos em média 40 anos para isso. O primeiro passo é conhecer todas as possibilidades, estudá-las e identificar quais tem mais o seu perfil ou fit com o seu momento atual.

Tipos de empresas

No Universo de UX/UI Design, existem 3 tipos de organizações que englobam a diversidade de opções para profissionais dessa área. Com variantes como tamanho, tipo de produto e indústria, cada um desses perfis tem aberto espaço para Design Teams fazerem a diferença em como conduzem seus negócios, na criação e atualização de seus produtos digitais. Passando por cada uma delas rapidamente:

Tradicionais

Apresentam o formato “padrão”. Há organização interna, hierarquias bem definidas e departamentos específicos, onde um deles é o de Design. A empresa já dispõe de produtos que precisam passar por transformação digital, ou querem criar outros totalmente do zero. Você será parte de um time maior e mais misto, sendo tratado como parte de uma grande engrenagem. Terá (uma certa) estabilidade, benefícios e até um plano de carreira já definido, que vai depender não apenas de seu esforço mas também das oportunidades internas que a empresa poderá oferecer. Esse formato de negócio é o mais buscado por profissionais de todas as maturidades, porque fatores como cultura interna, peso da marca, popularidade ou o próprio produto fazem muita diferença no desejo de estar inserido nesse meio. Nesse contexto, podemos tomar como exemplos empresas financeiras como o Nubank, varejistas como a B2W, de saúde como a RaiaDrogasil, automotivas como a Toyota, serviços como a Enel, Tecnologia como a Samsung, ou mesmo empresas que são integralmente aplicativos como o Rappi e o Uber.

Você poderia passar pela escada do crescimento interno dessa forma:

  • Junior UX Designer
  • Mid-Level UX Designer (ou só UX Designer)
  • Senior UX Designer
  • Design Manager
  • UX Lead
  • UX Director

Agências de Publicidade

Nesse tipo de empresa o dia-a-dia é bem diferente. Agências não utilizam UX em seus produtos, mas sim para produtos de outras empresas, podendo ser fixos (cria-se do zero e mantém-se a equipe no pós-lançamento) ou temporários (campanhas publicitárias baseadas em produtos digitais). Isso faz com que a forma como os negócios são conduzidos sejam bem diferentes, pois a empresa detentora do produto (o cliente da agência) investe nele tanto em horas de criação já acordadas quando como em projetos independentes, chamados de Client-Cost. Esses projetos são originalmente criações da agência em sua grande maioria, oferecidos e vendidos a seus clientes de acordo com sua demanda.

O que torna o universo das agências muito atrativo é a possibilidade de atuar em diversos tipos de projetos, para os mais variados clientes — além, é claro, de se estar inserido em um ambiente totalmente voltado para a criatividade, onde é permitido usar roupas mais informais e ter regalias como pizza e Uber em dias de horas extras (há quem diga que são quase todos).

A escada nas agências é um pouco diferente:

  • Junior UX Designer
  • Mid-Level UX Designer (ou só UX Designer)
  • Senior UX Designer
  • Design Coordinator
  • UX Lead

Startups

Esse universo é uma espécie de mescla dos dois mundos citados acima. Como o conceito principal de uma Startup é a criação de uma empresa com um produto disruptivo em cenários totalmente incertos, pode-se experimentar fortes emoções todos os dias, de grandes conquistas à falência repentina. Logo, não há muitos degraus bem desenhados; Sua presença simplesmente faz uma diferença direta na empresa. Existe a seriedade da prestação de contas e batimento de metas de uma empresa tradicional, ao mesmo tempo que há inovação, juventude e muita energia para romper todas as barreiras, em ambientes totalmente fora da caixa, repletos de pessoas inspiradoras.

Um ponto que torna Startups atraentes a UX/UI Designers é o fato de que a mentalidade de UX é muito parecida com o mindset original desse formato de empresa. Ou seja, elementos como validação, sprints e metodologias ágeis são bem conhecidos e praticados, o que torna o trabalho do UX/UI Designer muito menos difícil pois os empecilhos por parte dos stakeholders praticamente inexistem.

Esse cenário é mais buscado por profissionais menos experientes ou que ainda não definiram claramente onde está sua paixão dentro do universo de Product Design. Não podemos deixar de mencionar que é “menos estressante” atuar em uma Startup se você for solteiro e não tiver muitas responsabilidades, porque não há regra da quantidade de horas que serão investidas. Todos trabalham muito, todo dia, o dia todo.

