Especialidades de UX/UI Designers para montar seu DesignTeam

O papel do Design

O rápido avanço da tecnologia (e tudo o que foi criado por meio das possibilidades geradas pela internet) fez com que houvesse uma gigantesca evolução do papel de um designer. Artista, editor de imagens, criador de layouts, diagramador, ilustrador, projetista de marcas e muitas outras facetas rotulavam o que um designer fazia, condicionando-o a associar seu trabalho a fins editoriais e de marketing, para os mais variados tipos de clientes. Agora, além dessas finalidades, o designer tornou-se uma peça indispensável a todo tipo de empresa que tem ou deseja ter um produto — mais especificamente, um produto digital. Seu papel não é mais apenas estético e de apoio, mas ser um dos alicerces da concepção do produto em si, abrangendo pontos antes subvalorizados pelas empresas. Tais pontos têm impacto direto em seus negócios, e em como geram valor ao consumidor. É a era dos UX Designers.

Com sua visão, pensamento estratégico e capacidade de execução, Design Teams voam alto e criam experiências memoráveis em produtos, orientando-se prioritariamente no usuário para a identificação e solução de problemas.

Entendendo as funções

Convencido que seu produto precisa de um profissional desses? É certo que sim. O próximo passo então é montar o seu Design Team para dar vida a um produto, ou melhorar o atual. Por onde começar?

A resposta é: Não comece ainda. Não antes de entender a variedade de funções que esses profissionais podem exercer, e como tais funções podem ser exercidas por pessoas de especialidades diferentes. Dentre as denominações criadas para essas funções, listo abaixo as mais populares — é importante mencionar que existem diversas outras, e que o objetivo aqui não é definir regras, mas listar segundo o mercado) — às quais os profissionais associam a seu perfil individual:

UX Designer

Esse profissional entende completamente o processo e consegue aplicá-lo de forma sistêmica e organizada, criando e acompanhando uma visão macro da jornada do usuário. Define os indicadores de pontos como pesquisa, descoberta, arquitetura da informação, wireframing e prototipagem, sendo capaz de analisar esses dados, construir conclusões e fazer defesas de design a stakeholders para demonstrar resultados gerados, e ainda, estabelecer possibilidades e alinhamentos com desenvolvedores.

UX Researcher

É uma especialidade mais aprofundada da descoberta, em cenários mais abrangentes e complexos. Reúne percepções e feedback, conduz pesquisas específicas (como etnográficas, por exemplo), faz mapas de empatia e diversas análises de comportamento e motivações dos usuários, além de avaliar como a experiência do usuário afeta a estratégia para ajudar a alinhar as necessidades dos usuários com os recursos viáveis para o produto. Nessa especialidade vemos diversos profissionais em migração e carreira oriundos de humanas, como psicólogos e analistas. UX Researchers são mais procurados por empresas com produtos grandes e já solidificados no mercado, que impactam um número maior de usuários.

UX Writer

Desenvolve textos e micro-textos claros, objetivos, com personalidade e alinhados com a cultura da empresa e sua relação com os usuários, prezando prioritariamente pela compreensão direta para que estes consigam cumprir tarefas de forma consciente e intuitiva. Para tanto, é necessário que tenha um vocabulário forte e demonstre a gramática adequada. Da mesma forma que UX Researchers, UX Writers atuam em grandes empresas, em produtos mais populares que atingem mais pessoas.

UX/UI Designer

Trata-se de um profissional “híbrido”, que além de garantir seus entregáveis como UX Designer, também está apto a criar interfaces completas e a gerir todos os componentes que a compõem. Por sua visão mais abrangente, consegue garantir um design consistente, baseado em um conceito significativo e solidificado na marca, mas que também possua a qualidade esperada para obedecer as diretrizes geradas pela UX. Tal profissional está mais condicionado a desenvolver projetos inteiros sozinho, sendo mais indicado a times mais enxutos, projetos menores ou empresas recém-nascidas mas altamente promissoras, como startups.

