Como outras vertentes do Design podem agregar (ou atrapalhar) sua carreira

Encontrando seu lugar

Como recrutadores, nossa visão tem origem no ponto de vista de empresas, ou seja, de como vêem e o que esperam dos profissionais que buscam para compor seus times de Design. Por isso, sempre recomendamos que UX/UI Designers reflitam constantemente em qual é sua real vocação. Esse tipo de profissional, de forma quase unânime, adora o que faz e genuinamente quer fazer do mundo um lugar melhor, um projeto de cada vez. Para isso, não se trata de habilidades, nem de sua experiência anterior (mesmo que seja grande), mas de o que você ama fazer e como pode canalizar esse conjunto de atividades ao benefício de pessoas, por meio de sua atuação em projetos para as empresas às quais presta serviços.

O universo de UX apresenta um conjunto de atividades dos quais você, certamente, tem as suas preferidas devido ao seu perfil — que nada mais é do que a somatória de quem você é com suas experiências de vida, cultura, network, e mais. Uma dessas disciplinas, que está contida em UX, é UI, ou seja, a camada visível de tudo o que é estruturalmente UX. Para os designers que são oriundos de outras vertentes do design visual, como Designers Gráficos, Diretores de Arte e WebDesigners, UI é a que mais se assemelha ao tipo de trabalho que estão acostumados, que consiste em criar soluções visuais para as mais variadas finalidades. Mas UI não é isso, ou ao menos, não é só isso. Entre diversos fatores (como softwares e tipos de entregáveis), a maior diferença entre essas vertentes e UI é o pós-entrega. O trabalho de um UI Designer não termina quando seu layout fica pronto. Ele precisa ser responsável por cada uma de suas decisões de design: fatores como o estilo de ícones, escolha de fontes e conceito das formas precisam funcionar e ajudar a gerar resultados, e não apenas serem belos. Seu design é posto à prova imediatamente e constantemente, e te força a ter de lidar com críticas de todos os envolvidos nas mais diversas variações de pessoas e objetivos específicos. Logo, essa tarefa requer muito mais responsabilidade e aprofundamento, porque ela atinge níveis estruturais do que é um produto e sua finalidade.

Mesmo designers que alegam ter ambas habilidades entitulando-se UX/UI Designers, precisam refletir sobre essa realidade: Se você usa UI depois de UX, seus entregáveis devem mostrar essa competência. Em vias práticas:

Designers Gráficos, Diretores de Arte e mesmo WebDesigners não são automaticamente UI Designers, menos ainda UX Designers.

O que UI Designers fazem?

Colocando de lado o óbvio — a capacidade de criar layouts bonitos, funcionais e replicáveis — existem critérios a serem considerados para o entendimento da extensão do papel de um UI Designer:

Não fazem arte, projetam

Suas criações não são baseadas em seus gostos pessoais, nem para serem apreciadas por um público qualificado. São projetos que requerem pensamento analítico e prático, para que sejam utilizados por qualquer tipo de pessoa sem que seja necessário pensar.

Lidam com desenvolvedores

Quando seu trabalho “termina”, começa o dos desenvolvedores. O fato de seu entregável não ser o produto final resulta na existência desse usuário intermediário que tenham que considerar, para que o trabalho deles seja simplificado, objetivo e com o menor risco de retrabalho possível.

Se responsabilizam por seu Design

Sabem que diante de questões de força maior como prazo, budget e quantidade de envolvidos, sua ousadia visual tem limite. Por isso, a responsabilidade por seus elementos visuais é maior, fazendo com que seja necessário colocarem de lado o preciosismo em favor da fluidez do projeto.

Seguem regras e orientações de UX Designers

Entendem que há uma marca a ser obedecida, que já possui suas próprias regras visuais. Logo, sua criatividade é canalizada a esse universo já definido, para que abram espaço mesmo com limitações. Além disso, recebem orientações de UX Designers antes, durante e depois de seu trabalho, que são os indicadores provenientes de pesquisas, validações e preocupações como acessibilidade.

