Como UX/UI Designers podem definir e evidenciar seus diferenciais únicos
O que te torna único(a)?
Seguindo o raciocínio dos professores de universidade: Todos buscamos instituições de ensino para expandirmos nossos conhecimentos e efetivamente aprendermos a fazer alguma coisa da qual já tenhamos alguma inclinação. Passamos alguns anos enfurnados em livros, longas aulas e experimentos, aprendendo ao máximo com a chance de errar sem gerar prejuízos para nós mesmos e para clientes. Ao final do curso, os alunos estão igualmente treinados para o mundo real, pois receberam o mesmo volume de aulas, das mesmas pessoas. Daqui em diante, outros fatores começam a fazer toda a diferença: Alguns alunos absorvem e retém mais conhecimento, outros nem tanto; alguns vão buscar emprego, outros vão empreender; alguns avançam como generalistas, outros imediatamente se aprofundam em uma determinada disciplina. Começa então, uma “disputa” entre profissionais com a mesma qualificação técnica mas com diferenciais humanos que muito dizem sobre seu perfil — e consequentemente fazem toda a diferença ao que as empresas estão buscando para seus times de Design.
O valor de sua cultura
Existe um fator de extrema relevância que deve ser levantado: Sua cultura. Onde você nasceu e como foi sua criação, a relação com sua família e amigos, do que gosta e do que não gosta, o quê e quem te inspira, seus hábitos e hobbies, experiências positivas e negativas, o que escolheu como profissão, onde e no quê já trabalhou, lugares que frequenta, livros e filmes que consome, e muito mais. A somatória de todos esses fatores constrói quem você é hoje, e esse conjunto todo tem influência direta na forma como você se comporta no trabalho. Suas relações interpessoais são geradas à partir dessa cultura, que juntamente com suas habilidades humanas (que chamamos de soft skills) adquiridas, formam um UX/UI Designer que pode ter um valor inestimável, se posicionado da forma correta: Afinal, empresas contratam pessoas e não robôs. Como você irá passar a maior parte do tempo útil de seu dia trabalhando, elas se preocupam em como você irá gerenciar sua cultura e soft skills em um ambiente com diversas outras pessoas, cada uma com seu respectivo perfil.
O que empresas querem “comprar”
Em linhas extremamente diretas: empresas compram seu tempo, conhecimento e experiência. Você é recompensado financeiramente por dedicar esses três fatores todos os meses, em favor de um negócio e seus produtos. Desses três fatores, note que um deles é o que você foi treinado; os demais são ativos que dependem muito mais do seu desempenho humano. A forma como você administra seu tempo (equilíbrio de produzir bem e rápido) e como faz uso de bagagem anterior (como você minimiza erros, conduz processos e lida com outras pessoas) são os fatores mais relevantes para que uma empresa escolha você. Como esses fatores sofrem influência direta de sua cultura, é então seu trabalho canalizar todo esse montante e criar um perfil profissional que evidencie e valorize seus pontos fortes.
Produtifique-se
Como somos muito diferentes uns dos outros, o que você precisa definir como importante para criar um produto de si mesmo(a)? Nesse cenário, entenda que você é o produto e empresas são o consumidor: Elas estão ávidas em adquirir algo que seja útil, que traga benefícios, que supra bem uma necessidade e que não traga problemas. Então o seu desafio é passar essa ideia claramente, criando uma versão sua que seja atraente, interessante e convincente de que você é a melhor opção de aquisição — e não apenas isso, mas que esclareça os pontos que fazem de você único(a), te diferenciando de outros UX/UI Designers. Conforme falamos no artigo Concluí o Bootcamp de UX/UI Design! E agora?, para isso, recomendamos 4 passos:
1. Liste suas competências adquiridas
Há quem diga que se pegássemos uma folha de papel e começássemos a escrever tudo o que sabemos fazer, ficaríamos surpresos. Você só terá noção se pegar esses pensamentos e convertê-los em palavras escritas. Independente de sua procedência e experiência anterior, você já aprendeu muito ao longo de sua vida até agora.