UI Designer

Esse profissional é o responsável pelo look & feel de um produto digital. Domina a aplicação de cores, espaço, tipografia, iconografia e ilustração, compreendendo e partindo (ou em alguns casos, criando do zero) das diretrizes e regras de marca. Além de estar ciente das leis de experiência do usuário, entende profundamente sua responsabilidade de criação e organização de elementos visuais, e na forma como são preparados para serem manuseados por desenvolvedores. Na maioria dos casos, UI Designers vêm de outras vertentes do design, como Branding e Graphic Design, adequando-se aos padrões de trabalho requeridos para produtos digitais.

Visual / Motion Designer

É capaz de um aprofundamento maior no refinamento visual de cada elemento. Orientado a pensar em interações e micro-interações, valoriza cada detalhe, possibilitando que a linguagem visual seja mais impactante através de detalhamentos em pontos estratégicos — fazendo uso de efeitos, animações, ou mesmo a própria existência de recursos visuais em pontos inexplorados ou subvalorizados pela maioria. Da mesma forma dos UI Designers, esses profissionais vêm de outras vertentes como edição de vídeo, ilustração, tratamento de imagens, caligrafia, pintura e afins.

Product Designer

Possui uma visão amplificada ao nível de negócio, entendendo profundamente os objetivos da empresa na construção ou melhoria de seus produtos. Define prioridades, compreende completamente o espaço do problema versus a viabilidade das soluções propostas, fala constante e diretamente com clientes, entende de dados mercado a ponto de convertê-los em ações estratégicas, e é claro, é capaz de conduzir a aplicação de todo o processo de UX à luz de sua visão de produto.

Design Ops

É um facilitador que abre o caminho da fluência de comunicação entre departamentos em favor do Design. Esse profissional literalmente é encarregado das operações do design, agindo como um evangelista para estabelecer formas confiáveis e sólidas de unificação e padronização visual em toda a empresa. Seu mindset preza pela supervisão de como os departamentos fazem uso do design em diferentes cenários, finalidades e até culturas (para o caso de empresas multinacionais).

Montando seu Design Team

Depois de compreender todas as funções, em primeira análise, o próximo passo seria identificar quais dessas funções são prioritárias para o momento do produto e da empresa, alinhadas ao budget disponível para cada uma. Com isso em mente, a seleção dos profissionais deve ser mapeada de forma a posicionar cada integrante como especialista em uma vertente, pois por mais que todos entendam do processo de ponta-a-ponta, a possibilidade de combinação de especialidades pode gerar um impacto muito maior na produtividade e qualidade da entrega da equipe. Além disso, é parte da estratégia mesclar níveis de senioridade, pois ter muitos profissionais com o mesmo nível hierárquico pode posteriormente se tornar um problema.

Além dessas funções citadas, temos ainda as funções gerenciais e mais orientadas para a estratégia da empresa, como UX Lead, UX Manager, CX Designer e Service Designer. Esses papéis exigem que o profissional tenha bem mais experiência, sendo capaz de conduzir com maestria seus relacionamentos verticais na organização (reportam suas decisões, ações e resultados a quem está acima, bem como garantem o direcionamento, produtividade e o foco de quem está abaixo.

Conclusão

Para construir seu Design Team, aprofunde-se no conhecimento das especialidades para compreender cada uma delas, evitando contratações equivocadas. Para essa finalidade a Deeploy.Me pode ajudar no planejamento de seu Design Team, buscando, selecionando e alocando profissionais que tenham um bom fit com o momento e o perfil de seu produto.

As diversas formas de você fazer a diferença e ajudar outros profissionais

O senso de colaboração

Não pensar só em si mesmo é uma premissa fundamental de UX/UI Design. Prova disso é que você passa o dia todo pensando em outra pessoa: aquela que vai usar o produto em que você está trabalhando. Esse mindset está presente não apenas na entrega ao consumidor final, mas também no processo: Com as metodologias que usamos, recursos como Design Systems possibilitam que times produzam mais, errando menos e em menos tempo, de forma que diversos departamentos conversem melhor e tenham um produto unificado. Tudo isso é baseado, dentre outros fatores, no senso de colaboração.