Se preocupam com a implementação

Por saberem que seu Design não é para si mesmos, consideram a necessidade de seus entregáveis finais serem feitos com maestria: O acervo de arquivos do projeto é devidamente organizado, nomeado e preparado pensando no próximo. Sabem que, se o seu Design é bom, desenvolvedores e outros designers poderão utilizá-lo sem que a função e a qualidade sejam comprometidos.

Estudam referências e melhores práticas

Para que sua criatividade ganhe corpo e seja funcional em meio a fatores que tem influência direta em seu trabalho, entendem que é necessário estudar frequentemente. Esse fator os coloca numa posição de observação muito maior, abrindo sua visão para que não errem no básico.

O que UI Designers mostram em seu portfolio?

É importante mencionar que o portfolio de um UI Designer é de suma importância para sua imagem profissional. Novamente indo além do óbvio — que é a existência de um belo portfolio — há pontos a serem levantados que requerem sua atenção no mesmo nível da qualidade das imagens finais:

Variedade consistente de projetos

Uma vez que seu trabalho é focado em interfaces, não é difícil criar um padrão de apresentação de cases mesmo que o objeto de cada projeto seja completamente diferente um do outro. A consistência está na forma e na ordem que apresentam os componentes do case, evidenciando sua particularidade.

Seu processo, ambientando e explicando suas decisões

Por mais que seus entregáveis não necessariamente envolvam descobertas, pesquisas com usuários e validações, UI Designers contam a história do projeto da perspectiva do look & feel. Nisso, mostram o processo criativo de como resolveram determinado problema e atingiram o resultado final.

Como sua versatilidade enriquece o projeto

Quando existentes, mostram competências extras como ilustração, tipografia, fotografia e animação e como sua presença gera impacto na qualidade do projeto. Quanto mais Tailor Made for, mais valor é agregado para diferenciar seu design dos demais, condicionados em maioria ao simples e “já pronto”.

O detalhamento do que escolhe ou cria

Apresentam cada componente, por menor que seja, e sua função no todo. Esses componentes visuais, sejam eles cores, fontes, ícones ou formas, são detalhados no motivo que foram escolhidos e como devem ser empregados por outra pessoa.

E o que recrutadores esperam de UI Designers?

Consideramos esse fator o mais importante, ou o objetivo final da postura de um UI Designer: Fazer com que seu valor seja notado e valorizado por empresas. Mais uma vez indo além do óbvio — que é caprichar em sua apresentação profissional — há fatores humanos que recrutadores buscam em UI Designers:

Que sejam organizados

Já que todo criativo tem a fama de ser bagunçado e desorganizado, qualquer sinal avesso a essa pré-definição é sem dúvida agregador. Esses sinais são enviados não apenas nos cases do portfolio, mas na forma em que você os diagrama, na sequência de seu storytelling, na ausência de erros gramaticais, e mais.

Que não sejam preciosistas

Estar preparado para ouvir que seu design não funciona, ou que é raso demais, ou ainda que é bonito mas não é adequado é uma competência importantíssima. Se você não quer ser rotulado como artista, esteja aberto às críticas de recrutadores e avaliadores pois eles sabem claramente do que precisam, além, é claro, de serem o usuário a ser agradado.

Que seu trabalho seja profundo e responsável

Se quisessem que você apenas criasse telas bonitas, você não estaria sendo avaliado. Em um universo onde há infinitas fontes de mock-ups, layouts, UI kits, ícones e outros templates, fica fácil entregar telas bonitas. Não querem ver desafios de design e layouts de redesign não-solicitado, simplesmente porque no mundo real, não há provas de que funcionam.

Que entendam processos de UX

Você não pode ser leigo ou tapar os olhos aos demais componentes do universo de UX, porque uma vez contratado, lidará com eles todos os dias. Saber a diferença entre Guidelines de Marca e Design System, por exemplo, é primordial para garantir sua permanência depois da primeira semana de trabalho.