2. Conecte-as a UX/UI Design
Crie conexões dessas competências adquiridas às necessidades das empresas e aptidões de um UX/UI Designer. Alguns exemplos: se você vem de Marketing, suas habilidades visuais e de relacionamento com marcas podem agregar a UI e UX Writing. Se você vem da engenharia, suas habilidades com números e da funcionalidade das coisas pode agregar à pesquisa e à sua visão do produto final. Se você tem muita experiência internacional, o conhecimento de outras culturas pode ajudar a identificar pontos sensíveis de termos e simbologias que passariam despercebidos (para o caso de produtos multinacionais), entre outros. À partir dessas informações, elabore um texto curto e direto sobre quem você é, especificando cada ponto de conexão, para que essa introdução resuma sua carreira e mostre o porquê de você ser uma peça importante em um Design Team.
3. Prepare seu Portfolio e perfil no LinkedIn
É certo que a avaliadores e recrutadores sempre recorrem com essa dupla. Segundo nosso artigo LinkedIn + Portfolio: Encontrando o ponto de equilíbrio, a expectativa deles é encontrar no LinkedIn um detalhamento completo sobre sua qualificação e trajetória profissional, e no Portfolio, a demonstração de sua capacidade técnica e experiência. Esse equilíbrio precisa existir, e trabalhar a seu favor: “No LinkedIn você alega, no Portfolio você prova.”
4. Conte sobre sua cultura
Como recrutadores, vemos muito frequentemente UX/UI Designers seguindo o padrão mais simples de apresentação profissional em suas páginas de portfolio: Uma breve introdução, um grid de projetos e seus principais links no rodapé. Esse pack é funcional, pois entrega a informação que o usuário quer consumir de forma muito objetiva. Fato. Mas…
O que infelizmente não vemos com muita frequência é uma página de “sobre mim”, e menos ainda, uma que realmente desperte interesse.
Como a prioridade é entregar a informação principal, UX/UI Designers acabam por não valorizar ou deixar pra depois a construção dessa página de perfil. É aí que mora o problema: Essa página serve para você esclarecer a sua cultura, e nisso, demonstrar seu valor e se diferenciar da maioria. Logo, é uma tela em branco para você pintar com o seu universo! Garanta que ela seja convidativo, interessante, e principalmente, que convença que você é muito mais do que um par de mãos.
Listo abaixo alguns exemplos dessas páginas, de alguns profissionais que foram selecionados por nós ao #PortfolioDaSemana no nosso Instagram:
Para te ajudar nesse processo, crie um perfil em nossa plataforma. Trabalhamos bastante para que você, simplesmente por responder às perguntas feitas, chegue a um resultado plenamente satisfatório com as informações mais relevantes e na medida certa.
Conclusão
Para que seu valor profissional aumente e empresas tenham uma ideia mais aprofundada de você, invista tempo em construir essa informação de forma estratégica. Capriche no design e garanta que essa página seja uma representação de tudo o que você considera que tem valor em você mesmo. Boa sorte!
O que empresas esperam de profissionais que atuam à distância
Escritório vazio? Oh.
Imagine-se chegando ao escritório e encontrando-o vazio antigamente. Isso podia significar automaticamente algumas coisas (todas negativas): A empresa estava mal das pernas? Perdeu um cliente importante? Demissão em massa? Os times estavam desmotivados? Funcionários estavam em greve? Todos tínhamos medo de um escritório vazio. Mas depois de todo o furacão que o mundo passou no último ano, se você chegasse a um escritório vazio hoje, não pensaria mais essas coisas. Provavelmente a primeira coisa que viria à mente seria “caramba, a galera aqui já está em full remote work!” Já estamos condicionados a esse formato, e agora, os desafios são outros. Ao passo que não temos que nos preocupar em se arrumar para sair todos os dias, transporte e violência, agora temos que manter a saúde mental e conseguir separar bem o trabalho da vida pessoal.
Houve impacto mesmo?