Ah, o freelancer

Não podemos deixar de mencionar essa categoria de UX/UI Designers, que por opção, atuam sem vínculo empregatício nas empresas em projetos que tem começo, meio e fim bem definidos. Não almejam altos cargos nem sólidas carreiras, mas preferem o vôo solo e livre, experimentando seus limites a cada oportunidade e aprendendo muito de tudo no processo.

Se esse é o seu perfil, leve em consideração o que muitos não levam: Além de saber fazer bem UX/UI Design a ponto de levar um projeto inteiro sozinho caso necessário, você igualmente também precisa criar e cultivar um bom network (para os trabalhos continuarem entrando), saber orçar (para não levar prejuízo sem perceber), gerir clientes (para evitar desistam do projeto) e comunicar-se muito bem (para minimizar retrabalho).

Outra vantagem é que com a experiência que vai adquirir devido à variedade de projetos, se você almeja um dia fundar uma empresa, terá tido acesso direto a diferentes mundos, o que será muito útil na escolha de uma indústria para se aprofundar, identificar uma oportunidade e criar um produto a ela.

Conclusão

São muitas opções para você planejar bem sua carreira. Mantenha-se sempre muito bem informado sobre a movimentação do mercado: a transformação digital das empresas, a criação de novos produtos, ascensão de uns e queda de outros, tendências, novas tecnologias, e assim por diante. Antes de escolher o tipo de empresa que mais lhe apetece, tenha certeza de conhecer todas as suas possibilidades, e uma vez selecionadas, trabalhe com afinco para atingir seus objetivos.

Como seu posicionamento de UX/UI Designer precisa ser para esse tipo de vaga

A evolução natural da carreira

Quando falamos sobre carreira, obviamente esse conceito não se limita apenas a UX/UI Design. Profissionais de diferentes indústrias, setores, empresas e departamentos, em algum ponto de sua carreira, dão um passo a mais na direção da gestão, deixando a “produção”. Logo, é natural que em tempo, você se depare com essa mudança em sua carreira. Algumas pessoas aguardam ansiosamente por esse momento por terem mais vocação e interesse, enquanto outras são colocadas nessas funções por necessidade da empresa. E em todos esses cenários, no momento da transição, novas habilidades se tornam necessárias e precisam ser desenvolvidas. Pare para pensar: Quando fundou o Facebook, Mark Zuckerberg não era o mesmo Mark Zuckerberg de hoje. Ele era um jovem impetuoso e muito inteligente, mas ainda, sua competência mais forte era a programação. Mediante o crescimento fenomenal de sua empresa, ele precisou se tornar o CEO do Facebook.

Buscando oportunidades de liderança

Agora entrando especificamente em nosso amado universo de UX/UI Design, vemos que os cargos gerenciais estão aumentando a cada dia, uma vez que as empresas tem ganhado velocidade em sua maturidade de design. Com o aumento do apreço ao Design Team pelas diretorias frente aos resultados gerados no negócio, suas metodologias eventualmente começam a ser implementadas em mais produtos, abrindo inclusive espaço para a criação de novos. Em decorrência disso, o próximo passo é aumentar o time — e nesse momento, abre-se a necessidade de mais gestores. Para tanto, algumas empresas preferem buscar pessoas de fora para liderar seus times, enquanto outras preferem alguém já integrado, que estava somente esperando a oportunidade. Aqui temos dois pontos importantes a serem levantados:

Suas responsabilidades

Como diria o querido tio do Peter Parker, vulgo Homem-Aranha: “Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades.” Para dar esse passo, saiba que serão confiados a você poderes que vem com um preço. Falando de forma muito simples, bons gestores, prioritariamente, sabem muito bem que precisam manter seus relacionamentos verticais em dia. Isso significa que eles precisam reportar suas decisões, ações e resultados a quem está acima, bem como precisam garantir o direcionamento, produtividade e o foco de quem está abaixo.

Sua visão empresarial

Além de se relacionar diretamente com a liderança da empresa, você também começará a lidar com outros departamentos como RH, Compras, Controle de Qualidade e Comercial, já que seus produtos tem relação direta com todos eles. Logo, seu entendimento sobre como uma empresa funciona será violentamente expandido, de forma que de agora em diante você entende perfeitamente o impacto de suas decisões acertadas e erradas, além de conhecer seus limites. Bons gestores não podem gerar mais problemas, e sim criar soluções aos já existentes, entendendo o timing e os altos e baixos que toda empresa passa.

