Um assunto muito importante e pouco falado na comunidade de profissionais é sobre acessibilidade. Mas antes de ir mais a fundo neste assunto, a acessibilidade é definida segundo a W3C como:

Acessibilidade: condição para utilização, com segurança e autonomia, total ou assistida, dos espaços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, dos serviços de transporte e dos dispositivos, sistemas e meios de comunicação e informação, por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida;

De uma forma geral, muitos profissionais ignoram este assunto por se tratar de uma pequena porcentagem dos usuários ter algum tipo de deficiência cognitiva, seja ela física, visual ou mental. Se pensarmos de forma simples pessoas que não tem nenhum tipo de deficiência consegue usar um site acessível mas no cenário inverso, não acontece da mesma forma.

 

Então como mudar este cenário?

Catequisar os stakeholders e profissionais sobre a importância da acessibilidade desde o início de qualquer projeto é um bom caminho. A possibilidade de aumento da fonte do site, mudança de cor, contraste e fontes para dislexos são bons pontos a se pensar. Não estou falando de complexos e grandes investimento em tecnologia para se aplicar estes pontos mas sim de boas práticas que naturalmente, irão melhorar a experiência dos dois tipos de usuários: deficientes e não deficientes.

Tamanho de fonte

Segundo a W3C devemos trabalhar com fontes em três níveis que são: A, AA e AAA. Os usuários que tem a visão reduzida talvez tenham dificuldades de leitura em uma página com a fonte pequena enquanto o dislexo talvez não consiga ler o texto se não existir uma versão do site com a fonte OpenDyslexic, que é própria para este público. Para imagens de textos e textos o nível AA é o mínimo recomendado.

 

 

O aplicativo Bear trabalha com a Open Dyslexic para que dislexos possam criar textos sem problemas de leitura.

 

Contraste de cor

Seguindo essa lógica, os textos e imagens de texto no nível AA devem ter no mínimo 4.5:1 de taxa de contraste de cor. Isto quer dizer que a cor to texto tem que ter no mínimo 4.5x mais luminosidade do que a cor de fundo. Este cálculo é feito incluindo as pessoas de visão moderada e que não precisa de assistente de contraste e também de pessoas que tem daltonismo.

No cenário de nível AAA, o índice de contraste ideal vai para 7:1, ou seja, a luminosidade da cor deve ser 7x mais luminoso que a cor de fundo para as pessoas com visão entre 20/20 e 20/80 segundo o gráfico de Snellen. Pessoas que tem perca de visão acima de 20/80 precisam de tecnologia assistiva para aumentar o contraste e ampliação do texto.

 

Contraste de cor e texto

O tamanho do texto também é importante para definir a quantidade de contraste quedeve ser aplicado na fonte. Um exemplo de cor cinza com o valor de 150, 150, 150 em escala RGB funciona muito bem em fundo branco, mas apenas acima de 18 pontos de tamanho de fonte. Este formato passaria na conformidade do teste AA. Se usarmos a cor cinza com um valor 110, 110, 110 em escala RGB já funcionaria com qualquer tamanho de fonte e ainda seria compatível na conformidade AAA em fontes de 18 pontos. Os contrastes podem variar dependendo do tipo de família que estiver sendo usada. Por isso é bom pensar nas fontes com peso Light e Extra Light pois elas podem apresentar problemas de contraste.

 

 

É importante levar em consideração também as fontes que se utiliza degradê. Isto não limita a criatividade na hora de produzir algum projeto que tenha um forte apelo em cores e contraste. É preciso testar diferentes aplicações para ter certeza que está em conformidade de contraste.

 

Ferramentas de conformidade

Algumas ferramentas gratuitas estão disponíveis para testar a conformidade das fontes e cores do nosso projeto.

Colour Contrast Analyser

Este ferramenta tem algumas funcionalidades bem interessantes para uma versão gratuita. Além dos testes de conformidade, é possível testar os diferentes tipos de daltonismo aplicados no projeto e um comparativo deles, inclusive quem tem catarata. Tem para Mac OS e Windows.

Contrast Ratio

Esta ferramenta online permite testar diferentes cores em tempo real. Ela é bem útil por ser gratuita. Ela suporta valores RGBA e HLSA e suas combinações. A parte interessante é o suporte para testes com transparência de cores.

Color Safe

Esta ferramenta online permite criar combinações de cores para projetos acessíveis. Assim você pode escolher uma cor de fundo, uma fonte e o tamanho e ver qual melhor conformidade ela traz como resultado.

TED Talks (Tecnologia, Entretenimento e Design) é uma conferência que mudou completamente a forma de nos comunicarmos durante uma apresentação em público. Em geral, são falas curtas, de até 18 minutos, que têm como principal objetivo propagar ideias que valem a pena divulgar.

As palestras são realizadas em um ambiente descontraído e os palestrantes utilizam uma linguagem simples e clara, para que até uma criança possa entender. Além disso, a maioria das gravações é postada online e legendada em dezenas de idiomas. 