A profissão de UX/UI Designer já dava espaço para esse formato, mas nós não tínhamos noção do quanto. Sejamos francos: Os softwares que usamos são, em maioria, estruturalmente colaborativos; Usamos mídias digitais para nos comunicarmos, mesmo estando a poucos metros de distância do companheiro ao lado; e em nossos picos produtivos, já investíamos horas de foco direto sem interação para a conclusão de X tarefa importante. Então, o que realmente perdemos foi o calor humano — E com ele, lá se foi nossa rotina casa-trabalho-casa; Estamos agora sempre em casa e sempre no trabalho. O que separa esses dois estados é meramente nossa organização de horas. Mas é claro que sentimos falta das reuniões, almoços, estar junto, chegar, ir embora, oferecer carona… Perdemos na qualidade das relações, mas ganhamos tecnicamente em produtividade.
O que as empresas evoluíram
Com o distanciamento social, empresas remontaram sua forma de liderar, organizar, executar e entregar. Listo abaixo os principais pontos que foram evoluídos:
- Gestão — Foi necessário aumentar a maturidade de gestão, de forma a conseguir que colaboradores sempre estejam supridos de atividades e mantendo sua produtividade. Para isso, criaram-se “rituais” como um stand-up diário, uma demonstração ou crítica semanal e conversas 1–1 periódicas, definindo melhores horários do dia para conversas.
- Economia — Investimentos que antes eram designados a infraestrutura e logística, agora podem ter um novo destino: Novas tecnologias, novos produtos, e principalmente, contratar mais pessoas. Para empresas de fora do Brasil, com a desvalorização do Real, tornou-se ainda mais favorável contratar brasileiros.
- Cultura — Já que as pessoas não necessariamente estão inseridas em um ambiente que transpira a cultura da empresa, foi necessário criar alternativas para garantir que sua essência esteja em cada ação de seus colaboradores e em como se relacionam com a marca, envolvendo-os em todo esse contexto de forma estratégica (o que chamamos de “gerar lovers”).
O que esperam de um “remote worker”
Como já falamos no artigo Saber fazer não é suficiente na carreira de UX/UI Designer, no médio prazo, muito mais importa suas soft skills do que suas hard skills. Isso implica diretamente em sua forma de trabalhar e no quê a empresa espera de você, especialmente atuando em modo remoto. Essas habilidades vão ditar o seu ritmo de trabalho, seus entregáveis, sua relação com o time, sua prestação de contas, seu aprendizado, e mais. O ponto principal a ser levantado aqui é:
A sua própria iniciativa de prever e eliminar potenciais problemas em sua relação com a empresa evolui o seu nível e aumenta seu valor profissional.
Para isso, listo abaixo 6 questões para você antever e já converter em ações para começar e manter uma relação boa, transparente e duradoura. Listo abaixo:
Foco
Sem uma pessoa para “percorrer o escritório”, fica mais difícil saber exatamente o que você está fazendo. Como obviamente os gestores não irão à sua casa para fiscalizar seu trabalho, eles não fazem ideia do que se passa do outro lado da tela de um call. Logo, deixe suas condições de trabalho adaptadas para produzir bem e manter o foco, e crie uma rotina diária simples de interação e prestação de contas ao seu time. Dessa forma, terão certeza de sua disponibilidade, empenho e interesse.
Constância
Apesar de todos termos picos produtivos em determinados dias e horários, sua produtividade precisa se manter linear. Por mais que você invista um dia inteiro em calls com diversas pessoas, e outro dia focado em apenas 1 tarefa altamente complexa, mantenha-se motivado e produtivo no mesmo nível, estendo igualmente presente e interagindo ao ser solicitado.
Pontualidade
Se você estivesse no escritório e o CEO da empresa quisesse falar com você imediatamente, ou ele iria à sua mesa ou te chamaria à mesa dele. Da mesma forma, para uma reunião com o time, bastaria que todos saíssem de suas mesas para ir à sala de reuniões do escritório, no horário estipulado. Basicamente, o único fator que justificaria sua falta de pontualidade para calls e reuniões seria algum problema técnico de energia ou conexão à internet. Mesmo que esses problemas ocorram, há outros meios de notificar os envolvidos com alguma antecedência sobre um possível atraso.