Show! Quero ser líder

Levando em conta todos os fatores que vêm agregados a esse passo rumo à gestão, comemore! Seu crescimento será alavancado, e com ele, seu valor profissional. Mas cuidado com o pensamento comum sobre isso: “Boa, agora sim eu vou trabalhar menos e ganhar mais”. Trata-se de uma realidade possível, mas não a todo gestor. Quem chega nesse ponto, além de sua excelência profissional e mérito, sabe que foram necessárias muitas lágrimas e suor a cada desafio vencido, e que não é da noite para o dia.

Para todos os efeitos, conforme falamos no artigo Como aplicar a uma vaga de UX/UI Designer, há fatores que você precisa considerar sobre sua proposta de valor profissional para pleitear a vagas. Mais especificamente a vagas gerenciais, há ainda mais fatores. Veja abaixo dois cenários para pessoas que buscam cargos gerenciais, e o que é necessário para que aumentem suas chances de contratação:

Não tenho experiência em liderança, mas quero o desafio

Prioritariamente, entender bem como UX/UI Design funciona, já ter aplicado muitas vezes as metodologias e lidado com diferentes situações nesse processo faz-se primordial para que você defina uma direção a seguir com o time e consiga fazer suas defesas / apresentar um bom planejamento estratégico para a diretoria. Com toda certeza, ninguém gosta de ter um líder que entende menos do processo do que o liderado; e nenhum diretor gosta de ver prazos estourados e metas não-cumpridas.

Em adição, lidar com pessoas não pode ser um problema para você. Falamos repetidas vezes que não é possível ser um UX/UI Designer sem gostar de gente. Se você deseja ocupar um cargo de liderança, saiba que essa habilidade é extremamente obrigatória para seu sucesso, o que faz com que suas Soft Skills precisem estar “afiadas”.

Para aumentar suas chances:

A expectativa de um recrutador é encontrar histórias de seus projetos do ponto de vista humano, além verem seu processo de trabalho e como exerceu seu próprio papel de UX/UI Designer. Essas histórias podem estar descritas junto ao case do projeto em seu portfolio, mas também podem estar em seu currículo, na seção “About” do seu site ou em artigos publicados em algum canal digital como o Medium. Para isso, encontre respostas para questões como:

  • Quais fatores humanos possibilitaram uma boa sinergia?
  • Como o time separou tarefas?
  • Quem foram os envolvidos?
  • Quais foram os entraves interpessoais e como você lidou com tais situações?
  • Como o time prestou contas à liderança ou aos stakeholders?

Já tenho experiência e busco um novo desafio

Por diversos motivos, profissionais em cargos de liderança buscam novos desafios: Experimentar segmentos diferentes, conduzir times ainda maiores, conhecer novas pessoas, ter um aumento nos ganhos ou mesmo um desligamento repentino. Ao se lançar ao mercado, além de já dominar os pontos mencionados aos novos gestores, é esperado que você esteja preparado e seguro para liderar e para prestar contas com seriedade, sendo capaz de criar objetivos e abrir o caminho para os atingir.

Para aumentar suas chances:

Nesse caso, a expectativa de um recrutador é encontrar em seus links boas histórias que exemplifiquem claramente sua forma de trabalho gerencial. É realmente necessário que você “comprove” experiência em liderança, explicando sua eficácia na condução a resultados significativos. Listo abaixo alguns indicadores:

  • Como contribuiu para a disseminação do mindset de UX na empresa?
  • Como equilibrou objetivos de negócio com necessidades de usuários?
  • Qual foi sua uma visão de curto, médio e longo prazo?
  • Como geriu a produtividade do time, mantendo-os na direção certa?
  • Como se comportou mediante as situações adversas no processo?
  • De que forma prestou contas à liderança ou aos stakeholders?
  • Como lidou com o sucesso ou fracasso do projeto?
  • Como chegou aos resultados esperados?

Conclusão

Para que sua carreira siga no rumo do crescimento, o dia de tornar-se um líder irá chegar mais cedo ou mais tarde. Para isso, desenvolva-se constantemente em relacionamento com pessoas, aprofundamento em tendências e conhecimentos em negócios, entre outros. Nesse processo, garanta sempre que suas habilidades humanas estejam claras em sua apresentação profissional.