Quando pensamos no profissional de UX/UI Design em toda a sua variedade de perfil, procedência, nível e objetivo, entendemos que existem 2 fatores que são cruciais em sua vida profissional, aos quais ele pode usufruir e deve contribuir à sua comunidade: Carreira e crescimento profissional. E é importante mencionar que esses dois pontos não estão condicionados apenas a profissionais mais experientes ou pessoas que tem um network mais amplo, mas também menos experientes, mesmo que ainda pouco tenham a agregar. Afinal, somos todos eternos aprendizes.

Carreira

Conforme falamos no artigo Planeje como o trabalho afeta sua vida, o trabalho é onde concentramos a maior parte das horas de nossa vida adulta, por quase 40 anos. Por isso, não deve ser algo que você se arrependa, ou simplesmente deva esperar os dias passarem um após o outro; mas sim, algo que te traga prazer, empolgação, determinação e ambição para constantemente alçar vôos cada vez mais altos. Se formos parar para pensar, é quase certo que você foi ajudado por alguém em algum ponto de sua carreira. Todos temos pessoas que nos favoreceram de alguma forma, em um bom momento, para um objetivo que fez a diferença.

Listo abaixo o que você pode fazer para contribuir à carreira de UX/UI Designers:

Recomende amigos a vagas

Quando ficar sabendo de uma oportunidade, lembre-se daquele amigo que está nesse momento precisando de colocação. Sempre temos bem mais pessoas no radar do que imaginamos. Fazer isso é muito simples: Envie-lhes o link da vaga, marque-os na postagem, ou se você conhece o contratante, recomende seu amigo diretamente.

Publique vagas

Se a empresa em que trabalha estiver abrindo novas oportunidades, com as devidas permissões, publique-as em suas mídias sociais e/ou nos grupos de WhatsApp, Telegram e Slack que faz parte. Da mesma forma, caso você esteja abrindo uma vaga, percorra esse mesmo caminho e também conte com empresas como a Deeploy.Me para ajudar a encontrar o perfil que procura mais rápido, com menos custos e menos risco de erros de contratação.

Dê oportunidade a júniores

É sabido que empresas não tem dado muita abertura para UX/UI Designers em início de carreira. Se tomar essa decisão estiver em seu poder, faça o possível para prover-lhes oportunidades. Por mais que sejam ainda inexperientes, temos visto diversos casos de júniores com excelente postura, entrega e colaboratividade, fazendo bom proveito de seu principal ingrediente que é o ímpeto e a vontade de colocar em prática os conhecimentos recém-adquiridos.

Seja mentor

Conforme falamos no artigo A importância da mentoria em UX/UI Design, todo UX/UI Designer menos experiente na carreira precisa de um mentor. Você pode fazer muita diferença na velocidade e na qualidade da evolução de júniores, conduzindo-os por caminhos menos tortuosos a cada decisão que devam tomar.

Compartilhe suas experiências

Acreditamos que UX/UI Designers também precisam ser bons contadores de histórias. Escreva artigos ou grave vídeos compartilhando sua trajetória de carreira, apresentando os erros e acertos que fizeram com que você chegasse onde está e te moldaram para se tornar o profissional que é hoje.

Capacitação e informação

Apesar de nossa área ser relativamente muito nova, vemos diversos profissionais promovendo excelentes cursos para capacitação de outras pessoas. Além de uma grande oferta de cursos à distância (como a Aela.io, UX Unicórnio, Punk Metrics, entre outras) há também escolas com cursos especializados em UX/UI Design (como a Mergo, Tera, Ironhack, Digital House, EBAC, entre outras). Obviamente sabemos que essas pessoas e empresas tem seus objetivos de negócios, mas entendemos que a raiz de todas essas iniciativas é seu comprometimento com o crescimento do setor, abastecendo o mercado com pessoas treinadas e capacitadas.

Além desses formadores “oficiais” há também canais no YouTube excelentes como UXNOW, DesignTeam, If You Wanna Fly, U&IDesign e Ladies That UX que muito podem ajudar em seu aprendizado, cuja contribuição à comunidade de UX/UI Designers é, no mínimo, gigantesca.