Para os entusiastas de plantão e futuros profissionais da área criativa, selecionamos cinco TED Talks sensacionais que podem contribuir, motivar, engajar e inspirar qualquer profissional criativo. Continue lendo e acompanhe quais são eles!

 

Quem apresenta?

O cientista cognitivo e crítico de design, Don Norman, estuda como as pessoas reais interagem com o design, explorando o abismo entre o que um designer pretende e o que uma pessoa normal realmente deseja. Seu trabalho resultou em alguns livros clássicos, incluindo “The Design of Everyday Things”.

Qual é o assunto?

Don Norman volta seu olhar para a beleza, a diversão, o prazer e a emoção, ao olhar para um design que deixa as pessoas felizes. Por meio de referências e uma linguagem descontraída, ele nomeia os três sinais emocionais que um produto bem projetado deve atingir para obter sucesso.

The Power of Design

 

Quem apresenta?

JD Hooge é co-fundador e diretor de criação da Instrument, uma empresa de marca e experiência de inovação digital. A equipe de mais de 200 tecnólogos criativos da Instrument ajuda organizações como Google, Nike, One Medical & Mercy Corps a navegar nas complexidades da inovação. 

Qual é o assunto?

Nesta palestra comovente e rica em pesquisas, JD Hooge, inspira um apelo à ação para que todos os designers façam uma diferença significativa no mundo. Ele diz que o design deve ser pensado como um “super poder” e, mais do que nunca, é hora de assumirmos a responsabilidade pelas coisas que criamos. Com nosso bem-estar digital em risco, os designers têm o privilégio e o fardo de exercer mais poder e influência do que nunca.

Simplicity sells

 

Quem apresenta?

David Pogue foi o colunista de tecnologia semanal do New York Times de 2000 a 2013. Ele é cinco vezes vencedor do Emmy por suas histórias no CBS News Sunday Morning, um autor de best – sellers do New York Times, cinco vezes palestrante do TED e apresentador do 20 NOVA especiais de ciências na PBS. 

Qual é o assunto?

Nessa palestra de 2006,  David Pogue aponta os piores infratores do design de interface da tecnologia e fornece exemplos encorajadores de produtos de sucesso. Em uma linguagem descontraída e divertida, ele canta para o público no fim de sua apresentação.

Steal Like An Artist

 

Quem apresenta?

Austin Kleon é um escritor que desenha, além de ser autor do best-seller do New York Times de uma trilogia de livros ilustrados sobre criatividade na era digital: “Steal Like An Artist”, “Show Your Work!”, “Keep Going”, “Roube como um diário do artista” e “Newspaper Blackout”.

Qual é o assunto?

Austin Kleon, faz sua apresentação baseado em seu livro, Steal Like An Artist, onde ele reproduz 10 coisas que ele gostaria de ter ouvido quando estava começando sua carreira como escritor e artista.

How Airbnb Designs For Trust 

 

Quem apresenta?

Joe Gebbia é designer, empresário, cofundador e Diretor de Produto da Airbnb. Em 2007, Joe e seus co-fundadores Brian Chesky e Nathan Blecharczyk transformaram o Airbnb em uma grande força revolucionária para a indústria da hospitalidade, criando uma nova economia para milhões de pessoas em 190 países ao redor do mundo.

Qual é o assunto?

Joe Gebbia fundou uma empresa com a ideia de que as pessoas poderiam confiar o suficiente para ficarem nas casas de pessoas desconhecidas e, nesse momento, muitas pessoas se perguntam: como ele superou o viés de perigo-estranho? É sobre isso que Gebbia fala nessa palestra incrível onde ele cita a importância de um bom design.

Independentemente do seu tempo de carreira, procurar boas referências no mercado e manter-se atualizado é sempre de grande valia. 

Esperamos que esse compilado de TED Talks possa te ajudar a dar um upgrade na sua carreira e lembre-se: essas palestras valem o “play” e a hora de ingressar em uma carreira de sucesso é aqui e agora. 

O UX Design está crescendo e com o objetivo de atender a demanda dos consumidores que estão cada vez mais exigentes e conectados, novas tendências estão surgindo e algumas delas prometem bombar em 2021. Continue lendo e acompanhe as principais!

 

UX Design: o que é?

Muito se tem falado sobre UX Design e a necessidade de priorizar a experiência do usuário, mas afinal, o que esses conceitos querem dizer? 

UX — User Experience (Experiência do Usuário) é responsável por projetar experiências de uso encantadoras para fidelizar e conquistar clientes.

Com esse objetivo, os designers de UX estudam o comportamento humano e os produtos e serviços oferecidos para encontrar formas de melhorar a satisfação e a lealdade dos clientes.