Como diminuir o gap entre você e a oportunidade que busca

“Mind the Gap”

Yay! Você concluiu o Bootcamp com sucesso. Além de maravilhar-se com esse novo universo, você aprendeu muito, conheceu gente nova, leu bastante, descobriu pessoas inspiradoras e exercitou seus aprendizados. Está pronto para atuar em uma empresa! Calma, não vamos dar um balde de água fria, só vamos te lembrar do gap entre você e uma oportunidade. Sim, você está pronto — mas apenas tecnicamente. Agora chegou o momento de você pensar no seu lado humano e fazê-lo trabalhar a seu favor para potencializar suas chances de colocação profissional, antes de embarcar nesse vagão. O que queremos aqui é que você reflita no tamanho da lição de casa que tem pela frente. Então pra sermos práticos, veja a seguir 7 passos para você começar. Anote todos, marque como “feito” conforme forem cumpridos e comemore no final porque essa experiência é digna de ser memorável.

1. Esteja seguro do básico

Entendemos esses dois pontos como básicos: A capacitação técnica (saber fazer) e a habilidade de lidar com pessoas. Esse conjunto, mais conhecido como Hard e Soft Skills, são pilares eternamente presentes na carreira de um UX/UI Designer e vão ditar a velocidade do seu crescimento. Cada um desses pontos tem um segredo, a saber:

Saber fazer — É o pacote de conhecimentos que você acabou e adquirir. apesar de terem um conteúdo similar, Bootcamps podem ser bem diferentes um do outro em duração (tempo de curso), formato (ao vivo ou em vídeos) e em quantidade (número de atividades). Com isso, o importante é que você esteja seguro de que concluiu o curso com um enorme aprendizado, tendo se dedicado ao máximo, e não apenas que tenha marcado presença de forma desinteressada. Importante lembrar que certificados não tem um efeito mágico de abertura automática de portas.

Lidar com pessoas — Além de ser mandatório que você se esforce pra interagir bem com os colegas e com a liderança, entenda que você fará parte de um processo, ou seja, haverão entregáveis de outras pessoas antes de você começar a trabalhar e também depois que concluir sua parte. Com isso em mente, entenda a importância de estar 100% alinhado com essas pessoas: O que chegou a você precisa te possibilitar a trabalhar, e o que vier de você, da mesma forma, precisa possibilitar o próximo a trabalhar. Essa simples força de sinergia potencializa enormemente a integridade do projeto e reduz drasticamente o retrabalho desnecessário.

2. Mergulhe fundo no universo digital

Por mais que nossa área seja nova, projetos realmente incríveis foram produzidos nesses últimos 20 anos. Você precisa ter noção (ou perdê-la…) do tamanho do mundo, da quantidade de projetos digitais que já foram feitos, das pessoas que os fizeram com as tecnologias de suas épocas, e entender que para quase tudo já há uma referência. Sites como o Awwwards e The FWA são exemplos que vão explodir sua mente, além de um mergulho nas lojas de aplicativos AppStore e Google Play Store. Além disso, procure também saber sobre as tecnologias do futuro, como A.I. (Inteligência Artificial), A.R. (Realidade Aumentada) e iOT (Internet das Coisas).

3. Liste e conecte suas competências adquiridas

Há quem diga que se pegássemos uma folha de papel e começássemos a escrever tudo o que sabemos fazer, ficaríamos surpresos. Você só terá noção se pegar esses pensamentos e convertê-los em palavras escritas. Independente de sua procedência e experiência anterior, você já aprendeu muito em sua vida até aqui. Com essa lista em mãos, crie conexões dessas suas competências adquiridas às necessidades e aptidões de um UX/UI Designer. Por exemplo: se você vem de Marketing, suas habilidades visuais e de relacionamento com marcas podem agregar a UI e UX Writing. Se você vem da engenharia, suas habilidades com números e da funcionalidade das coisas pode agregar à pesquisa e à sua visão do desenvolvimento final.

4. Escolha um nicho que se identifique

Depois de fazer sua lista e identificar os pontos de conexão com UX/UI Design, é hora de você buscar projetos e empresas que tenham produtos digitais mais relacionados com o seu perfil. Sim, entendo que você pode buscar oportunidades em áreas que nunca atuou, mas pense: Se você já tem habilidades além do design em determinada área, trate esse fator como potencialmente o grande diferencial para que você seja o escolhido. Cada vez mais, empresas buscam profissionais menos generalistas e mais especialistas, ou seja, um pacote de experiência específica já é um gancho para você encontrar seu lugar. A presença de um UX Designer com bagagem em biologia, por exemplo, pode ser fundamental ao app de uma empresa desse setor. Se você conseguir essa façanha, festeje! Você vai ingressar a um time onde sua presença é fundamental devido aos conhecimentos que outras pessoas não tem, além de poder aplicá-los no que quer trabalhar.