Não é necessário que você seja um professor treinado ou necessariamente um youtuber para agregar a outras pessoas; Basta compartilhar seus próprios aprendizados do jeito que lhe for mais fácil. Você pode fazer isso de diversas formas:

Escreva artigos

Uma forma muito pertinente de contribuir é ajudar pessoas a não cometerem os mesmos erros que você. Por mais que sejam situações, momentos, cenários e pessoas diferentes, é sempre bom mostrar as suas red flags e seus blockers, pois nunca se sabe o que outros profissionais estão passando. Nesses artigos, conte histórias curtas e objetivas sobre o que aconteceu e o que foi feito para remediar a situação, esclarecendo o seu aprendizado.

Crie conteúdo nas mídias sociais

Mais especificamente no Instagram, LinkedIn e YouTube (por serem as mais usadas por UX/UI Designers), compartilhe seus conhecimentos em forma de posts, stories ou vídeos. São muitas as possibilidades: Você pode abordar recursos de ferramentas, métricas, metodologias, tendências, curiosidades, e mais. Por mais que os alicerces da profissão sejam do conhecimento de todos, é muito interessante abrir como você pensa, como conduz sua produtividade e como usa os recursos disponíveis para atingir os objetivos requeridos. Além disso, quando você vivenciar momentos marcantes em sua carreira, deixe que outras pessoas saibam e possam usufruir dessas experiências.

Promova eventos

Mesmo com todo o cenário limitado que estamos em decorrência da pandemia, você pode criar diversos tipos de eventos para engajar pessoas e compartilhar seus conhecimentos. Defina temas específicos e faça vídeo-conferências para debater e tirar dúvidas, participe de lives (se você não tiver dificuldade de falar “em público”) para expôr seu ponto de vista baseado em sua experiências, ou ainda crie conjuntos de lives detalhando processos que envolvam problemas reais de empresas que precisam da visão de um UX/UI Designer.

Conclusão

Todo UX/UI Designer precisa entender e exercer seu papel na sociedade (o que pode fazer para melhorar a vida das pessoas) e em sua comunidade (o que pode fazer para agregar a outros UX/UI Designers). Com esse driver em mente, suas ações falarão mais alto do que suas palavras, fazendo com que você seja não apenas um profissional respeitado, mas também valorizado.

Alternativas para UX/UI Designers planejarem suas carreiras

Ter opções é preciso

Temos visto que o período profissional de UX/UI Designers em empresas não costuma ser muito longo. Isso se deve ao fato de que, mesmo que você ingresse como júnior em uma empresa, em menos de 10 anos você já terá passado por todas as experiências que essa empresa pode lhe proporcionar em seu departamento, chegando a cargos de gerência e permanecendo neles por algum tempo. Concluímos então que em nosso setor as pessoas dificilmente almejam ou necessariamente permanecem em empresas por períodos muito longos — Como era o que a maior parte das pessoas buscava na geração anterior. Como as transformações no mundo atual tomaram um ritmo ainda mais acelerado em 2020, as pessoas estão percebendo que a necessidade de buscar opções e se adaptar são agora indispensáveis. Estabilidade? Mito. Satisfação profissional ficando na mesma empresa muito tempo? Impossível. Então, que rumo tomar?

Conforme falamos no artigo Planeje como o trabalho afeta sua vida, nosso tempo útil de trabalho pode ser muito bem planejado, considerando que temos em média 40 anos para isso. O primeiro passo é conhecer todas as possibilidades, estudá-las e identificar quais tem mais o seu perfil ou fit com o seu momento atual.

Tipos de empresas

No Universo de UX/UI Design, existem 3 tipos de organizações que englobam a diversidade de opções para profissionais dessa área. Com variantes como tamanho, tipo de produto e indústria, cada um desses perfis tem aberto espaço para Design Teams fazerem a diferença em como conduzem seus negócios, na criação e atualização de seus produtos digitais. Passando por cada uma delas rapidamente:

Tradicionais

Apresentam o formato “padrão”. Há organização interna, hierarquias bem definidas e departamentos específicos, onde um deles é o de Design. A empresa já dispõe de produtos que precisam passar por transformação digital, ou querem criar outros totalmente do zero. Você será parte de um time maior e mais misto, sendo tratado como parte de uma grande engrenagem. Terá (uma certa) estabilidade, benefícios e até um plano de carreira já definido, que vai depender não apenas de seu esforço mas também das oportunidades internas que a empresa poderá oferecer. Esse formato de negócio é o mais buscado por profissionais de todas as maturidades, porque fatores como cultura interna, peso da marca, popularidade ou o próprio produto fazem muita diferença no desejo de estar inserido nesse meio. Nesse contexto, podemos tomar como exemplos empresas financeiras como o Nubank, varejistas como a B2W, de saúde como a RaiaDrogasil, automotivas como a Toyota, serviços como a Enel, Tecnologia como a Samsung, ou mesmo empresas que são integralmente aplicativos como o Rappi e o Uber.

Você poderia passar pela escada do crescimento interno dessa forma:

  • Junior UX Designer
  • Mid-Level UX Designer (ou só UX Designer)
  • Senior UX Designer
  • Design Manager
  • UX Lead
  • UX Director

Agências de Publicidade

Nesse tipo de empresa o dia-a-dia é bem diferente. Agências não utilizam UX em seus produtos, mas sim para produtos de outras empresas, podendo ser fixos (cria-se do zero e mantém-se a equipe no pós-lançamento) ou temporários (campanhas publicitárias baseadas em produtos digitais). Isso faz com que a forma como os negócios são conduzidos sejam bem diferentes, pois a empresa detentora do produto (o cliente da agência) investe nele tanto em horas de criação já acordadas quando como em projetos independentes, chamados de Client-Cost. Esses projetos são originalmente criações da agência em sua grande maioria, oferecidos e vendidos a seus clientes de acordo com sua demanda.

O que torna o universo das agências muito atrativo é a possibilidade de atuar em diversos tipos de projetos, para os mais variados clientes — além, é claro, de se estar inserido em um ambiente totalmente voltado para a criatividade, onde é permitido usar roupas mais informais e ter regalias como pizza e Uber em dias de horas extras (há quem diga que são quase todos).

A escada nas agências é um pouco diferente:

  • Junior UX Designer
  • Mid-Level UX Designer (ou só UX Designer)
  • Senior UX Designer
  • Design Coordinator
  • UX Lead

Startups

Esse universo é uma espécie de mescla dos dois mundos citados acima. Como o conceito principal de uma Startup é a criação de uma empresa com um produto disruptivo em cenários totalmente incertos, pode-se experimentar fortes emoções todos os dias, de grandes conquistas à falência repentina. Logo, não há muitos degraus bem desenhados; Sua presença simplesmente faz uma diferença direta na empresa. Existe a seriedade da prestação de contas e batimento de metas de uma empresa tradicional, ao mesmo tempo que há inovação, juventude e muita energia para romper todas as barreiras, em ambientes totalmente fora da caixa, repletos de pessoas inspiradoras.

Um ponto que torna Startups atraentes a UX/UI Designers é o fato de que a mentalidade de UX é muito parecida com o mindset original desse formato de empresa. Ou seja, elementos como validação, sprints e metodologias ágeis são bem conhecidos e praticados, o que torna o trabalho do UX/UI Designer muito menos difícil pois os empecilhos por parte dos stakeholders praticamente inexistem.

Esse cenário é mais buscado por profissionais menos experientes ou que ainda não definiram claramente onde está sua paixão dentro do universo de Product Design. Não podemos deixar de mencionar que é “menos estressante” atuar em uma Startup se você for solteiro e não tiver muitas responsabilidades, porque não há regra da quantidade de horas que serão investidas. Todos trabalham muito, todo dia, o dia todo.

Ah, o freelancer

Não podemos deixar de mencionar essa categoria de UX/UI Designers, que por opção, atuam sem vínculo empregatício nas empresas em projetos que tem começo, meio e fim bem definidos. Não almejam altos cargos nem sólidas carreiras, mas preferem o vôo solo e livre, experimentando seus limites a cada oportunidade e aprendendo muito de tudo no processo.