Normalmente, esse objetivo é alcançado por meio de três pilares:

  • Utilidade: o quão útil é o serviço para o cliente e o quanto é melhor fazer as coisas usando o serviço e não utilizando alguma outra alternativa;
  • Facilidade de uso: o quão fácil e rápido é usar o serviço e resolver o que for preciso usando ele e não utilizando alguma outra alternativa;
  • Prazer: o quão prazeroso (divertido, interessante, recompensador, etc.) é usar o serviço e não outras alternativas.

As tendências de UX que vamos ver a seguir nos comprovam que existe um universo imenso a ser desbravado pelos UX Designers que querem oferecer novas experiências ao usuário em 2021. Confira:

 

1. Inteligência Artificial

Nós já percebemos que se tornou mais comum o uso de interfaces otimizadas para UX, elementos de IA e Machine Learning. Nas tendências de UX, esses recursos serão usados para oferecer uma experiência cada vez mais personalizada para os clientes.

Por meio da Inteligência Artificial, é possível oferecer um atendimento personalizado ao cliente, como compreender a jornada de navegação dele e futuramente oferecer um produto ou serviço baseado nesse histórico de navegação, captado pela IA.

 

2. RV e RA

Realidade Virtual e Realidade Aumentada são soluções que foram usadas em 2020, mas que podem ser ainda mais exploradas em 2021. A exemplo do 3D imersivo, ambas as tecnologias possibilitam que o usuário tenha uma experiência realista, projetando objetos ao seu redor, como no caso do aplicativo da Tok & Stok que permite que o cliente experimente móveis, virtualmente, nos cômodos de sua residência.

 

3. Comando por voz

O comando de voz é uma das tendências de UX mais fortes para os próximos anos. Dados revelam que, em 2021, pelo menos metade de todas as pesquisas no Google devem ser feitas por comando de voz.

Para colocar em prática o comando de voz nos seus projetos, é recomendável verificar como esse recurso pode interagir com seu produto ou serviço digital. 

A integração se torna mais eficiente se você usar comandos predefinidos e a experiência de UX será melhor. Em primeiro lugar, você pode começar criando uma marca para seu comando de voz, isso personaliza o atendimento. Diversas empresas têm um personagem para simbolizar a marca.

 

4. Elementos 3D imersivos

Essa tendência do UX design proporciona ao usuário interagir de forma  mais real e imersiva com o conteúdo da página, porém ela requer uma plataforma de alto desempenho que permita rodar as soluções em 3D sem travar ou inviabilizar a interação do consumidor.

 

5. Ilustrações animadas

Muitos aplicativos atuais trabalham com ilustrações animadas e a tendência é que elas sejam cada vez mais comuns no design de onboardings. 

Só para reforçarmos essa tendência de design, as ilustrações animadas são conteúdos que funcionam muito bem com usuários que não interagem com outras informações. Sendo assim, a mensagem chega de maneira rápida para todos os públicos, conforme seus perfis e interesses. Este deve ser um ponto de atenção para o time de design UX.

 

6. Mobile First

Essa tendência sugere pensar e planejar as interações principalmente para dispositivos móveis, como smartphones e tablets. E isso se dá pelo aumento no consumo nesse tipo de dispositivo em detrimento do consumo de notebooks e computadores de mesa. 

Ou seja, ter um site responsivo nos dias de hoje e nos dias futuros é um pré-requisito para promover uma boa UX.

 

7. Micro interações

Uma das tendências de UX são as micro interações, que proporcionam uma experiência muito real para o usuário. Para trabalhar com esta tecnologia, o ideal é criar diversos elementos no menu do usuário como dicas visuais, telas iniciais, guias, ícones e botões que possuam movimento, por exemplo.

 

8. Qualidades nas imagens

Tanto em fotos, como no uso de cores, texturas e grafismos, o UX Design promete proporcionar uma experiência estética ainda mais impactante para os usuários. 

Então, usar imagens de alta qualidade, com uma textura quase tátil e ainda com recursos gráficos que se mesclem a fotografias reais, são possibilidades dentro da estética de um site que queira adotar o UX design em sua construção.

 

9. Minimalismo

O minimalismo é essencial para não tirar o foco do nosso objetivo, evitando que o cliente tenha uma experiência cansativa.

Para otimizar a jornada do usuário, a recomendação é usar ferramentas que otimizem o tempo das pessoas e tornem os aplicativos e produtos digitais mais rápidos e certeiros, com o uso de recursos contextualizados e sistemas padronizados que se adaptem ao usuário.

 

10. Login sem senha

São tantas senhas e regras de segurança para cada plataforma que isso se torna um problema. Os usuários perdem e misturam as senhas e, no fim, deixam de acessar o produto ou serviço digital pela burocracia de recuperá-las. 

Se você quer inovar e atrair mais usuários através das principais tendências de UX, troque as senhas que exigem números, letras e caracteres especiais por PIN, reconhecimento facial ou impressão digital, por exemplo.

We use cookies to give you the best experience. Cookie Policy