Aproveitamento de gaps de tempo
Para equipes que contam com membros em diferentes localidades do mundo, o desafio está nos fusos. A diferença de horas pode ser um enorme blocker, como também pode ser uma grande vantagem. Pensando que exista uma janela de tempo onde todos de todas as localidades estão ativos e disponíveis, mesmo que seja por poucas horas, é o horário que você pode interagir mais e obter o que precisa para trabalhar. Nas demais horas fora dessa janela, antecipe o que precisa para o próximo dia para que a resposta já tenha vindo quando ele começar.
Idiomas
Conseguir se comunicar em outro idioma se tornou ainda mais essencial. Se antes você conseguia se virar apenas escrevendo, agora vai precisar dos dois igualmente pois a qualquer momento um colega de fora irá te acionar para passar algum ponto específico. Pedir um call rápido é muito mais fácil do que antes era levantar da cadeira e ir à sua mesa, e as pessoas já adotaram essa enorme facilidade de comunicação.
Riqueza cultural
Esse é um ponto muito relevante. Como times estão sendo formados com pessoas provenientes de diversos estados e/ou países, o ponto de vista de cada integrante tende a ser ainda mais diferente, o que pode agregar a um projeto de UX/UI Design em muitos pontos. Traga suas particularidades regionais, raciais, financeiras, de costumes e mais, para ajudar no desafio de se fazer um produto para todos, quando postas de frente com as de alguém de fora do seu circuito e realidade.
Conclusão
Torne a condição de trabalhar remotamente como um ponto de partida para melhorar drasticamente sua postura profissional. Criar e manter um bom relacionamento com o time e a liderança da empresa deve partir de você.
Como reduzir a fricção entre UX/UI Designers e empresas
Afinal, o que cada parte quer?
O cenário de contratação em geral é desafiador. Desde sempre, empresas tem dificuldades para encontrar os melhores talentos, e profissionais tem dificuldade para serem colocados. Como cada parte está de um lado, essa conexão tende a ser tardia, cara, estressante e com grande margem de erro. Por esse motivo, existem empresas como a Deeploy.Me, que tem por objetivo encurtar essa distância entre as partes e minimizar ao máximo o tempo, custos agregados, risco e stress.
Em nossa experiência como especialistas no mercado de UX/UI Design, identificamos questões que são únicas desse setor, além dos básicos de um processo seletivo comum. Essa experiência nos possibilita, com base em profundos estudos e análises, a identificar os principais pontos de dor de ambas as partes, como você está acostumado a fazer em sua rotina de UX/UI Designer. Mas antes disso, se formos pensar friamente no que cada parte quer, de forma muito resumida, temos:
Empresas: Encontrar apenas bons candidatos, avaliar poucas opções, contratar rápido, reter o profissional e ver os frutos dessa aquisição.
Profissional: Ser convidado por empresas bacanas, fazer um bom trabalho, crescer na carreira e ser recompensado financeiramente.
Mas sabemos que, na realidade, atingir tais desejos não é tão simples quanto parece. É um desafio para ambos.
Principais dores das empresas
Seu objetivo com produtos digitais é sempre gerar resultados em seus negócios. Para isso, estão dispostas em investir em UX, melhorando a relação com seus clientes e potencializando o crescimento e consolidação de seus produtos. Mas o que a maioria dos colaboradores não têm ideia, ou ao menos não levam em consideração, é a enorme e pesada camada de suor e lágrimas derramadas pela existência do negócio. Conforme mencionamos no artigo Entrei. Saí. Onde errei?, antes mesmo da empresa existir, alguém arriscou tudo, teve coragem, ousadia, resiliência e determinação para não apenas abrir um negócio, mas para mantê-lo vivo e operante pelo máximo de tempo possível. Parte fundamental da construção desse organismo vivo são as pessoas que fazem parte dele, e aqui cito Steve Jobs:
“Não faz sentido contratar pessoas inteligentes pra sempre lhes dizer o que fazer. Contratamos essas pessoas para que nos digam o que fazer.”