Se esse é o seu perfil, leve em consideração o que muitos não levam: Além de saber fazer bem UX/UI Design a ponto de levar um projeto inteiro sozinho caso necessário, você igualmente também precisa criar e cultivar um bom network (para os trabalhos continuarem entrando), saber orçar (para não levar prejuízo sem perceber), gerir clientes (para evitar desistam do projeto) e comunicar-se muito bem (para minimizar retrabalho).

Outra vantagem é que com a experiência que vai adquirir devido à variedade de projetos, se você almeja um dia fundar uma empresa, terá tido acesso direto a diferentes mundos, o que será muito útil na escolha de uma indústria para se aprofundar, identificar uma oportunidade e criar um produto a ela.

Conclusão

São muitas opções para você planejar bem sua carreira. Mantenha-se sempre muito bem informado sobre a movimentação do mercado: a transformação digital das empresas, a criação de novos produtos, ascensão de uns e queda de outros, tendências, novas tecnologias, e assim por diante. Antes de escolher o tipo de empresa que mais lhe apetece, tenha certeza de conhecer todas as suas possibilidades, e uma vez selecionadas, trabalhe com afinco para atingir seus objetivos.

Como seu posicionamento de UX/UI Designer precisa ser para esse tipo de vaga

A evolução natural da carreira

Quando falamos sobre carreira, obviamente esse conceito não se limita apenas a UX/UI Design. Profissionais de diferentes indústrias, setores, empresas e departamentos, em algum ponto de sua carreira, dão um passo a mais na direção da gestão, deixando a “produção”. Logo, é natural que em tempo, você se depare com essa mudança em sua carreira. Algumas pessoas aguardam ansiosamente por esse momento por terem mais vocação e interesse, enquanto outras são colocadas nessas funções por necessidade da empresa. E em todos esses cenários, no momento da transição, novas habilidades se tornam necessárias e precisam ser desenvolvidas. Pare para pensar: Quando fundou o Facebook, Mark Zuckerberg não era o mesmo Mark Zuckerberg de hoje. Ele era um jovem impetuoso e muito inteligente, mas ainda, sua competência mais forte era a programação. Mediante o crescimento fenomenal de sua empresa, ele precisou se tornar o CEO do Facebook.

Buscando oportunidades de liderança

Agora entrando especificamente em nosso amado universo de UX/UI Design, vemos que os cargos gerenciais estão aumentando a cada dia, uma vez que as empresas tem ganhado velocidade em sua maturidade de design. Com o aumento do apreço ao Design Team pelas diretorias frente aos resultados gerados no negócio, suas metodologias eventualmente começam a ser implementadas em mais produtos, abrindo inclusive espaço para a criação de novos. Em decorrência disso, o próximo passo é aumentar o time — e nesse momento, abre-se a necessidade de mais gestores. Para tanto, algumas empresas preferem buscar pessoas de fora para liderar seus times, enquanto outras preferem alguém já integrado, que estava somente esperando a oportunidade. Aqui temos dois pontos importantes a serem levantados:

Suas responsabilidades

Como diria o querido tio do Peter Parker, vulgo Homem-Aranha: “Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades.” Para dar esse passo, saiba que serão confiados a você poderes que vem com um preço. Falando de forma muito simples, bons gestores, prioritariamente, sabem muito bem que precisam manter seus relacionamentos verticais em dia. Isso significa que eles precisam reportar suas decisões, ações e resultados a quem está acima, bem como precisam garantir o direcionamento, produtividade e o foco de quem está abaixo.

Sua visão empresarial

Além de se relacionar diretamente com a liderança da empresa, você também começará a lidar com outros departamentos como RH, Compras, Controle de Qualidade e Comercial, já que seus produtos tem relação direta com todos eles. Logo, seu entendimento sobre como uma empresa funciona será violentamente expandido, de forma que de agora em diante você entende perfeitamente o impacto de suas decisões acertadas e erradas, além de conhecer seus limites. Bons gestores não podem gerar mais problemas, e sim criar soluções aos já existentes, entendendo o timing e os altos e baixos que toda empresa passa.