Conclusão

Ser um UI Designer requer muito mais do que ser capaz de entregar um design bonito. Mesmo que haja uma vasta bagagem anterior em outras vertentes do design, é mesmo necessário um aprofundamento nas reais práticas desse tipo de profissional para separar o quanto sua bagagem agrega ou atrapalha seu mindset. Empresas buscam profissionais seguros de sua especialidade, e que tenham entregáveis alinhados com todos os demais fatores que o cercam.

O que UX/UI Designers podem fazer para que avaliadores mantenham contato

Mas antes: A entrevista.

Para que possamos entender o comportamento das empresas em não dar feedback em processos seletivos, primeiro precisamos parar para analisar o cenário todo — lembrando que não concordamos com tal atitude, mesmo que erros tenham sido cometidos pelo candidato. Dar feedback deve ser parte do processo, a todos os candidatos igualmente.

Entende-se que, se você foi chamado a uma entrevista, já houve uma primeira análise de seu perfil e portfolio. Essa triagem prévia já “elimina” a maior parte dos candidatos que de imediato não têm perfil para a vaga, mas que mesmo sabendo disso, candidatam-se na estratégia do “vai que cola”, como mencionamos no artigo Seu Perfil X Vaga: Há mesmo um match?. Esse é, sem dúvida, o ponto mais agressivo a um recrutador, fazendo com que ele perca tempo e rapidamente te marque com uma red flag — o que pode inclusive comprometer suas futuras candidaturas a outras vagas nessa empresa.

Nesse momento, a sua postura precisa ser profissional. Não se trata de seu nível de maturidade, experiência e habilidades, mas sim da forma como você leva essa conversa. Já de antemão, existem dois fatores que recrutadores esperam na entrevista:

Mostre-se genuinamente interessado na vaga

Essa impressão pode ser passada de diversas formas. Listo abaixo algumas perguntas pertinentes a serem feitas, para o caso de essa informação já não ter sido passada previamente ou trazida à tona por parte do avaliador:

  1. Que estágio está o projeto?
  2. Como é dividido o time?
  3. Terei acesso a pessoas de outros departamentos?
  4. Qual a maturidade de Design?
  5. Qual é a cultura da empresa?

Tenha conhecimento da empresa

Esse fator mostra diretamente sua motivação pela oportunidade, pois esclarece que você se identifica com a empresa e seus produtos: Caso contrário, você idealmente não teria se candidatado à vaga. Como toda empresa tem o desafio de fazer com que seus colaboradores sejam seus primeiros evangelistas e entusiastas, já vir com essa etapa vencida pode fazer muita diferença. Já houveram casos em que os candidatos, na entrevista, sabiam mais sobre a empresa do que os avaliadores. Listo abaixo alguns exemplos de informações para você trazer:

  1. O tamanho da empresa;
  2. Seus principais produtos;
  3. A opinião pública sobre ela;
  4. Sua posição no mercado.

Aaaaah, o feedback. Porque não vem?

Estar do outro lado da mesa e conduzir um processo seletivo não é tarefa fácil. É como paternidade: Somente entendemos completamente as ações de nossos pais quando nos tornamos pais. O entrevistador tem à sua frente um trabalho árduo e uma grande responsabilidade, que é buscar e encontrar a pessoa certa sem altos custos, com rapidez e mínimo risco (pois mesmo depois da decisão ter sido tomada, é possível que tenha sido equivocada pois pouco se sabia do comportamento do contratado, somente de suas promessas). Ele está na situação de dar apenas 1 resposta positiva, e todas as outras negativas — Logo, ele está ciente de que investirá muito mais tempo com respostas negativas (e suas justificativas individuais) do que com a única positiva. Por esse motivo, principalmente, é que infelizmente muitos candidatos não recebem feedback. Então, como fazer para ser digno da atenção dessa pessoa? Veja abaixo dicas para você obter suas respostas:

Ainda na entrevista

O primeiro passo para que você seja contactado no pós-entrevista em caso de não aprovação é simplesmente, ainda durante a entrevista, perguntar sem medo e com educação quando a empresa pretende tomar uma decisão sobre a vaga. Fazê-lo em nada ofende ao avaliador, e mostra que você está levando a sério o processo seletivo e que valoriza seu passe. Logo, o avaliador se sentirá mais inclinado a dar-lhe um feedback, pois abriu a organização de sua agenda ao lhe dar um prazo.