Logo, a liderança de toda empresa precisa que seus colaboradores a ajudem nessa grande jornada, cada um no que lhe cabe. Mas para isso acontecer, o primeiro passo é contratar.
Listo abaixo algumas das principais dores das empresas para isso:
Receber candidatos demais
É comum que, ao abrir uma vaga, o avaliador receba enxurradas de currículos e portfolios. Mesmo que ele fique feliz em ver que um grande número de pessoas têm interesse em colaborar em sua empresa, ele não tem tanto tempo disponível para avaliar, e é fato que esse processo vai se tornar extremamente cansativo, estressante e frustrante.
Falta de qualificação pra vaga
Uma vez tendo recebido muitos aplicantes interessados, começa o segundo problema: Profissionais que não têm perfil pra vaga, candidatam-se mesmo assim, apesar de o descritivo ter sido claro em suas exigências: Como exemplo, alguns designers de outras vertentes (como Design Gráfico, Direção de Arte, etc.) candidatam-se para vagas de UX Designer, outros não têm a experiência desejada, ou não dominam a língua exigida, entre outros.
Despreparo para o processo seletivo
Infelizmente, a maioria esmagadora de candidatos não estão preparados para serem avaliados, mesmo que muitas vezes tenham o perfil da vaga. Apresentam portfolios desatualizados e desconexos com o LinkedIn, não conseguem demonstrar a experiência que possuem, não se dão bem nas entrevistas, são muito exigentes em salário e benefícios, e mais.
Maturidade questionável
É muito comum que UX/UI Designers cometam equívocos sobre sua maturidade na área. Vemos frequentemente profissionais se entitulando sêniores tendo menos de 2 anos de atuação, outros alegando serem especialistas em uma disciplina mas sem comprovação da eficácia de sua especialidade, ou ainda, dizendo que atuam há muitos anos mas com projetos no portfolio que não demonstram a qualidade e a consistência de alguém tão experiente.
Errar na contratação, perdendo tempo e dinheiro
Conforme falamos no artigo Senso de urgência é necessário?, um profissional não é um item de varejo para que seja devolvido à loja depois de uma reclamação ao SAC. Há uma grande camada de fé, um voto de confiança por parte da empresa, que foi criada com base no processo seletivo, na qual ela dá crédito ao profissional e espera não ser decepcionada pois tal fato lhe custaria muito tempo e dinheiro.
Não conseguir reter um talento
Toda empresa, depois da contratação, tem o enorme desafio de reter um bom profissional. Para isso, elas investem pesado em sua cultura interna, provendo ao colaborador um cenário acolhedor, apaixonante e inspirador, para que este sinta-se parte de uma família. Com isso, mediante seu esforço e talento, é correspondido com reconhecimento, crescimento e retorno financeiro.
Principais dores de UX/UI Designers
Como as empresas, profissionais também têm seus objetivos próprios. Estão assistindo o setor crescer avassaladoramente, com salários cada vez mais atraentes; A chance executarem tarefas que adoram, a possibilidade de serem parte de empresas inovadoras e disruptivas, de ganharem notoriedade e de colaborarem significativamente na vida e cotidiano das pessoas que consomem os produtos que fazem. Mas para chegarem lá, é necessário romper a barreira de um processo seletivo.
Listo abaixo suas principais dores:
Descritivos de vaga sem sentido
Como nem toda empresa possui um DesignTeam consolidado, com uma liderança específica em UX, vemos muitos descritivos de vaga que apresentam exigências completamente inadequadas. Isso acontece por alguns motivos: A empresa não possui maturidade em design, o responsável pela abertura da vaga não é qualificado tecnicamente para avaliar, a empresa precisa de um faz-tudo por ser pequena, entre outros.