5. Busque um mentor

Conforme falamos no artigo A importância da mentoria em UX/UI Design, mentor é aquele que usa sua experiência e sabedoria para andar ao lado de outra pessoa, auxiliando em seu crescimento e desenvolvimento para que atinja seus objetivos. Ter a seu lado essa pessoa é muito importante para que você possa produzir mais, errar menos e lidar melhor com as pessoas. Tenha sabedoria na escolha dessa pessoa, na medida do possível: Esse profissional precisa ter uma experiência comprovada, credibilidade perante outras pessoas e autoridade para falar sobre os assuntos em questão, evitando que você seja iludido, que perca seu tempo ou que seja conduzido a seguir caminhos equivocados.

6. Promova-se corretamente

Um dos pontos mais subvalorizados entre UX/UI Designers é o seu próprio Branding. Estão tão ocupados e concentrados em pensar nos problemas de outras pessoas, que acabam por criar o hábito de constantemente adiar a criação de sua própria imagem profissional. Estamos falando aqui não apenas de seu portfolio (o que você sabe fazer), mas também da forma como você se apresenta (quem você é profissionalmente). Como empresas contratam pessoas e não robôs, depois de avaliar o portfolio, o próximo passo dos recrutadores é entender seu perfil humano e tentar encontrar um fit com a vaga em questão. Construa uma espécie de marca pessoal, um posicionamento, tendo ciência de que esse é um trabalho que você faz sozinho. Você precisa saber se promover. Em vias simples, esclareça de forma objetiva quem você é, o que faz, o que te difere dos demais e porque você é uma “aquisição” que agrega à empresa.

7. Trabalhe de graça(?)

Sim. Mas calma: você sabe o que é trabalhar de graça? Considere os dois lados dessa moeda. Um dos lados, conforme falamos no artigo “Ainda” sou um UX/UI Designer Júnior, é oferecer seus serviços de profissional recém-formado a empresas com baixa maturidade em Design, prestando-lhes uma análise inicial sem custo sobre seu produto, o que pode render uma oportunidade. O outro lado é a clássica situação daqueles que vêm de outras vertentes do design: um designer tradicional faz muitas coisas de graça, só por ser o “desenheiro” da família e dos amigos. Você não sabe, mas essas pessoas já contam com seus dotes maravilhosos, sem querer lhe pagar um centavo por eles. Logo, A diferença de mindset consiste em onde está a iniciativa. Explico:

Se uma pessoa te contacta pedindo que faça um projeto de graça, a resposta é definitivamente sempre não. O fato desse solicitante não querer pagar já esclarece que ele não te valoriza, e ainda vai fazer com que você trabalhe nos termos dele. É pedir pra sofrer.

Mas se você, por iniciativa própria, contacta alguém oferecendo seus serviços sem custo como forma de aprendizado, estamos falando de algo completamente diferente. Partindo de você, a pessoa provavelmente irá se sentir lisonjeada por ter sido escolhida para seu laboratório, e estará ciente de que o projeto será nos seus termos. Por esse caminho, você pode criar seus primeiros cases reais e aprender muito com eles, por mais simples que sejam, sem ser massacrado por pessoas que não compreendem o valor do seu trabalho.

Conclusão

Bootcamps são um grande passo para sua carreira de UX/UI Designer. Absorva o máximo, e sem perder tempo, coloque as mãos na massa assim que o curso terminar. Cada ação tomada contribuirá para seu crescimento e atratividade a empresas contratantes.

Uma reflexão sobre planejamento de carreira para UX/UI Designers

UX/UI Designers amam o que fazem

Um dos pontos principais que nos fizeram criar um produto para UX/UI Designers é o simples fato de que esses profissionais amam o que fazem. Não há quase nada pior nesse mundo do que ter um emprego detestável, em que você não vê a hora de chegar a sexta ou que morre de medo da segunda. É de fato um privilégio enorme trabalhar no que se gosta. Confúcio já tinha dito: “Encontre um trabalho que ama e não terás que trabalhar um só dia em sua vida.”

Temos diversos relatos de UX/UI Designers contando que quando seus filhos perguntam o que fazem, se orgulham em dizer que fazem produtos pra melhorar a vida das pessoas. Como amam o que fazem, são pessoas muito mais positivas, e o reflexo disso é claro em suas vidas pessoais. Essa satisfação profissional é um dos fatores, inclusive, que tem feito profissionais de outras áreas migrarem para Product Design. Pessoas de gestão, psicologia, arquitetura e até mesmo advocacia tem encontrado em UX/UI Design uma terra firme para trazerem seus conhecimentos anteriores a agregar ao crescimento e desenvolvimento do setor, e encontrarem sua satisfação profissional. Além, é claro, de designers de diversas outras vertentes, que ao vislumbrarem esse novo universo, vêm sem olhar pra trás.