Logo após a entrevista

Assim que a entrevista terminar, você pode reforçar seu interesse na vaga. Para isso, basta que no mesmo dia ou na manhã seguinte você envie um e-mail de agradecimento pelo tempo investido em você (afinal, uma ou mais pessoas pararam suas atividades para te dar atenção), pelo interesse em seu perfil, pela oportunidade da entrevista e se colocando à disposição para eventuais fatores que não tenham sido levantados. Isso ajudará o recrutador, em meio a diversos outros candidatos, a se lembrar de você em sua tomada de decisão. Não faça perguntas diretas — Esse contato é uma conclusão, e não o início de outra conversa.

Dias depois da entrevista

Se em 1 semana em média você não for contactado com uma decisão (seja ela positiva, negativa ou informativa para uma próxima fase do processo seletivo), pode ser um momento oportuno de fazer follow-up. É justo dar tempo ao avaliador, pois é certo que houveram outras pessoas entrevistadas depois de você — e é possível que esse processo se estenda ainda por mais tempo. Não use mensagens diretas e redes sociais para isso: E-mail é a forma mais adequada e menos ofensiva para essa tentativa de reaproximação.

Saiba a hora de aceitar o não

Durante esse período de espera, é perfeitamente aceitável que você continue em seu processo de busca por vagas em outras empresas pois ainda não houve nenhum comprometimento de sua parte. Jamais desista de uma vaga por outra, já tendo sido aprovado.Se em 2 semanas não houver nenhum retorno, chegou o momento de aceitar a negativa e concentrar-se em outras oportunidades.

Descubra o “porquê não?”

Como é dito, saber perder e aprender com a derrota é um ingrediente presente na mente de todo vencedor. De nada adianta irritar-se, achar o processo injusto ou desqualificar os avaliadores mediante uma resposta negativa. Em vez disso, buscar saber o motivo da negativa é a informação mais importante que você pode tirar de todo esse cenário: A identificação de um erro é o primeiro passo rumo ao caminho certo, pois sem essa informação, você irá inconscientemente continuar cometendo o mesmo erro repetidas vezes a cada nova oportunidade. Peça sinceridade do avaliador, pois quanto mais branda for a resposta, menor o impacto positivo que pode ser gerado em suas futuras ações.

É relevante também colocar que a causa da negativa pode não estar em você: A vaga pode ter sido cancelada, ou outro candidato simplesmente venceu pois tinha mais qualificação ou fit — o que não significa que houve erro algum de sua parte.

Para esse caso, manter a porta aberta é sempre o melhor desfecho.

Já houveram inúmeros casos em que UX/UI Designers foram reprovados em processos por motivos como esses, mas mediante sua postura de compreensão, paciência e interesse, não foram esquecidos e pouco depois foram chamados pela mesma empresa a novas vagas.

Conclusão

Para obter as respostas que procura, esteja atento às suas atitudes, prezando pelo máximo profissionalismo. Avaliadores darão espaço e investirão tempo apenas a candidatos com tal postura, que mostraram estarem devidamente preparados antes da entrevista e interessados na vaga. Mesmo que a resposta demore ou não venha, saiba o momento de seguir em frente, deixando sempre a porta aberta.

Boa sorte!