Processos seletivos longos e cansativos
Por mais que processos sejam criados para a seleção ser mais assertiva e justa, alguns deles são muito longos e exigentes pois são compostos por diversas etapas, que avaliam pontos diferentes: Habilidades de comunicação, competências técnicas, psicológicas e comportamentais, chegando inclusive a avaliar as mídias sociais e sua situação jurídica do candidato.
Falta de oportunidades pra iniciantes
Infelizmente a maior parte das vagas que se abrem são para UX/UI Designers Plenos e Sêniores, ou minimamente, exigem alguma experiência do candidato. Esse fator frustra diversos profissionais recém-formados e/ou em transição de carreira. Com isso, é comum que empresas com times maiores tendam mais a abrir espaço para iniciantes, para que possam ser bem treinados e acompanhados por outros mais experientes.
Não receber feedback
Consideramos esse o maior ponto de dor de candidatos. Como processos seletivos avaliam muitas pessoas, nem sempre os recrutadores conseguem dar uma resposta rápida, ou mesmo uma resposta em si, a todos os candidatos que foram desclassificados. Mesmo assim, como recrutadores, discordamos de tal atitude e fazemos o máximo para que todos os candidatos recebam feedback, e também que sejam orientados sobre o que os desclassificou para que obtenham melhores resultados em próximas oportunidades.
Ser contratado para uma coisa, e fazer outra
Vemos diversos relatos de profissionais que foram selecionados para exercer uma lista de tarefas, e acabam por serem cobrados por outras; ou que foram contratados para produzir e acabam tendo de liderar, e vice-versa. Esse impacto de promessa não-cumprida e a sensação de estar sendo “explorado” sem recompensa gera a desmotivação, que unida ao aquecimento do setor, leva ao êxodo de muitos profissionais no médio prazo.
Trocar de emprego e não gostar do novo
Com o frequente assédio do mercado a profissionais mais qualificados que ocupam bons cargos, mediante propostas tentadoras, UX/UI Designers tendem a ficar inseguros com essa transição, tomando o máximo cuidado com promessas, benefícios exorbitantes, liberdade demais para trabalhar, entre outros. O que os assombra é o medo de trocar de emprego e não se adaptar ao novo, não poder voltar ao antigo e com isso perder tempo precioso de sua carreira e produtividade.
Conclusão: Como encontrar o equilíbrio?
Encontrar o equilíbrio entre essas duas partes é o que adoramos fazer. É esse o nosso trabalho: Garantir que empresas consigam contratar bem, rápido e gastando pouco; E que UX/UI Designers possam colocar-se em oportunidades alinhadas ao seu perfil. Para que esse processo aconteça, veja abaixo nossas orientações básicas:
Empresas
Independente de sua maturidade em Design, conforme falamos no artigo Contratação faz parte da estratégia de UX, não deixe para pensar nisso aos 45 do segundo tempo. Para lançar um produto ou melhorar um já existente é necessário construir um time com as pessoas certas para atingir tais objetivos, tomando decisões seguras e pensadas. Traga sua necessidade para irmos a fundo no que realmente precisa: Auxiliamos na construção do descritivo da vaga, buscamos, selecionamos, recrutamos e cuidamos do processo de contratação (conforme o perfil de cada empresa) para que seu DesignTeam nasça, cresça e consolide-se como peça fundamental na saúde da empresa.
UX/UI Designers
Esteja preparado para ser avaliado em seu máximo potencial. Antes mesmo de pensar em seu portfolio e postura profissional, faça uma auto-análise de que tipo de UX/UI Designer você é: O que busca, o que faz melhor, como sua experiência anterior agrega, de que forma pode fazer a diferença e onde pretende chegar. Com isso claro em mente, conforme falamos no artigo LinkedIn + Portfolio: Encontrando o ponto de equilíbrio, oriente sua apresentação profissional a esse objetivo para que recrutadores possam rapidamente encontrar o que buscam em você de forma convincente e consistente. Cadastrar-se na Deeploy.Me é um passo crucial que vai ajudar muito nesse processo.
Boa sorte! 🙂