Conduzir vs. ser conduzido

Você não pode esperar que vagas maravilhosas em empresas bacanas simplesmente apareçam em sua frente. É preciso que tenha uma visão mais “macro” sobre o seu tempo de carreira pela frente, mapeando-o de forma a lhe proporcionar cada vez mais experiências novas. Em vez de somente ser conduzido, conduza.

Pensando friamente, na média, temos 40 anos altamente produtivos em nossa vida: entre os 20 e 60 anos de idade. Antes dos 20 você ainda estava condicionado ao seu aprendizado básico, e depois dos 60, por mais que ainda possa estar em plena atividade, seu ritmo já é mais limitado. Você pode pensar “caramba, mas são 40 anos”! Esse tempo passa rápido demais para você não experimentar coisas novas e não ousar. Nas gerações passadas as pessoas almejavam ficar seus 35 anos de carreira na mesma empresa, por uma série de fatores. Em nossa geração, dificilmente você vai encontrar uma pessoa em início de carreira que queira isso para todos os seus próximos anos de trabalho.

Você já parou para pensar no tamanho de nosso mercado? Ou ainda, no tamanho dele no mundo? Nesse exato momento, pode ser que exista uma empresa na Romênia, Suécia, Canadá, Nova Zelândia ou Austrália precisando de alguém como você. Isso sem contar que nosso “novo normal” é trabalhar remoto, ou seja, você nem mesmo precisa se mudar para trabalhar em uma empresa nesses países.

Se você está em início de carreira, é natural que você aceite quaisquer oportunidades que aparecerem, por seu ímpeto em aprender e se desenvolver. Mas à medida que você se torna mais experiente e mais competente, é possível começar a buscar empresas que você realmente queira trabalhar. Mesmo assim, como sabemos que empresas não tem dado muitas oportunidades para Juniores, não fique parado: Como dissemos no artigo “Ainda” sou um UX/UI Designer Júnior, ter iniciativa é um fator de altíssimo impacto para recém-chegados. Então você pode sim escolher onde quer trabalhar: Encontre uma empresa que precisa desesperadamente de um UX/UI Designer (com nenhuma ou baixa maturidade de design), identifique seus pontos de dor, crie um case e faça-lhes uma proposta. Ao nosso ver de recrutadores, essa é, sem dúvida, a melhor forma de se iniciar uma carreira brilhante em UX/UI Design.

O ponto que queremos trazer à tona é sua inquietude profissional. Vamos aos fatos: Nosso mercado é novo e extremamente promissor. Produtos digitais já consolidados precisam estar em constante evolução, ao passo que outros novos nascem todos os dias. Empresas estão percebendo que cada vez mais precisam centrar produtos a seus usuários, o que nos abre um leque enorme de possibilidades, em praticamente todos setores. Nossa extrema conectividade com o mundo expande ainda mais essas possibilidades, pois temos acesso a produtos de outras pessoas, culturas e públicos, que são feitos tecnicamente de forma muito similar, com praticamente as mesmas ferramentas. Só com esses fatores citados, você consegue imaginar onde pode chegar?

Desenhe sua carreira

Quando é a hora de mudar de empresa? Ao mesmo tempo que essa pergunta é altamente complexa e envolve diversos fatores, a resposta pode ser muito simples: É hora de mudar quando você perceber que parou de aprender e evoluir. A grande meta de planejar sua carreira é assegurar seu constante crescimento profissional, tendo plena ciência de que você jamais pode ficar estagnado. Não deixe fatores como estabilidade, altos salários e status lhe iludirem nessa jornada — Mantenha sua inquietude e sua fome por mais. Para isso, separamos 3 dicas para te ajudar a ter a visão macro de sua carreira:

Decomponha seu tempo de longo-prazo

Nos atendo aos “40 anos de alta produtividade” mencionados anteriormente, você pode decompô-los em períodos definidos. Não se engane em achar que é muito tempo: mapeie-os de forma inteligente para que tenha um norte de onde está e onde pretende chegar em sua vida profissional. O critério para esse planejamento fica a seu rigor — o importante é que simplesmente você o tenha. Se você já começou sua carreira faz tempo, faça do mesmo jeito, reduzindo os anos disponíveis. Para efeito de exemplo, vamos brincar com alguns números dentro dos 40 anos: Você pode trabalhar 20 anos em 2 empresas, 10 anos em 4 empresas, 5 anos em 8 empresas, e assim adiante. Qual desses cenários é mais o seu perfil?