Como UX/UI Designers podem preparar-se e agir rápido em processos seletivos

Ver, ouvir, decidir

Quando uma oportunidade é aberta, o ponto de partida é você considerar a experiência de te contratar, entendendo a realidade de quem abriu a vaga. Na maioria dos casos, os tomadores de decisão são pessoas extremamente ocupadas, que não são especialistas em Recursos Humanos — e que além de avaliarem, ainda precisam cumprir suas diversas tarefas normais. Logo, entende-se que toda e qualquer ação a ser tomada por você nesse processo precisa ser prática, rápida e eficaz, estando orientadas a proporcionar uma jornada marcante ao contratante. Infelizmente, a realidade é bem diferente: eles tem que lidar com UX/UI Designers despreparados para uma avaliação e ausentes, fatores que fazem com que percam o timing da vaga porque forçam avaliadores a ter de esperar que se prepararem pra serem avaliados, e depois esperarem ainda mais por sua resposta tardia.

Vamos a um ponto básico: O que um avaliador quer?

  • Ver seus trabalhos para te dar credibilidade;
  • Ouvir as histórias e porquês que você irá dizer;
  • Decidir por sua contratação, pensando no máximo aproveitamento de suas habilidades.

Conforme citamos no artigo Como vagas de UX/UI Designer são abertas?, Quanto mais rápido for esse processo, melhor.

Uma alusão simples: Você é um fabricante de cadeiras. Seu telefone toca: é um cliente precisando urgentemente de uma nova cadeira, pois a dele quebrou. Ele diz: “Olá! Preciso de uma cadeira e não encontrei fotos da que você faz, pode me enviar?” Você então responde: “Não tenho fotos pra enviar agora, mas olha, a cadeira que eu faço é bonita, confortável e se adapta a qualquer ambiente. Vou tirar fotos e te mando!” Não poder ver a imagem vai imediatamente desencorajá-lo de sua intenção de compra, pois ele tem ciência de que a parte mais preocupante ainda está por vir: quando receber a cadeira, ele irá usá-la. Passar pela situação de não gostar da cadeira e ter que devolvê-la é sem dúvida o que ele não quer, e o primeiro sinal disso já é não ter conseguido nem ver a cadeira. Se isso acontecer, além de ainda não ter seu problema resolvido, a perda de tempo e a sensação de voltar à estaca zero é terrível.

No universo de contratação não é diferente. Candidatos não tem projetos atualizados pra mostrar, pedem mais tempo para montá-los e fazem alegações sem comprovação, esperando que o avaliador lhes dê um voto de confiança. Mas como você não é um objeto de varejo, se o avaliador se arrepender de sua decisão não poderá simplesmente ligar no SAC, devolver o produto e pedir outro, no caso deste ser ruim. Arrepender-se de uma contratação é um processo caro, estressante, demorado e até traumatizante, dependendo das atitudes de ambas as partes. Por isso, empresas são altamente criteriosas e exigentes em seus processos seletivos, e esperam que você dê respostas rápidas e certeiras pra que seu tempo renda. Antes de oferecer sua cadeira, mostre-a para despertar o desejo de compra no consumidor.

Preparação: A necessidade

Para UX/UI Designers, estar preparado representa muito mais do que somente estar disponível para atender uma ligação, responder um e-mail ou uma mensagem direta. Significa que você já precisa ter feito um conjunto de ações que são esperadas pelo recrutador. Mas o que eles pedem imediatamente para sua avaliação? Conforme falamos no artigo LinkedIn + Portfolio: Encontrando o ponto de equilíbrio, suas expectativas no primeiro momento consistem basicamente em encontrar um portfolio atualizado (para poderem avaliá-lo tecnicamente) e um perfil no LinkedIn (para poderem ver sua trajetória e experiência). O que passar disso pode ser considerado um fator a mais que te coloca à frente dos demais concorrentes.

Um bom exemplo desse over delivery seria ter um site próprio único, bonito, funcional e atualizado que já reúna as informações mais relevantes desses dois lugares, isentando o recrutador de ter que visitar mais de um lugar. Portanto, considere que ter tais fatores trabalhando por você é estar preparado. É completamente inadequado pedir ao avaliador que lhe dê mais tempo pra atualizar seu portfolio.