Show! Quero ser líder

Levando em conta todos os fatores que vêm agregados a esse passo rumo à gestão, comemore! Seu crescimento será alavancado, e com ele, seu valor profissional. Mas cuidado com o pensamento comum sobre isso: “Boa, agora sim eu vou trabalhar menos e ganhar mais”. Trata-se de uma realidade possível, mas não a todo gestor. Quem chega nesse ponto, além de sua excelência profissional e mérito, sabe que foram necessárias muitas lágrimas e suor a cada desafio vencido, e que não é da noite para o dia.

Para todos os efeitos, conforme falamos no artigo Como aplicar a uma vaga de UX/UI Designer, há fatores que você precisa considerar sobre sua proposta de valor profissional para pleitear a vagas. Mais especificamente a vagas gerenciais, há ainda mais fatores. Veja abaixo dois cenários para pessoas que buscam cargos gerenciais, e o que é necessário para que aumentem suas chances de contratação:

Não tenho experiência em liderança, mas quero o desafio

Prioritariamente, entender bem como UX/UI Design funciona, já ter aplicado muitas vezes as metodologias e lidado com diferentes situações nesse processo faz-se primordial para que você defina uma direção a seguir com o time e consiga fazer suas defesas / apresentar um bom planejamento estratégico para a diretoria. Com toda certeza, ninguém gosta de ter um líder que entende menos do processo do que o liderado; e nenhum diretor gosta de ver prazos estourados e metas não-cumpridas.

Em adição, lidar com pessoas não pode ser um problema para você. Falamos repetidas vezes que não é possível ser um UX/UI Designer sem gostar de gente. Se você deseja ocupar um cargo de liderança, saiba que essa habilidade é extremamente obrigatória para seu sucesso, o que faz com que suas Soft Skills precisem estar “afiadas”.

Para aumentar suas chances:

A expectativa de um recrutador é encontrar histórias de seus projetos do ponto de vista humano, além verem seu processo de trabalho e como exerceu seu próprio papel de UX/UI Designer. Essas histórias podem estar descritas junto ao case do projeto em seu portfolio, mas também podem estar em seu currículo, na seção “About” do seu site ou em artigos publicados em algum canal digital como o Medium. Para isso, encontre respostas para questões como:

  • Quais fatores humanos possibilitaram uma boa sinergia?
  • Como o time separou tarefas?
  • Quem foram os envolvidos?
  • Quais foram os entraves interpessoais e como você lidou com tais situações?
  • Como o time prestou contas à liderança ou aos stakeholders?

Já tenho experiência e busco um novo desafio

Por diversos motivos, profissionais em cargos de liderança buscam novos desafios: Experimentar segmentos diferentes, conduzir times ainda maiores, conhecer novas pessoas, ter um aumento nos ganhos ou mesmo um desligamento repentino. Ao se lançar ao mercado, além de já dominar os pontos mencionados aos novos gestores, é esperado que você esteja preparado e seguro para liderar e para prestar contas com seriedade, sendo capaz de criar objetivos e abrir o caminho para os atingir.

Para aumentar suas chances:

Nesse caso, a expectativa de um recrutador é encontrar em seus links boas histórias que exemplifiquem claramente sua forma de trabalho gerencial. É realmente necessário que você “comprove” experiência em liderança, explicando sua eficácia na condução a resultados significativos. Listo abaixo alguns indicadores:

  • Como contribuiu para a disseminação do mindset de UX na empresa?
  • Como equilibrou objetivos de negócio com necessidades de usuários?
  • Qual foi sua uma visão de curto, médio e longo prazo?
  • Como geriu a produtividade do time, mantendo-os na direção certa?
  • Como se comportou mediante as situações adversas no processo?
  • De que forma prestou contas à liderança ou aos stakeholders?
  • Como lidou com o sucesso ou fracasso do projeto?
  • Como chegou aos resultados esperados?

Conclusão

Para que sua carreira siga no rumo do crescimento, o dia de tornar-se um líder irá chegar mais cedo ou mais tarde. Para isso, desenvolva-se constantemente em relacionamento com pessoas, aprofundamento em tendências e conhecimentos em negócios, entre outros. Nesse processo, garanta sempre que suas habilidades humanas estejam claras em sua apresentação profissional.

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