Liste suas empresas preferidas

Seguindo o último exemplo, se você escolheu trabalhar na média 5 anos em 8 empresas, o primeiro passo seria fazer uma lista de empresas que você almeja. É impossível que não haja algum lugar que você sonha em trabalhar… Que todo UX/UI Designer adoraria trabalhar na Apple, Google e Facebook, já sabemos! Inclua-as em sua lista, mas também, outras empresas que podem agregar muito à sua jornada profissional, além das do setor de tecnologia. Você pode variar indústrias (varejo, saúde, financeiro, etc.), tamanho (de grandes corporações a startups) e produtos (apps, sites, plataformas, softwares, etc.).

Informe-se sobre elas

Tendo sua lista montada, vá a fundo em conhecer cada uma delas. Há muitas formas de fazer isso: Converse com pessoas que trabalham ou já trabalharam lá, conheça os produtos, entenda o market share, descubra a forma que contratam. Crie um padrão com esses indicadores, e alimente um documento (como uma planilha) com todas essas informações. Evidentemente, com o passar do tempo, você verá que suas preferências vão mudar: Então, basta manter esse documento atualizado.

Trate seu planejamento como meta

De nada adianta somente fazer uma lista, ficar sonhando e não caminhar adiante. A ideia é que você trate esse planejamento como uma meta profissional, colocando-a em um lugar de destaque em seu cotidiano para que se lembre todos os dias de onde quer chegar, sabendo qual fase da carreira você está naquele exato momento e quanto falta para chegar em seu próximo objetivo. Para isso, empresas como a Deeploy.Me podem te ajudar a dar seu próximo grande passo na carreira.

Conclusão

Não se deixe levar pela correnteza da vida profissional. Os anos se passam muito rápido para que você fique estagnado. Assuma o controle, fazendo um planejamento a longo prazo de como você pretende crescer profissionalmente e consolidar sua carreira.

Porque você precisa de direcionamento em sua carreira

Mentoria pode alavancar sua carreira

Conceitualmente, mentor é aquele que usa sua experiência e sabedoria para andar ao lado de outra pessoa, auxiliando em seu crescimento e desenvolvimento para que atinja seus objetivos. Mesmo que nosso setor seja demasiadamente novo e tudo esteja acontecendo muito rápido, é primordial que você encontre uma pessoa para genuinamente contribuir em seu caminho rumo ao profissional que almeja ser, te inspirando nos próximos passos da carreira em uma relação próxima e aberta, sem rodeios, para evitar que cometa os mesmos erros ou que trilhe caminhos mais longos que podem ser simplificados.

Entenda seu perfil, e disponha-se a melhorá-lo

Antes mesmo de buscar um mentor, é necessário que você faça uma auto-análise para entender realmente o seu ponto de partida (onde você está agora) e o ponto de destino (onde você quer chegar). Para isso, vá a fundo no universo de UX/UI Design e encontre uma conexão real com seu perfil profissional. Tudo o que você já fez, empresas que trabalhou, pessoas que conheceu, o que gosta ou não de fazer e seus aprendizados sobre acertos e erros o levaram a onde você está agora; O quanto tudo isso agrega para seus próximos passos? Em todo o processo de UX/UI Design, qual é o seu lugar preferido? Até que ponto você aceita ser criticado? Além de ouvir conselhos, você está mesmo disposto a segui-los? E por fim, onde quer chegar em sua carreira?

Escolha bem seu mentor

Identificar um mentor não é um processo simples, por dois fatores: Profissionais com vasta experiência têm pouco tempo disponível, e você precisa ver essa pessoa como uma referência para sua carreira. Esse último ponto é digno de sua atenção: Esse profissional precisa ter uma experiência comprovada, credibilidade perante outras pessoas e autoridade para falar sobre os assuntos em questão, evitando que você seja iludido, que perca seu tempo ou que seja conduzido a seguir caminhos equivocados.

Vantagens de ser mentorado

Uma vez que você entende seu momento profissional e encontra um mentor, são muitos os ganhos para o seu desenvolvimento como UX/UI Designer. Ter alguém acompanhando seus passos pode fazer toda a diferença não apenas no ritmo de seu crescimento, como também no planejamento de sua carreira. Ou seja, mais do que dar dicas de processos, ferramentas e práticas, as dicas de comportamento e postura profissional são ainda mais importantes. Qualquer pessoa pode adquirir as habilidades técnicas de um UX/UI Designer, mas nem todas se tornarão profissionais inspiradores, que lidam bem com outras pessoas e levam o setor adiante.