Presença: O senso de urgência

Partindo do pressuposto de que você está preparado para ser avaliado, passamos para a próxima fase, onde imediatamente avalia-se o seu comportamento. Daqui em diante, todas as suas ações estarão sendo “gravadas”, uma vez que os candidatos que não tinham perfil já foram desclassificados. Como você passou da primeira onda, as expectativas são maiores, e tendem a aumentar ainda mais nas próximas ondas. Por isso, é justamente nesse ponto que o senso de urgência toma a frente: Cada minuto investido em você deve compensar, afinal você ainda está concorrendo com outros profissionais, só que agora, iguais ou melhores do que você. Logo:

Faça o tempo trabalhar a seu favor.

A velocidade de suas ações é um ponto de grande valor. Além de revelar seu real e genuíno interesse na vaga, ela passa a impressão de respeito ao tempo do avaliador. Se tudo o que lhe for solicitado tiver uma resposta pronta, ganha-se mais pontos. Veja abaixo algumas dicas para você agir rápido:

Direcione seu portfolio à vaga

Se você tiver experiência em diversas indústrias e estiver se candidatando a uma vaga em um banco, por exemplo, é evidente que apresentar projetos relativos a essa indústria irá dar peso ao seu perfil. Por isso, faça alterações em seu portfolio de maneira a dar mais evidência a esses projetos. Essa ação precisa ser fácil, simples e rápida. Como você é um UX/UI Designer, não é difícil escolher uma plataforma de portfolios ou criar um site próprio que possibilite essa praticidade, certo?

Siga orientações de recrutadores

Se o processo seletivo estiver sendo conduzido por um recrutador especializado, as orientações provenientes dele fazem toda a diferença em suas chances, afinal, ele tem um conhecimento muito mais aprofundado da expectativa e do perfil da empresa contratante. Uma orientação frequente é que você desabilite projetos de outras vertentes do Design provenientes de sua experiência anterior (como Design Gráfico, Ilustração, Tipografia, e mais) do seu portfolio, para que o avaliador da empresa encontre somente e exatamente a competência pela qual ele tem a intenção de te contratar.

Crie uma apresentação específica

Como comentado por Lucas Hirata sobre como conseguiu entrevistas em empresas como Facebook e Google, se sua vontade de trabalhar em certa empresa for mesmo gigante, invista tempo em uma apresentação de alto impacto. Você não precisa de uma semana inteira pra isso: Seja rápido pra não perder o timing. Descubra quem são avaliadores e como impressioná-los, saiba tudo sobre a empresa, expresse sua relação pessoal com o produto dela, explique diretamente como sua presença pode conduzir a resultados. Fatores como esses fazem os olhos dos avaliadores brilharem, como se você estivesse entregando-lhes um presente.

Responda rápido a e-mails

Talvez por estarmos na era do contato direto, as pessoas tendem a pensar que e-mails não são mais uma forma eficaz de comunicação. Errado. A questão mais importante dos e-mails é a documentação, ou seja, a trajetória de sua presença na caixa de entrada das empresas será informada posteriormente a outras pessoas. Com isso, responder rapidamente a e-mails constrói uma imagem de colaboração e prestatividade, de forma comprovada.

Atenda a contatos diretos

Não custa dizer que você precisa atender a seu telefone e esponder mensagens. Como é improvável que avaliadores te liguem diretamente sem antes terem trocado e-mails ou mensagens, essa ligação normalmente já é esperada. Ou seja, não há justificativa para recusá-la. A inacessibilidade a você pode passar uma idéia de descaso e desinteresse, levantando uma red flag de que talvez, quando contratado, você desapareça sem dar satisfações.

Conclusão

Estar preparado para agir rápido em um processo seletivo é fundamental para que você obtenha sucesso. Para isso, garanta que tudo o que está em seu controle esteja atualizado e seja de fácil edição, para facilitar a todos os envolvidos no processo.

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