Separamos 8 vantagens de ser mentorado, a saber:

1. Manter o foco em seus objetivos

Falamos anteriormente que você precisa ter seus objetivos profissionais bem definidos. Mas sabemos que, durante sua carreira, muitos fatores podem acontecer que o façam desviar-se desse caminho, como por exemplo definir muitas metas e trabalhar em muitas coisas ao mesmo tempo. O mentor te mostrará que é melhor trabalhar em menos coisas e se aprofundar nelas, aprimorando habilidades específicas que podem posteriormente te diferenciar dos demais.

2. Ajuda em desafios

São muitos os blockers de um UX/UI Designer em sua intensa jornada, considerando os desafios e cenários adversos para uma boa execução de seu trabalho. O mentor poderá te mostrar que você não está sozinho em seus dilemas, e também como lidou com situações similares à sua. Porém, atente ao fato de que o mentor não é um ponto de refúgio sempre disponível, ou seja, não pode ser sua “muleta” para um bom trabalho. Acione-o apenas quando necessário, em situações que realmente você não vê saída — para que não seja criada uma relação de dependência constante que te coloque em uma zona de conforto.

3. Evite ou reduza erros

Obviamente errar é importante para todos nós, pois assim aprendemos de verdade. Todos aprendemos errando. O papel do mentor nesse caso não é evitar a todo custo que você erre, mas sim fazer com que você veja com mais clareza as consequências de suas decisões e como podem afetar no longo prazo o seu foco na direção desejada. Em todo caso, alertá-lo de erros que ele já cometeu pode abreviar um sofrimento desnecessário. O mentor não irá simplesmente te dizer o que fazer, mas ampliar sua visão sobre como prosseguir de forma mais eficaz e menos arriscada.

4. Aumente sua produtividade

Cada profissional tem um ritmo, ferramentas preferidas e formas diferentes de chegar ao mesmo resultado. Como vivemos em um tempo em que não faltam recursos para nos deixar mais produtivos, o papel do mentor não é auxiliar na escolha das ferramentas (você deve fazer isso sozinho pois trata-se de uma questão de gosto), mas sim no impacto que elas podem ter na qualidade e velocidade do seu trabalho, abrindo sua mente para a importância da gestão de tempo.

5. Descubra o tamanho do universo de UX/UI Design

É extremamente necessário que UX/UI Designers sejam estudiosos. Essa é uma característica crucial em seu desenvolvimento profissional, que é a prática de ir a fundo em temas para expandir seus conhecimentos. Por mais que você já tenha descoberto diversas fontes de informação relevante, o mentor poderá dividir quais usa e os motivos para que as use. Sempre há alguma informação útil em sua manga que pode agregar muito a pontos específicos de seu trabalho.

6. Aprenda a lidar com críticas e feedbacks

A presença de um mentor fará com que você aprenda mais rápido a lidar com críticas, afinal, você estará constantemente sendo criticado por ele. Para tanto, entenda a importância da sinceridade dele. Quanto mais sincero e “áspero” ele for, mais rápido você estará preparado para lidar com stakeholders, que nem sempre tem paciência ou mesmo querem entender o ponto que você está defendendo.

7. Expanda seu network profissional

Esse é um ponto de suma importância em sua carreira. É simplesmente essencial que você conheça novas pessoas e adentre a seus círculos de relacionamento, e o mentor pode ser uma peça fundamental nesse processo. Ele pode não apenas te apresentar a essas novas pessoas que muito tem a agregar, como também pode te ajudar a se tornar a peça que faltava em seus próprios grupos, agregando-lhes mais.

8. Recomendações para abrir portas

É esperado, a seu devido tempo, que o mentor possa te defender perante outras pessoas a fim de que entendam e enxerguem seu potencial, além é claro de potencialmente te ajudar a conseguir novas oportunidades fazendo uso de sua recomendação pessoal. Porém, nesse ponto, é importante frisar que essa prática são acontece frequentemente, e que sua responsabilidade mediante essa indicação aumenta exponencialmente, afinal é o nome e a reputação do mentor que estão em cheque por você.

Conclusão

A presença de um mentor pode fazer uma enorme diferença em sua carreira. Analise-se a si mesmo, defina seus objetivos, encontre um mentor com quem você se identifica e inicie essa parceria, submetendo-se a seus conselhos. Veja-o como um agregador, uma fonte de ajuda apenas quando realmente necessário, e não uma fonte inesgotável de apoio.

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